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Quando chego em casa percebo que a festa de algum tempo atrás não existe mais, os carros que lotavam a nossa garagem deixam o vazio, adentrando a casa acompanhado do silencio chego ao quarto do meu irmão que está sentando na cama com o celular em mãos.

- Como ela está? – ele diz ainda com a cabeça baixa, caminho e sento ao lado do mesmo.

- Sinceramente, eu não consigo explicar – suspiro e o mesmo me encara levantando os ombros – Lembra quando os pais delas foram para Barcelona? – o mesmo concorda com a cabeça – Então, ela estava igual, triste, mas... – suspiro.

- Com aquele brilho no olhar – o mesmo me completa e ambos sorrimos, talvez o maior ensinamento que fica é que amar Maria Luiza Crissi era a coisa mais fácil do mundo, quem não amaria aquela mulher.

- Fica bem cara – digo ao meu irmão então de sair do seu quarto e ir em direção ao meu, me deixo na cama pensando em como seria daqui para frente, será que ela pararia de frequentar nossa casa ou ir em meus show's ou até mesmo parar de ir nas BDA's que eu e Krawk vamos? Eu não saberia viver em um mesmo mundo sem ela ao meu lado.

As semanas foram passando e tudo começou a ficar estranho, primeiro que para todo mundo a vida continuou, claro que meus pais ficaram arrasados quando souberam do termino, mas Gui seguia fazendo suas coisas, e era estranho não ver ela aqui em casa quase todos os dias, não ouvir sua risada ecoando pela casa com alguma coisa extremamente boba e sem graça, e até mesmo não ver passar correndo as 6 AM quando eu volto dos show's coisa que sempre aconteceu, não acredito que ela desistiu de todos nós, respiro fundo na porta de sua casa pensando se devo ou não apertar a companhia, respiro fundo.

- Thiago – escuto a voz atrás de mim.

- Boa tarde seu Luiz – digo me aproximando do senhor dentro do carro – Como está? – digo quando o vejo sair do carro.

- Eu estou bem como sempre, mas você não aparenta estar bem, mas acredito que sei o que está passando – diz indo em direção a porta da entrada.

- Como ela está? – pergunto um pouco afobado e o vejo sorrir com ternura.

- Porque você não vai ver com seus próprios olhos – diz abrindo a porta e me dando passagem, repenso se realmente é uma boa ideia, quando olho para seu Luiz que ainda sorri para mim, fazendo daquele o melhor incentivo vou em passos largos até o final da casa, passando pela grande sala de estar, sala de jantar e cozinha e me deparando com aquela porta lilás, sorrio lembrando do dia que nos três pintamos, então bato em sua porta e escuto sua voz me dando permissão para entrar, assim que adentro a vejo de costas pintando um quadro, calma como sempre, me aproximo e sento em sua cama próximo a ela e fico assim até a ver se virar em minha direção, sua cara de espanto é tão nítida.

- Você não desistiu apenas do Gui, você está desistindo de mim e de todos nós quando some assim Maria Luiza – digo com uma certa raiva, a vejo suspirar e se sentar na minha frente, o semblante de paz some.

- Thi – suspira me encarando – Eu preciso que você me entenda, eu não posso, eu preciso me afastar de vocês.

- Eu não vou te entender se você se afastar detodos nós – me levanto mesmo que olhar para ela daquela forma esteja doendomuito – Daqui dois dias vai ter BDA e se você não for por mim e pelo Krawk euvou entender que você realmente desistiu da gente Maria Luiza – digo saindo desua casa, contendo as lagrimas, ela não podia fazer isso comigo. 

ENTRE IRMÃOS - THIAGO MCOnde histórias criam vida. Descubra agora