Kill Your Darlings // taegi

Broken windows and admission letters

Ou elas te destroem...

Paterson, Nova Jersey, 1943

O ano era 1943, nas rádios se passavam notícias mórbidas da guerra. Os alemães declaram que o exército nazista irá avançar cada vez mais em direção á Romênia, mas não é como se Yoongi quisesse ouvir esse tipo de notícia, então o garoto veio até o rádio mudando para uma estação aleatória que tocava uma música alegre qualquer. Alegria, era daquilo que as pessoas precisavam ultimamente.

Mas como a alegria veio ela se foi rapidamente quando seu pai, Min Jeonseok, chegou enquanto o menino dançava e limpava a casa, com o susto Yoongi acabou derrubando a vassoura.

— Como ela estava hoje? — Jeongseok disse, acabando com a música quando voltou para a transmissão de anúncios da guerra.

— Bem. — Yoongi declara, percebendo que seu pai estava com a correspondência. — Algo para mim?

— Por que? Está esperando algo? — O jovem olha para baixo, ele é um péssimo mentiroso e esconder que tinha se inscrito para Columbia até agora tinha sido um grande esforço.

— Não. — o Min mais novo diz no mesmo momento em que ouve um barulho de vidro sendo quebrado no andar de cima e a voz de sua mãe se faz presente, gemendo de dor. Yoongi logo se preocupa, o pavor tomando conta de sua face enquanto seu pai apenas suspira.

— Eu te disse que isso não ia funcionar. — Ele diz inutilmente enquanto Yoongi sobe as escadas correndo.

O rapaz chega na suite principal da casa, se deparando com uma janela quebrada e a total escuridão. — Mãe?

É então que ele vê sua mãe, Jinah encolhida no canto do quarto, com um robe sujo e pulsos sangrando.

— Você tem que me tirar daqui. — Ela disse com o olhar espantado. — Ele pregou as janelas enquanto eu estava no banho. — Ela vai até a janela quebrada do outro lado do quarto. Yoongi vê o seu sangue escorrendo do peitoril, por onde ela tentou fugir e se aproximou dela para a consolar. Ele é bom nisso.

— Ele não fez isso, eu preguei as janelas. Por que você não está bem.

Jinah, no meio de um ataque paranoico levanta seu dedo indicador até a boca.— Shh... Yoongi. Ele pode te ouvir! — Ele então envolve a mão de sua mãe com um pano de prato para conter sangramento.

— Você tem que descansar. Parar de se preocupar sobre isso. — Yoongi disse com a calma necessária para se dirigir a sua mãe. — Você quer voltar para Greystone?

— Ele não ousaria me colocar lá novamente.

— Então me ouça. — O mais novo tenta mais uma vez acalmar Jinah, mas ela o interrompe.

— Calado. Ele ainda pode te ouvir! — Ela está enlouquecendo. Yoongi pensa rapidamente e pega um disco na escrivaninha dela, o coloca para tocar e aumenta o volume.

— Agora ele ainda pode nos ouvir? — O rapaz diz por cima do som de um piano.

— Oque você disse?

Então ele aumenta o volume ao máximo e faz uma mímica indicando surdez. Ele não ouviria agora. Finalmente, ela entende: As vozes deles estão sendo cobertas pela música. O unigênito se junta a sua mãe, e ela finalmente cede, segurando sua mão.

Mãe e filho então dançam juntos com a música, Jinah pressiona Yoongi contra ela, como se ele fosse a única coisa a mantendo sã, pois ele era. — Nunca me deixe. — E Yoongi a abraçou mais forte que nunca.

E Jeongseok estava assistindo o tempo todo.

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Concentrado, Yoongi começa a se agitar na escada da frente, pois ele sabe que Jinah não está bem. Ao som do jazz que vinha de outra casa, ele entra em casa com uma pilha de cartas do correio, a da Colúmbia não estava ali, pra piorar a situação.

— Quando você ia me contar que se inscreveu?! — É a primeira coisa que ele ouve assim que passa pela porta. Ele vê uma carta escrito "Columbia University" na mesinha de centro, ele tinha sido pego pelo seu pai.

— Eu não queria que ela soubesse. — Yoongi abaixa a cabeça, envergonhado. — Era só um sonho, de qualquer forma. — Ele diz e seu pai acende um cigarro, oferecendo a ele, o qual recusa.

"Trilling está lá. Van Doren. Professores de inglês. Pessoas importantes. E a cidade de New York, tudo no seu colo." Louis pensava.

Jeongseok senta-se ao lado do seu filho. — Amor que é acumulado, molda-se por último. — E Yoongi não poderia estar mais surpresos por ouvir seu pai recitar um de seus poemas. — Até que saibamos, a única coisa que temos-

— É o que nós damos.

— É oque nós entregamos. Temos, entregamos. Consonância. — Jeongseok o corrige.

— Damos, é. Assonância. — Yoongi acrescenta.

— Eu escrevi o maldito poema, vá escrever o seu. — O mais velho retruca, enquanto seu filho pega a carta e abre, olhando para o conteúdo em choque.

— Eu entrei. — O mais novo disse, ainda aparentando choque. Agora, isto não era mais apenas um sonho para o garoto.

— Você entrou?! — O pai se levantou, olhando incrédulo para seu único filho.

— Eu entrei na Columbia University! — O outro também se levantou, olhando para seu pai com um misto de felicidade e euforia.

— Você entrou na Columbia University?! — Então pai e filho se abraçam, sorrindo. Jeongseok estava feliz por seu filho ter entrado para uma das melhores universidades do país, e Yoongi estava animado para um futuro cada vez mais próximo.

Min Yoongi não fazia ideia do que o esperava pela frente.