Não se preocupe!

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Notas da História:

Naruto não me pertence.

Betado pela Mandy, obrigada!

Baseada na imagem que a Tara fez para comemorar o aniversário do Kiba, esse filhote que a gente ama ♥

***

O pequeno Kiba não poderia estar mais feliz! Era dia do seu aniversário e aquela data sempre coincidia com o Tanabata! Era como se Konoha inteira fizesse uma festa para comemorar o seu nascimento. Pena que não ganhava tantos presentes assim. Mas fazer o quê?

Naquele ano tinha um motivo a mais para comemorar. Ao entrar para o Fundamental fez vários novos amigos e um deles acabou se tornando mais querido e próximo do que os outros: Aburame Shino, um calmo e quieto Alpha, que tratava Kiba com mais paciência do que o menino estava acostumado.

Apesar de tão diferentes, a duplinha se deu muito bem! Ainda que os professores ficassem de olho, pois apesar de ser um Ômega, Inuzuka Kiba era danado e veio com uma bela fama do Jardim de infância. Não queriam que o pequenino manipulasse o garoto Aburame e o fizesse de bobo...

E aos poucos todos foram se acostumando à uma tradição: de ver a duplinha colada quase o dia inteiro. Exceto, claro, quando o Omega espertinho fugia com Naruto para matar aula por aí, dois pestinhas de marca maior.

Por tal motivo não foi surpresa nenhuma ver Shino e Kiba andando pelas ruas, indo do bairro afastado em que moravam rumo ao Tanabata Matsuri, vestindo yukatas de verão, com um Kiba suspeitamente gorducho levando Akamaru acomodado nas roupas.

— Esse vai ser o melhor festival de todos! Fiz sete anos e a mamãe deixou eu vir sozinho. Sozinho com o Shino e o Akamaru — o monólogo infinito vinha se estendendo por todo o percurso.

Kiba se sentia muito adulto, no auge dos sete anos e com dois grandes amigos. Bom, não exatamente dois "grandes" amigos, porque estava bravo com Akamaru. Nem bem ganhou o animalzinho como presente de aniversário e o danado fez xixi no seu rosto! Era possível algo assim? E o mascote disse que fez tal arte para marcar território e mostrar que aquele mini humano era seu! O tamanho da ousadia... devia ser o oposto, não? Se bem que... só de pensar em fazer xixi e marcar seu cachorro já sentia as dores da chinelada que sua mãe lhe daria...

Como resumo seguia perdoando Akamaru, mas meio bravo. Teria que ensinar boas maneiras ao companheiro ninken.

E ali estava ele, todo adulto e responsável, com Aburame Shino e Akamaru indo se divertir!

— Maçã do amor. Chocobanana. Takoyaki. Lamen. Manju. Dango. Yakisoba. — Kiba ia enumerando nos dedinhos tudo o que queria comer àquela noite, ignorando lindamente que as moedas recebidas não eram suficientes para pagar a lista de guloseimas. Talvez, se combinasse com Shino, conseguissem dividir a conta e provar mais delícias culinárias!

E nesse ponto virou-se para conversar com o amiguinho e discutir a ideia brilhante que teve. Foi quando notou o Alpha parado alguns passos atrás. O rosto pálido erguido de leve, analisando a luz que alcançava o céu sobre o iluminado festival.

— Shino? O que foi? — voltou depressa para alcançá-lo.

O outro engoliu em seco, sem saber como responder à questão. Resolveu ser sincero:

— Nunca fui a um festival.

Kiba abriu a boquinha em um "o" gigante que revelou sua incredulidade. Como alguém não tinha ido ao Tanabata? Maior, mais divertido e importante festival de Konoha?! Shino era bobo ou o quê?

A um segundo de lançar a indelicada pergunta, Kiba se calou. Ele sentiu um negócio esquisito. Um... medo? Não, não algo tão forte assim. Talvez mais suave e menos marcante, um traço de receio envolto em autopreservação. E não vinha de si! Que confuso!! Confuso, mas irresistível: provocou seu lado Omega e o fez agir por puro instinto, de modo que segurou a mão de Shino e a apertou com carinho.

— Por que você nunca veio no festival? Não morava em Konoha?

— Porque meu pai às vezes faz missões demais e fica algum tempo longe. E eu fico com meus tios do Clã.

Kiba franziu as sobrancelhas tentando compreender a questão. Sua mãe também pegava toda missão ninja que conseguia. Porém, quando a matriarca estava fora, Hana-nee o levava para se divertir no festival.

— Você não tem a Hana-nee! — após terminar a afirmativa, Kiba pensou melhor e repetiu: — Você não tem alguém que te leve, tipo a Hana-nee?

— Não — Shino entristeceu-se. Os membros do Clã Aburame eram ótimos, cuidavam muito bem dele, não deixavam faltar nada nem permitiam que se sentisse solitário sem o pai. A questão toda era que nenhum deles gostava de visitar o festival, sendo introspectivos e pouco sociáveis por natureza.

— Oh!

— Como é um festival? — Shino indagou.

— É grande! — o outro menininho sequer hesitou — Tem muita luz, muita coisa boa de comer! BRINCADEIRAS!! E tem muita gente também.

— Muita gente? — Shino deu um passo para trans, inconsciente do que fazia.

Kiba ficou surpreso. Seu amigo era um Alpha, não? Então não deveria enfrentar qualquer coisa com coragem e sem pensar duas vezes?! Era o que ele fazia, apesar de ser um Ômega. Ah, pela primeira vez na jovem vida, Kiba se deparou com uma percepção importante: ainda que nascessem dentro de determinada casta, isso não limitava a existência de uma pessoa. Ele não se sentia medroso e fraco só porque nasceu Omega. E percebia naquele instante que Alphas também sentiam receio frente certas situações desconhecidas. Que incrível!

— Não se preocupe! Tem muita gente, mas eu já fiz sete anos e vou proteger você, Shino! — Kiba prometeu estufando o peito — Nada de ruim vai acontecer!

Shino olhou para o menino mais baixo, de bochechas rechonchudas e olhos selvagens, que sorria fácil e se gabava com maior facilidade. Acreditou nele. E foi além: percebeu que a recíproca era verdadeira, sentiu que deveria e poderia proteger seu novo e melhor amiguinho.

— E também tem comida boa. E brincadeiras: tiro ao alvo! Vou ganhar um prêmio pra você. Mas se for muito legal vou ficar pra mim! — e riu pensando nos prêmios maravilhosos que ganharia. E do qual não conseguiu nenhum por conta própria, no fim sendo presenteado pelo Alpha a quem animava.

Shino ajeitou os óculos escuros no rosto. Olhou para cima, para o céu que refletia as luzes do festival e do qual ouvia os sons e burburinhos um tanto distantes.

— Vamos? — Kiba indagou. Os olhos se fechando tão rápido quanto o sorriso se abria. Shino desviou a atenção para baixo, para a mão gordinha que segurava a sua. Era quente. E firme. Sentiu tanta confiança emanando do Omega pequenino que não foi capaz de negar:

— Vamos!

— Parabéns para o Kiba-sama! Que vai ser Hokage da vila — o próprio referido cantava, exaltando suas qualidades de líder nato e poderoso.

— Parabéns! — Shino ecoou com certa diversão.

Retomaram juntos ao caminho do festival, as mãos unidas balançando no ar tendo como fundo musical a canção improvisada por Inuzuka Kiba, um arremedo infantil para o que o destino lhes reservava: quando adultos seguiriam juntos, com as mãos maiores e mais fortes igualmente unidas, sendo acompanhados por uma melodia sem igual, que entoava as notas do amor.

Retomaram juntos ao caminho do festival, as mãos unidas balançando no ar tendo como fundo musical a canção improvisada por Inuzuka Kiba, um arremedo infantil para o que o destino lhes reservava: quando adultos seguiriam juntos, com as mãos maiores...

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Nota: tem uma história chamada "Simplicity" que se passa entre o capítulo 01 e 02 dessa história!

Eu vou proteger você!Onde histórias criam vida. Descubra agora