31. Jantares e famílias

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Morgan

Presente

Estava aconchegada no sofá da sala, na verdade eu diria que estava aconchegada em Hunter Davis, minha cabeça descansava no seu peito enquanto ele assistia pela milésima vez um episódio de CSI, o fato era que incialmente eu tinha torcido o nariz pela sugestão do moreno, mas a partir do momento que a história estava em desenvolvimento eu não resisti e fiquei completamente focada nos personagens.

-Como sua série de conforto pode ser sobre crimes e assassinatos? - Perguntei com uma sobrancelha erguida em sua direção aguardando uma resposta.

-Diz a garota é obcecada por um livro que a protagonista é uma princesa assassina que participa de uma competição com outros assassinos. - Soltei uma risada alta, batendo levemente em seu antebraço.

-E como você sabe que ela é uma princesa? Que eu me lembre só é revelado no livro três. - Perguntei em tom duvidoso enquanto ele erguia seus braços em sinal de rendição.

-Talvez eu tenha lido algumas páginas, sabe só para conhecimento geral.

-Você leu oito livros só para conhecimento geral? Se eu entrar no seu quarto e procurar na sua estante vou encontrar o box, não é?

-Vamos dizer que talvez, apenas talvez eu tenha lido.

-Vamos dizer que só talvez eu tenha uma quedinha por bookstans.

-Para sua felicidade eu tenho uma estante de livros imensa no meu quarto- Ele sussurrou no meu olvido em uma voz rouca- Bem perto da minha cama sabe?

-Eu vi de relance essa famosa estante- Disse inclinando mais o pescoço em sua direção.

Aquilo foi uma pequena deixa para o garoto passar a boca por minha garganta me fazendo arrepiar.

-Acho que deveríamos nesse momento fazer uma apresentação mais minuciosa pela estante sabe? Vamos ver se achamos algum capítulo interessante.

Passei meus braços pelos seus ombros encarando seu rosto, sempre li que estar apaixonada era enlouquecedor e caótico, meus pais me diziam que o amor as vezes nos deixava fora do compasso, pelas milhares de brigas que testemunhei enquanto crescia esperava uma grande confusão. Mas naquele momento eu me sentia segura e tranquila, claro que as borboletas estavam lá, mas parecia diferente, éramos um furação indo na direção do outro, mas no momento da colisão o medo e insegurança não existia.

-Apreciando a ideia de ler um livro pelada na minha cama O'Brien?

-Então esse é o fetiche de Hunter Davis.

-Pode ter certeza lobinha, tenho muitos pela frente

-É bom vocês não terem usado meu sofá caro para praticar atos carnais juntos

Max estava de pé junto ao sofá nos encarando com uma carranca em seu rosto.

-Qual é cara, o sofá é terreno proibido agora?

-O sofá junto com minha irmã é sim Davis.

-Cara até parece que você não está soltando fogos por eu voltar a ser seu cunhado preferido.

-Fico feliz que o drama vai acabar finalmente, tente colocar algum juízo na cabeça dura da minha irmã.

-Max você ainda vai se apaixonar de um jeito tão patético que toda essa postura vai dar lugar a um lindo cachorrinho feliz.

-Nos seus sonhos Davis, nos seus sonhos. - Falou me encarando me desafiando a falar alguma coisa, da minha boca não iria sair nada, meu irmão merecia alguém incrível, e eu esperava que o universo fizesse esse pequeno favor de dar um pé na bunda de um certo ruivo sem graça.

MATCH POINTOnde histórias criam vida. Descubra agora