Capítulo 22 - O bebê

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Vegas e Pete entraram no hospital meio atordoados, eles ainda não haviam engolido o baque da notícia de que a amante do pai de Vegas largou um bebê sozinho e fugiu, provavelmente a notícia de que o senhor Kan era procurado pela polícia se espalhou mais rápido do que ele esperava.

- Por aqui - Indicou a enfermeira - Tem sorte senhor Vegas, o seu irmãozinho nasceu muito saudável.

Eles adentraram um quarto que provavelmente seria onde a mãe deveria estar com o filho, mas a cama vazia era uma lembrança daquele ato terrível de abandono.

A enfermeira indicou para a pequena cama que parecia uma incubadora, que era onde o bebê estava, o coração de Pete bateu mais forte, ele viu o rostinho redondo, na mesma hora identificou os olhos semelhantes aos de Vegas, era como se olhasse para uma miniatura dele.

A enfermeira indicou para a pequena cama que parecia uma incubadora, que era onde o bebê estava, o coração de Pete bateu mais forte, ele viu o rostinho redondo, na mesma hora identificou os olhos semelhantes aos de Vegas, era como se olhasse para ...

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- Posso segurar ele? - Perguntou ainda vidrado no pequeno ser a sua frente.

- Pete não - Vegas sussurrou mas a enfermeira já estava pegando o bebê e entregando para o namorado.

Pete sentiu o pequeno em seu colo e não segurou o choro, ele começou a pensar no que aconteceria a aquela pequena criatura, agora sem mãe, nem pai, ele não sabia como explicar no hospital que o senhor Kan havia fugido, a vontade que teve foi de agarrar o bebê e sair correndo dali, ele queria protegê-lo.

- Vou ligar pro pessoal, precisamos pensar em um jeito de entregar ele para alguém - Vegas disse assim que a enfermeira deixou eles sozinhos.

- Entregar? Como assim entregar? - Pete perguntou abraçando o bebê mais forte.

- Pete é óbvio que eu não posso ficar com ele.

- Por que não? - Pete sabia do motivo, mas ele voltou a chorar vendo o pequeno tão indefeso.

- Eu sou menor de idade, Pete, e não tenho mais um responsável legal, sinto muito - Vegas disse percebendo o quanto o namorado estava triste pelo bebê, ele também tinha pena do garotinho mas não havia muito o que ele pudesse fazer.

- Vou falar com meus pais, a gente dá um jeito, eles não vão negar um filho do Kan, meus pais são amigos dos seus há anos, eles podem assumir a guarda, e eu prometo que vou ajudar a cuidar dele enquanto eles trabalham e...

- Pete estamos no ensino médio, não podemos assumir a responsabilidade de cuidar de um bebê.

- Você consegue dizer não pra essa coisinha pequenininha - Pete disse virando o bebê na direção de Vegas que suspirou, usar a fofura do pequeno era golpe baixo.

- Eu vou pensar nessa hipótese, mas por enquanto vamos manter a ideia de entregá-lo caso seus pais recusem.

Pete se animou com a sua ideia, ele sabia que seus pais não iam recusar, eles jamais negariam um favor a algo relacionado ao Kan, então ele se sentia mais aliviado, desde sempre Pete era apaixonado por crianças e bebês, ele sempre cuidava dos primos pequenos quando visitava seus parentes, ele era do tipo que segurava os nenéns para as mães almoçarem, olhar para a pequena miniatura de Vegas derreteu seu coração mais ainda.

Algumas horas depois, Pete já havia alimentado o pequeno com um leite doado por uma gestante do hospital, e Vegas apenas assistia a tudo, ele ficou preocupado com o apego de Pete ao bebê, porque se o plano desse errado, o namorado ia sofrer muito para entregá-lo.

- Eles chegaram - Disse ao ler a mensagem no grupo - Eu espero que eles não se apeguem a esse bebê também, eu já disse no grupo que vamos entregá-lo só por precaução.

