Ainda se conhecendo

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Baji Keisuke, um garoto de 17 anos, seu pai, um estrangeiro dos EUA, tinha vício em jogos e isso se tornou tão grande que um dia estava devendo 12.000 ienes para seu chefe. Isso levou a família Baji a beira da falência fazendo-os vender sua casa para pagarem a dívida e foram morar numa vila religiosa do interior. Lá tinha comida, uma casa, pessoas, tudo que os pais do Keisuke sempre quiseram, menos ele.

Baji odiava aquilo, tudo que precisava era seus amigos lá com ele. Seus pais nunca o entenderam direito, apenas seus amigos conseguiam. O Keisuke queria mandar tudo pra puta que pariu e voltar para Tokyo, porém sabia que se abandonasse seus pais não conseguiria se sustentar sozinho, não tinha dinheiro. Então moraria com os pais até achar que não dá mais.

Quando chegaram a vila Baji quase gritou de raiva, mas se manteve sereno, pois sabia que qualquer grunido vindo de si, sua mãe daria um cascudo nele.

Carlos: Não é incrível, Rioko? Uma vila sem problemas, plena! Vai Keisuke, se anima! Isso será um bom recomeço para nós três. - o gato de Baji miou - Opa, quatro.

Baji: hm... - Baji não tinha nada a dizer, se falasse alguma coisa ou séria um monte de palavrão ou seria um soco na cara de seu pai. Afinal, ele era o culpado por arruinar a vida de Baji.
Já a mãe de Baji, Rioko, era um doce de pessoa. Ela se converteu quando se casou com Carlos, o pai de Baji, porém a mesma não era tão rígida assim com as regras religiosas,  mas quando estava brava nada a segurava. Dava uns cacetes no Baji que só Deus sabe, mas era uma ótima mãe. Quando soube da grande dívida do marido, Rioko bateu em Carlos o que Baji não pode bater.

Chegaram na nova casa e foram desfazer as malas. Assim que terminou, Baji tomou banho e foi dar uma volta pela vila. Odiava aquele lugar, queria que tudo  pegasse fogo. A igreja, sua casa, tudo!

Enquanto caminhava reclamando mentalmente, viu um campo de lavandas lindo com um cheiro que Baji desejava sentir pra sempre. Até que avistou um menino com uma cabeleira loira lendo um livro de fones de ouvido e começou a se aproximar

"Quem será esse garoto? Queria chama-lo pra conversar, mas acho que acabaria atrapalhando...
Ah que se foda, minha vida já tá cagada mesmo" - pensou Baji antes de se aproximar do garoto

Baji: Oi - disse fazendo o menino se assustar e tirar os fones

??:Desculpe não te vi ai e acabei me assustando. Oi - sorri sem graça

Baji: Prazer, sou Baji Keisuke - se sentou estendeu a mão e o outro a pegou

Chifuyu: Prazer Baji, meu nome é Chifuyu Matsuno. - soltou a mão do mais alto e observou o mesmo se sentar ao seu lado - Você é novo na cidade?

Baji: Sou sim, acabei de me mudar

Chifuyu: Boa sorte então, sua primeira manhã será horrível - riu baixo o loiro e o moreno o olhou com dúvida  - nos acordam todo dia com uma sirene de "bom dia" para irmos na missa. E meio que todos aqui são um pouquinho homofóbicos. - tampou a boca pensando ter falado demais - Desculpe, não queria te deixar desconfortável

Baji começou a rir, tirando seus amigos, ninguém tinha sido tão sincero com ele - Acho que minha vida não tem como ficar ainda mais fudida então vou arriscar.

Chifuyu riu baixinho da fala do mais alto - Por que veio pra cá?

Baji: Meu pai era viciado em jogos e um dia teve uma dívida muito grande, tivemos que vender nossa casa é ir embora, e então viemos pra cá. E você, mora aqui a muito tempo?

꧁ ℂ𝕒𝕞𝕡𝕠 𝕕𝕖 𝕃𝕒𝕧𝕒𝕟𝕕𝕒𝕤 ꧂Onde histórias criam vida. Descubra agora