Chapter 3

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Olívia Laquintinnie

Dessa vez não me atrasei... Desço as escadas e encontro Emma na porta do dormitório.

...

— Olha só... — Emma diz quando paramos na calçada em frente à cafeteria. Ela falou sobre os caras mais gatos do time de hóquei durante todo o caminho.

— Sério? Mais um jogador de hóquei? — brinco, e ela me encara séria.

— O que foi? Era brincadeira! — digo, e ela aponta para o meu lado. Levo um susto ao ver Logan vindo em nossa direção.

— Por acaso você tem algum problema com jogadores de hóquei, Olivia? — a voz rouca me faz estremecer. Aqui está Logan em carne, osso e um sorriso maravilhosamente perfeito nos lábios. Não vou mentir, ele é realmente muito bonito.

— Nenhum, McGowan. — digo. — O que está fazendo aqui? — pergunto de frente para ele. Devido à grande diferença de altura, tenho que elevar o rosto para olhar em seus olhos.

— Nada... só dando uma volta antes do treino... Dormiu bem? — pergunta com uma sobrancelha arqueada.

— Perfeitamente bem, McGowan!

— Oi, Olivia! — Aiden sorri, e retribuo o gesto. — Ah, você é a Emma, né? — encaro Aiden.

— Ah... sim... oi. — Ótimo, agora Emma está toda boba.

— Vamos, Emma! — puxo minha prima, e ela continua sorrindo feito uma idiota.

— Ele apertou minha mão... — ela diz baixo, mas consigo ouvir. — Caralho, ele sabe meu nome!! — ela grita. Tampo sua boca com minha mão, olhando para ver se ainda estão nos vendo, e sim, eles estão.

— Ei, nada de surto agora... você tem aula, esqueceu?

— Tem razão, aula... eu tenho aula... ELE APERTOU A MINHA MÃO, LIVY!! — ela grita de novo. Deixo ela falando sozinha e sigo para minha aula.

Ao sair da universidade, dou de cara com Érick, um ex que definitivamente não deveria estar aqui, ainda mais a menos de 10 metros de mim.

— Livy! Como vai? — O sorriso que ele lança é o mesmo de antes, o mesmo que eu costumava achar encantador, mas agora parece mais uma ameaça disfarçada. O estômago se revira, meu corpo reage antes mesmo de eu perceber, dando um passo para trás. A voz dele, suave demais, faz minha pele arrepiar não de maneira boa. Não mais. Ele não deveria estar aqui.

— Deveria ficar longe de mim. — Tento me afastar, mas ele se coloca no meu caminho de novo, que irritante.

— Não soube? Tiraram a restrição, já que eu não fiz nada, né? — Ele está brincando? Não, ele está provocando. Como se fosse uma piada particular que só ele acha graça. Cada palavra é como um tapa, trazendo de volta todas aquelas noites em que o senti à espreita. Cada mensagem ignorada, cada vez que meu "não" foi tratado como capricho.

Meus dedos coçam de vontade de dar um soco na cara dele, mas seguro firme o Taser. Eu preciso estar preparada. Preciso ser mais forte do que antes.

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⏰ Última atualização: Sep 23 ⏰

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