Vegas perdeu a fala ao abrir a porta do quarto, Big e Kinn carregavam balões coloridos, Arm trazia um carrinho de bebê, Porsche estava com as mãos lotadas de brinquedos, e Tay quase não aparecia por estar segurando um urso de quase um metro e meio.

- O que é tudo isso? - Perguntou tentando manter a calma.

- Vinhemos visitar o bebê - Porsche disse como se fosse óbvio.

- Eu estou perguntando o que é tudo...

- Oh meu Deus! Como ele é fofo! - Porsche gritou largando tudo e correndo em direção a Pete que carregava o bebê no colo.

Os amigos fizeram uma rodinha em torno dele e estavam praticamente brigando pra ver quem ia segurar primeiro.

- Ele sorriu pra mim! - Big disse todo bobo, alisando a bochecha gordinha dele.

- Parece o Vegas quando era bebê - Kinn disse fazendo biquinho pra falar com o neném - Mas você é mais bonito que ele, não se preocupe.

- Titio Arm comprou um carrinho que funciona com um controle remoto para você ter autonomia de locomoção - Arm disse imitando uma voz fina.

- Eu disse pra vocês não fazerem alarde com isso, ainda não sabemos o destino dessa criança - relembrou Vegas.

- Vocês já deram um nome? - Tay perguntou alisando o pezinho dele.

- Alguém entendeu alguma palavra do que eu disse? - Vegas perguntou quase entregando os pontos.

- Para de ser ranzinza Vegas, você ao menos pegou ele no colo? - Kinn perguntou.

Ele negou se dando conta disso, Vegas tinha um certo bloqueio com o bebê, só de olhá-lo a primeira vez ele relembrou de tudo, da descoberta das amantes, de Macau, dos roubos, de como sua vida estava a beira de um colapso, ele refletiu a imagem daquele caos no pequeno a sua frente, foi inevitável para ele.

- Você tem que segurar ele um pouco.

- Pete melhor não - Vegas disse se afastando, como se aquilo fosse uma ameaça.

- Ele não vai te morder - Pete disse se aproximando mais - Eu vou colocar ele devagar, só seja delicado, ok?

Pete foi aos poucos colocando o corpinho nos braços de Vegas que estava mais tenso que nunca, ele segurou como se segurasse um vaso de vidro extremamente frágil.

- Converse com ele um pouquinho.

- Ele não vai entender nada Pete, o cérebro dele nem deve estar cem por cento desenvolvido.

- Mas bebês gostam de ouvir a nossa voz, tente - Insistiu.

- É que é meio vergonhoso - Sussurrou para o namorado que revirou os olhos.

- Gente vamos deixar eles a sós por um momento, Vegas precisa bater um papinho com o irmãozinho dele.

Todos fizeram um ahhh de desapontamento coletivo, eles estavam completamente vidrados no bebê desde que chegaram, mas Pete conseguiu tirá-los do quarto, deixando Vegas sozinho e um pouco desamparado.

- Éhh, oi - Disse meio sem jeito para o pequeno no seu colo - Desculpa ter que te contar isso, mas você não nasceu em uma das melhores famílias do mundo - Começou sentando devagar - Meu pai, quer dizer, nosso pai, ele é um canalha, e sua mãe provavelmente não é muito diferente, porque só sendo louca pra deixar uma coisinha fofa assim pra trás - O neném mexeu as mãozinhas e Vegas sorriu - Quero que saiba que você não tem culpa, você é mais uma vítima dele, pelo menos não precisou olhar pra ele, eu ficaria muito puto se a primeira coisa que eu visse quando chegasse ao mundo fosse aquele cafajeste, não se preocupe, Pete não vai deixar nada de ruim acontecer com você - Engoliu o choro que estava querendo sair - E nem eu.

Amanhã eu não quero estar sozinho, again! (VEGASxPETE)Onde histórias criam vida. Descubra agora