Capítulo único

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I love you. I love you too.

Palavras:1350

Harry se sentia agitado conforme voava pelos ares da cidade com sua vassoura, os cabelos se esvoaçando enquanto sentia o vento notoriamente frio batendo em suas bochechas, deixando a pele pálida levemente avermelhada. Ele olhou para o lado, encarando a garota de cabelos coloridos ao seu lado, ao mesmo tempo em que sentia seus próprios fios de cabelo brincarem com a ponta de seu nariz, o fazendo sentir uma grande vontade de sorrir.

Não entendia muito bem o motivo de ter sido expulso de Hogwarts, mesmo que não tenha sido realmente. Ele seria expulso da escola de magia pois havia defendido ele e seu primo trouxa de bichos asquerosos que poderiam ter sugado tudo o que Duda tinha até sobrar apenas uma marionete que seria chamado de corpo, sugando tudo o que podiam.

Então, ele realmente se surpreendeu quando viu várias pessoas paradas na porta de seu quarto. Mas ele também se sentia feliz, porque estaria voltando a Hogwarts logo, além de estar agora voando para longe de seus tios trouxas que o maltratavam desde criança.

Quando eles entraram na casa, passando pelo corredor estreito, Harry sentiu algo encher seu peito quando viu Sirius Black sentado à mesa no próximo cômodo. Não via o padrinho desde que ele havia fugido com Bicuço, porque o mesmo ainda estava foragido, não conseguiria provar sua inocência tão cedo, imaginava Harry.

Toda sua felicidade e entusiasmo momentâneo por ver Sirius se foi quando Molly Weasley fechou a porta, o impedindo de ver o Black. Infelizmente, Molly era uma típica mãe coruja, que ainda via Harry como uma pequena criança indefesa e assustada.

Aquilo fazia o Potter se sentir extremamente irritado, pelo motivo de que ele não era apenas uma criança, e ele realmente não se lembrava de já ter sido uma na sua vida, porque crianças não precisavam sobreviver como ele teve que fazer.

Era estranho para Harry perceber que ele pouco viveu, durante seus 15 anos de vida, ele havia vivido muito pouco, e estava há anos apenas sobrevivendo, principalmente nos últimos 4 anos.

A partir do momento em que descobriu ser um bruxo, ele se recordava de achar que todos seus problemas iriam se resolver, pois ele era um bruxo poderoso. Mas, obviamente, não demorou tanto tempo para Harry perceber que ele era basicamente alguém que era famoso no mundo bruxo por causa de uma tragédia que matou seus pais.

Havia visto alguns tipos de fãs malucos e lunáticos que o parabenizavam por ter sobrevivido duas vezes a Voldemort, e isso apenas fazia tudo piorar. Aquilo tudo o fazia lembrar de seus pais, se lembrar de Cedric.

Mesmo que não pudesse se recordar da morte de seus pais, ele ainda sonhava com as luzes verdes e os gritos dolorosos e atormentados de sua mãe. Também sonhava com as palavras de Pettigrew saindo da sua boca nojenta. 'Avada Kedavra', e no segundo instante, Cedric havia caído morto ao lado de Harry.

Aqueles eram os motivos pelo qual o Potter estava com a aparência acabada, e os Dursley não o ajudavam muito ao não alimentá-lo como precisava e o maltratando. Sua pele parecia totalmente pálida, era quase como a pele de um vampiro. E as bolsas arroxeadas eram visíveis embaixo dos olhos, consequências das noites em que dormia e acordava depois de pesadelos onde ele via a morte passar raspando perto de si e acertando pessoas que ele amava.

Naquela noite mesmo havia acontecido novamente, antes de alguns da Ordem abrirem a porta, Harry havia acordado em um grito falhado, suando frio e o cabelo grudando na testa, totalmente ofegante conforme tentava respirar fundo e não ter um ataque de pânico ou algo do gênero.

Harry abraçou desajeitadamente Molly, não acostumado com o contato físico carinhoso, mas ainda se sentia grato por ter alguém que o amasse, de qualquer forma, não pôde deixar de resmungar chateado enquanto subia os degraus, ignorando o elfo doméstico que o olhava carrancudo.

𝕀 𝕝𝕠𝕧𝕖 𝕪𝕠𝕦 ➣ 𝐅𝐫𝐞𝐝×𝐇𝐚𝐫𝐫𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora