A garota no trem

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"Viver assim,como vivo hoje, é mais difícil no verão, quando o dia é mais longo e o abrigo da escuridão da noite é curto, quando há tanta gente na rua, a felicidade estampada no rosto. Isso é tão cansativo, e deixa a gente se sentindo mal por não fazer parte daquilo." - pág. 13

"Perdi o controle sobre tudo, até sobre os lugares da minha cabeça" - pág. 19

"De qualquer maneira, não posso correr o risco de revisitar o passado, essa é sempre uma péssima idéia." - pág. 29

"Não durmo há dias. Odeio isso, odeio insônia mais que tudo na vida, ficar ali deitada, o cérebro funcionando, clique, clique, clique, clique." - pág. 33

"Só sei que, num minuto estou funcionando feito um relógio e a vida é bela e nada me falta, mas, no outro, não vejo a hora de fugir; não consigo ficar quieta, pareço uma barata tonta." - pág. 33/34

"Ele me ama tanto que dói. Não sei como consegue. Eu me tiraria do sério." - pág. 34

"Como se eu estivesse brincando de viver em vez de viver de verdade" - pág. 34

"Já senti isso antes. Numa escala maior, em um grau mais intenso, claro, mas me lembro muito bem desse tipo de dor. Do tipo que não se esquece." - pág. 42

"Nunca entendi como as pessoas podem negligenciar com tanta frieza os danos que causam ao seguir o que manda o coração. Quem foi que disse que fazer o que manda o coração é uma coisa boa? É puro egocentrismo, um egoísmo de querer ter tudo." - pág. 44

"A pena que ele sentia de mim era quase palpável. Eu nunca havia percebido, não até o ano passado ou retrasado, o quanto é humilhante ser alvo da piedade alheia." - pág. 46

"E, se não os visse, podia fingir, feito uma criança, que também não podiam me ver." - pág. 47

"Filha da puta. Ela é um cuco que pôs o ovo no meu ninho. Ela tirou tudo de mim. Tirou tudo e agora me liga para dizer que minha angústia está sendo um inconveniente para ela?" - pág.47

"Estou indo muito rápido até para os meus padrões, preciso diminuir o ritmo; se não diminuir, algo ruim vai acontecer. Vou fazer alguma coisa da qual vou me arrepender depois." - pág. 47

"Quero retornar a ligação dela e perguntar como é a sensação, Anna, de morar na minha casa, rodeada por móveis comprados por mim, de dormir na mesma cama que dividi com ele por anos, e de dar comida para sua filha na mesa da cozinha onde ele trepava comigo?" - pág. 48

"A sensação de vergonha que sinto por causa de algum incidente é proporcional não apenas à gravidade da situação, mas também à quantidade de pessoas que o testemunharam." - pág. 54

"Não importa o quanto eu o ame, nunca será o suficiente." - pág. 61

"Não é nele que estou pensando, mas não faz mal, porque ele não sabe disso. Sou boa o bastante para fazê-lo acreditar que tudo tem a ver só com ele." - pág. 64

"Uma para tristeza, duas para alegria. Três para menina, quatro para menino, cinco para prateado, seis para dourado, sete para um segredo a nunca ser revelado." - pág. 75

"Eu dormi à tarde. Acordei febril, em pânico. Culpada. Eu me sinto culpada. Só não o suficiente." - pág. 77

"Eu sou a forasteira, aqui não é o meu lugar, e ainda assim tudo ao redor me é tão familiar." - pág. 82

"Eu me vi alguns metros lá dentro, caída junto a parede, a cabeça entre as mãos, e tanto a cabeça quanto as mãos sujas de sangue." - pág. 82

"Sei que parece improvável. O que eu poderia ter feito? Ido à Blenheim Road, atacado Megan Hipwell, jogado o corpo dela em algum lugar e ter esquecido de tudo?" - pág. 84

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