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Sinto o sorriso nascer em meu rosto, mas não que isso indique felicidade, é apenas o efeito do forte remédio recém aplicado em minhas veias após mais um surto. É, acho que eu gosto da senção de não conseguir enxergar direito ou de sentir a ponta dos meus dedos suarem frio, mas também pode ser que eu goste de conseguir respirar sem sentir um turbilhão de sentimentos ao mesmo tempo.

Como você se sente? -aquela voz doce que sempre me faz querer chorar ao ouvi-la mesmo sem nem ao menos saber o motivo.

E mais uma vez tudo a minha volta sumiu trazendo a tão conhecida escuridão ,mas não é como se eu estivesse totalmente desligado de tudo.

- Faz tempo que ele está aqui e nunca o vi recebendo visita, deve ser triste não ter ninguém -mesmo "apagado" consegui o escutar em alto e bom tom.

- Não é como se ele não tivesse ninguém, os tios que o colocaram aqui só estão muito ocupados para se preocuparem com um louco- como se as palavras deles já não estivesse machucando o suficiente, eles ainda cairam na gargalhada.

Não lembro de mais nada, apaguei de vez.

~

Acordo sentindo a costureira dor de cabeça, me sentia mais calmo hoje porém não melhor que ontem ou os dias anteriores, a senção de culpa ainda é presente,sinto que estou esquecendo algo, a dor no peito ainda é a mesma de todos os outros dias,os pensamentos também, nada mudou.

- Sr.lee,visita pra você -disse a enfermeira após adentrar o quarto.

Ok,eu não esperava por isso.

confesso que senti meu coração bater mais forte e não era do jeitinho gostoso que normalmente acontecia quando via um dos enfermeiros em específico.

apenas levantei e a segui.

Fui guiado até um local desconhecido por mim até pouco tempo atrás e lá tinha um casal aparentemente cansados, me sentei em frente os mesmo e abaixei a cabeça esperando que algum deles iniciasse uma conversa ou talvez não, estava confortável o silêncio.

- ele está mais calmo hoje,espero que consigam conversar com ele -sorriu se curvando e indo embora.

- Oi minho,lembra de mim? - a mulher tentou fazer com que o garoto falasse mas tudo o recebeu foi um balançar de cabeça como forma de negação a pergunta feita.

Bom, eu sou Lee Ga ram-sorriu falsamente- sou irmã do seu pai o Lee Woo jin,lembra?- olhou para o garoto na esperança de que ele não a reconhecesse.

Em questão de segundos o garoto já havia levantado o rosto esse que já se encontrava vermelho e não demorou muito para sentir os olhos marejarem , era assim que seu corpo estava reagindo aquele nome, mas não sabia o motivo, sentia seu peito arder,e o ar começou a lhe falta a cabeça que antes latejava em uma dor suportável agora parecia querer explodir , lágrimas grossas e salgadas escorriam descontroladamente molhando o belo rosto, sentiu todo o corpo bambear, e não demorou muito para sentir sua pele arrepiar ao entrar em contato com o chão frio.

Estava clareamento tento mais um de suas costumeiras crises,mas dessa vez tinha algo diferente, ele não estava com a a mesma expressão seria a vazia de sempre,era estranho que mesmo com o corpo em estado de convulsão o garoto estava sorrindo, mas o sorriso sumiu da mesma forma em que apareceu,de uma hora para a outra. Poderiam escutar seus gritos e soluços doloridos por todo o prédio, qualquer um conseguiria sentir a dor do garoto somente de vê-lo naquele estado, mas ainda assim ninguém fez nada além de continuar olhando.

Estavam todos estáticos com a cena,ninguém movia nem sequer um dedo para ajudá-lo, apenas observavam seu corpo convulsionar e as incontroláveis lágrimas escorrem

Era possível sentir os caquinhos dentro do seu peito cortando e rasgando cada centímetro da sua carne, esses que antes de serem quebrados costumavam formar um coração justo e bondoso, mas agora não era nada além de dor.

Não demorou mais que 4 minutos desde o início de tudo para o garoto sentir seu corpo soado e trêmulo ser envolvido por braços macios e branquinhos, braços esses já tão conhecido por si,com apenas aquele simples toque sentiu seu coração esquentar e em segundos já estava longe dos olhares assustados e julgadores de momentos atrás, e só então conseguiu vê-lo, era quem o tanto machucava com sua simples voz,mas, ao menos tempo era quem sempre o salvava em seus piores momentos. E lá estava ele,como sempre, com as roupas bem passadas e o cabelo sem nenhum fiozinho fora do lugar, estavam próximos o suficiente para sentirem a respiração um do outro, e mais uma vez sua pele foi furada pela bendita agulha que nos últimos tempos estava quase morando em si,mas agora já não era tão horrível como no início.

Seu corpo agora estava mole jogado contra o corpo do enfermeiro,seu coração batia tão lento como se estivesse prestes a parar,mas poderia facilmente escutar os batimentos do outro.

Não poderia negar que aquele era o ser humano mais belo que seus olhos já tiveram a honra de admirar, seus cabelos escuros como a noite em contraste com a pele leitosa, eram como uma arte, que vinha como brinde os lábios vermelhinhos, o nariz perfeitamente desenhado e os olhos escuros como jabuticabas mas tão brilhantes quanto as estrelas e por algum motivo sentia que eles brilhavam somente para si.

Era nítida paixão no olhar do lee, mas o mesmo preferia afirmar que era apenas efeitos dos medicamentos.

- Hanji tem que ir agora lino,mas eu prometo que volto depois - disse baixinho mesmo sabendo que o mesmo não o ouvia.

~

Senhora, sinto muito mas não podemos aumentar as dosagens - disse uns dos enfermeiros responsáveis pelo lee.

Não é para receber esse tipo que resposta que eu pago uma fortuna nessa clínica- disse a mulher já sem nenhum pingo de paciência.

- Senhora, ele não aguentaria doses mais altas do que as que já damos -disse com receio de ser agredido mais uma vez,já que não era a primeira vez que a mulher pedia algo absurdo e recebia uma resposta negativa.

- Pois bem, tenho um último pedido a fazer - disse a mulhercom o sorriso no rosto- quero pedir o afastamento do enfermeiro Han Jisung do caso do meu sobrinho.

- O-o quê?

CONTINUA
~
Primeiro cap curtinho

Espero que possam me dar uma chance♡

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⏰ Última atualização: Mar 09, 2023 ⏰

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Almas Suicidas - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora