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━━ Me encontra na biblioteca depois da aula, só te peço isso...
Ao dar as costas para Augusto, ouço seu pedido e sei bem que é pra mim. Não lhe respondi, na verdade nem olhei em sua direção, praticamente o ignorei.
Segui com Tainá logo atrás de mim rumo as escadas, pensei um pouco sobre tudo enquanto subia e se iria conversar com Victor. Minha curiosidade de saber o que ele queria me dizer gritava internamente, mas meu orgulho também travava a maldita batalha, por ele ter feito o que fez.
━━ Isso tudo foi bem estranho. ━━ Tainá diz parando junto à mim na porta da minha sala.
━━ Nem me fale. Eu estou cansada e ainda estamos no começo do ano, em dois meses aconteceu tudo isso... Não quero saber o que pode vir pela frente. ━━ Falei cruzando os braços na altura do peito.
━━ Tudo vai melhorar, você vai ver. Mas e aí, vai conversar com ele depois? ━━ Analiso sua pergunta, por via de todas as minha dúvidas apenas dou de ombros. ━━ Bom, eu vou indo. Se cuida. ━━ Ela me dá um beijo na testa e sai andando na direção oposta da minha.
Entrei na sala me perguntando se iria ou não, talvez contando as possibilidades de ter uma conversa civilizada com ele ou acabar discutindo como sempre.
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Faltando cinco minutos para a finalização das aulas, guardei meu material e joguei a bolsa nas costas. Desde o ocorrido no refeitório, Augusto e seus amigos não voltaram para a sala e penso se eles não foram embora, ou apenas cabularam aula.
Andando pelo corredor cheio de alunos alvoroçados para sair logo desse inferno, me vi a poucos passos da biblioteca. Parei de andar fitando a porta aberta pensativa se ia ou passava reto.
Como se tivessem ligado o modo automático, minhas pernas caminharam na direção da porta e param na mesma, encarando Victor bem a frente numa das mesas retangulares com a cabeça baixa contando com os dedos as linhas da mesa.
━━ Não botei fé que realmente viria. ━━ Ele disse dando uma risada anasalada.
Engoli em seco percebendo meu corpo começar a tremer e minhas mãos soarem involuntariamente. Estava começando a ficar nervosa, tomei coragem para entrar de uma vez e ir até sua mesa tomando a liberdade de me sentar a sua frente, deixando minha bolsa no banco ao lado do meu corpo.
