01 - Sobe.

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Thunder POVs

Olhar atentamente para ela e começar a dormir. Ok. Roncar. Ok. Fingir que está babando. Ok.
E isso fez minha querida professora me colocar pra fora da classe. O que não foi nenhum problema pra mim, a aula dela estava chata pra caralho.
Andei pelos corredores vagarosamente, pensando em particularmente nada. Eu não tinha com o que me preocupar, então--
- Você não olha por onde anda não?! - esbravejei. Olhei quem tinha esbarrado em mim e me surpreendi. Era a garota nova que estava me seguindo.
Bem, não seguindo tipo stalker, entende? Seguindo tipo... ela está vindo para as mesmas salas que eu desde a primeira aula. Interessante, não? Nem um pouco.
- Ah, desculpa, foi sem querer. - ela baixou a cabeça recolhendo os papéis que ela deixou cair quando também caiu no chão por tombar em mim.
Bufei, me agachando e ajudando-a a recolher os materiais que a professora havia pedido.
- Da próxima vez não venha correndo. Você pode se machucar e aquela professora não fala sério quando diz que quer isso em cinco minutos... ela já começou a aula sem isso, pra você ter uma ideia. - entreguei-lhe os papéis que recolhi. - Você se machucou?
É, acho que pelo visto sim. Ela tinha um corte na perna.
Olhei pro chão em busca do objeto cortante e avistei uma lâmina, pequena, provavelmente de um apontador.
- Estou bem. - ela se levantou com dificuldade. Dava até para ver o sangue escorrer.
Aish, mal chega e já me dá problemas.
- Yah, pare. - falei. - Está sangrando bastante. Vou te levar na enfermaria antes que isso infeccione.
- Não precisa, estou bem. - ela sorriu.
- Se você não cooperar eu te levo a força. - sorri de volta pra ela, sarcasticamente.
Vi ela arregalar os olhos e desfiz meu sorriso, andando até o lado dela.
- Você não pode ir andando. Seu sangue desce mais rápido. - peguei um lenço dentro do bolso da minha jaqueta. - Pressione o pano no local do corte. - me agachei de costas pra ela, indicando minhas costas. - Sobe.
- Mas...
- Sem "mas". - bufei. - Sobe logo.
- Mas os papéis...
- Depois eu entrego.
Num movimento meu ela já estava em minhas costas me chamando de louco.
Respira, Thunder, respira..
Depois de um tempo ela ficou silenciosa, se concentrando em estancar o sangue.
- Obrigada. - disse quando lhe coloquei em uma das macas.
- Não precisa me agradecer. - precisava sim, só quero tentar manter o bom humor.
- Ahn... você pode ir agora. - ela falou, o que me fez rir.
- Se eu for embora você vai ficar com a perna sangrando. - sorri, procurando a primeira caixa de primeiros socorros que vi ali. - Olha só, não vai precisar de sutura. - falei. Ela me olhou com uma cara bem feia. - Não se preocupe, meus pais são médicos. Eu posso fazer isso direito. Felizmente, só preciso limpar. - peguei as luvas descartáveis numa prateleira e as calcei.
Após analisar direito, vi que se a lâmina entrasse mais alguns milímetros dentro da carne precisaria de pontos, mas isso dá trabalho então, ainda bem. Limpei o ferimento tomando os devidos cuidados e cobri com gaze.
- Eu vou entregar esses materiais para a professora. - afirmei, pegando os papéis que não tinham saído de perto dela. - Você, não saia daí. Vou pedir permissão e te levar pra sua casa, você precisa descansar.
E antes de sair, acho que vi seus olhos encherem de lágrimas.

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Foi até fácil convencer o diretor que ela precisava ir pra casa. Ele até tentou ligar pra família dela, pedindo o acompanhamento necessário, mas ninguém atendeu. E como era a última aula.. bem, digamos que ela teve sorte.
- Vamos. - encostei-me na parede. - Guardei seus livros em seu armário e aqui está sua mochila. - ergui a mochila para que ela pudesse ver. - Já se sente bem pra andar?
- Hm? A-ah, sim. - ela falou, pegando a mochila de minhas mãos. - Você não precisa me acompanhar, eu posso ir sozinha.
- O diretor solicitou que eu te levasse pra casa. - passei a sua frente. - E não vai dar nenhum trabalho, vai ser rápido.

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- Eu ainda posso ir sozinha. - ela disse, olhando atentamente para a minha preciosa moto.
- E eu já disse que não. - montei a frente e a olhei. - Não vou te mandar subir uma terceira vez hoje. - lhe entreguei um capacete e coloquei o meu.
Ela murmurou alguma coisa que nem fiz questão de prestar atenção e montou a garupa.
E não, eu não fiz questão de que ela me tocasse nem nada, e ela também não.
Dei a partida e acelerei.
- Qual é o endereço da sua casa? - perguntei, olhando pra ela pelo retrovisor.
- Eu lhe digo o caminho. - ela respondeu.
Ela ditava o caminho pra mim e eu seguia as instruções.
E eu não acreditei quando ela me pediu pra parar em uma rua.
- Você pode me deixar aqui. Eu vou a pé daqui. - a rua era bastante esquisita e ela não morava ali de jeito nenhum, tenho certeza.
- Tem certeza?
- Tenho, pode ir. - ela sorriu. Minha casa não era muito perto dali, então assenti, voltando a dirigir. Pude ver pelo retrovisor que ela me olhava, então virei a esquina e estacionei.
Claro que eu não ia deixar ela sozinha, ué.
- Eu não acredito que eu estou fazendo isso.
Desliguei a moto e tirei a chave da ignição. Corri até aquela rua e consegui ver ela de longe, mancando. Balancei a cabeça em discórdia, seguindo-a calmamente. Vendo-a de longe.
E eu simplesmente não sei o que deu nela. Mas ela parou de andar com o olhar vidrado no chão. Ela deu alguns passos pra trás, tropeçou, caiu e bateu a cabeça no asfalto.
Foi então aí que eu corri.

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Hey, babes.
Esse capítulo foi bem curtinho, afinal, escrevi quase no mesmo dia kkkk
Bom, vamos .
Primeiramente gostaria de informar que Close the Door é uma versão de uma fanfic que minha que ainda não está completa, e eu não queria postar as duas ao mesmo tempo no mesmo site, sabe?
Então vim para . Uma casa nova.
Segundo, essa fanfic é feita com personagens do kpop (korean pop), ou seja, tem nomes esquisitos e apelidos respectivos também. Qualquer dia mostrarei, pra quem não conhece. E, apenas a personagem So Kye Mi é uma original minha, ok?

Bai bai e muitos beijos

Close the DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora