Perfect Blindness - Um verão inesquecível!

Ameaça

Algumas horas depois estávamos no acampamento, e o lugar é incrível, ao invés de ser barracas, eram lindas cabanas, algumas às eram vermelho e outras amarelo, outras cabanas eram vermelho e amarelo mesclado, o ônibus estaciona é fico esperando os alunos que estavam em minha frente saírem primeiro do ônibus, quando eu vi que só tinha eu lá dentro, desci do ônibus e peguei a mala do bagageiro, logo peguei o numero da minha cabana e me dirigi diretamente para o meio do terreno do acampamento, a diretora de lá gostaria de falar algumas palavras para o mais aguardado verão, fico caçando às meninas mais como estava lotado de pessoas não consegui, sinto um reflexo vermelho na minha cara pela luz do sol, olho para onde está vindo o reflexo é vejo um carro vermelho estacionando em um local reservado, fico prestando atenção quando a porta do motorista se abre e uma pessoa sai, fico parado ao ver quem era, o filho do dono do acampamento, Mitchell Clifford, meus olhos não paravam de seguir ele, ele era mais lindo pessoalmente do que nas fotos, seu cabelo ruivo brilhava no sol, além de ser forte é alto, seus olhos eram misterios para mim, já que ele estava de oculos de sol, parece que ele leu meu pensamento, pois ele tirou o oculos de sol, e vi os olhos mais lindos que eu já vi na minha vida, ele era um principe encantado dos contos de fadas, fiquei reparando ele até um senhor ir até ele é o abraçar, imaginei que deveria ser o dono do acampamento, Marcelo Clifford, ele sai do abraço e os dois vinham em direção do palanque, eles subiram e fora comprimentados por uma mulher, ela parecia ter mais ou menos 39 anos, cabelos negros e pouco grisalhos, alta, olhos castanhos e muito estilosa, ela veio em direção ao microfone, deu duas batidas para ver se estava funcionando é comecou.

- Bem vindos alunos ao novo verão no Clifford Camp, Para aqueles que não me conhecem eu sou a Sra Antunes, esse ano temos uma nova atividade para gincana, queimada! - fiquei animado ao ouvir isso, aliás queimada e o meu jogo favorito, às pessoas começaram aplaudir mesmo sem entender que atividade era essa, vejo a Sra Oliveira falando alguma coisa no ouvido da Sra Antunes, ela balança a cabeça em forma positiva, a Sra Oliveira se senta ao lado de Marcelo, logo a Sra Antunes levantou a mão e todos se calaram e ela continuou - Temos um novato que irá nós ensinar 4 semanas antes da gincanas - quando ela falou isso eu congelei, provavelmente a Sra Oliveira contou a ela que eu sei jogar queimada de cor e salteado - Benjamin Cavalcante - quando ela falou meu nome, todo mundo que estava no local olhou diretamente para mim, olhei para Sra Antunes e ela me fez menção para subir ao palanque, fui andando até lá com todos me olhando, eu não sabia aonde enfiar minha cara de tanta vergonha, subi ao palanque, passando pelos olhos curiosos de Mitchell, fiquei ao lado da Sra Antunes e ela continuou falando - Esse é o nosso professor de queimada, ele vai ensiná-los todas às regras, faltas e como jogar, mais fique tranquilo rapaz, não vai ser por agora - ela diz colocando o braço no meu ombro - Bom, sei que querem se divertir é se acomodar pois a viagem foi muito longa, às ferias começaram pessoal podem ir - todos saem do lugar é foram para suas cabanas, a Sra Antunes me pediu para encontrar ela depois que eu me instalasse no acampamento, balancei a cabeca concordando, reparei discretamente que Mitchell estava me olhando, como se fosse querer saber de alguma coisa, terminei de conversar com a Sra Antunes e fui em direção a minha cabana.

Procurei e procurei cabana até que finalmente a encontrei, entrei nela e reparei que já tinha uma mala lá, coloquei minha mala em um canto e fiquei reparando a cabana, parecia que eu conhecia o interior dela, fiquei reparando todos os detalhes da parte interna da cabana, tudo era familiar, até que vejo uma silhueta de uma pessoa, quando eu vejo quem estava junto comigo na cabana, pulei da cama, pois o que eu mais temia aconteceu.

- O que você está fazendo aqui Noah? - pergunto aflito.

- Essa é a minha cabana, esqueceu? - Ele fala com tom de deboche.

- Tá que seja, eu vou ir trocar de cabana, me desculpe - Falei em um tom de deboche pegando minhas coisas, sinto um puxão no meu braço - Você pode me soltar?

- Por favor, fica comigo - ele diz tentando me convencer.

- Não - me solto dele o mais rápido possível, peguei minhas coisas e fui diretamente a sala da diretora, andei até lá com muita raiva que parecia ser séculos que estava andando, após tanto andar cheguei na diretoria, bati na porta e ela logo veio abrir a porta, mais como eu estava muito zangado ela percebeu que eu não estava lá para falar sobre as aulas que eu iria dar nas últimas semanas do acampamento.

- O que aconteceu, querido? - ela falou em uma voz doce e compreensível.

- Quero trocar de cabana, tem jeito? - falo com uma voz mais calma.

- É claro que sim, mas só a uma disponível.

- Qual o número da cabana? - perguntei com alguma esperança, de que eu conseguisse mudar a bendita cabana.

- Cabana número 45, você tem certeza que quer trocar?

- SIM - gritei muito animado, aliás não teria que dividir a cabana com meu ex.

- Bom, você já pode ir para lá, e lembre-se que mais tarde tem que passar aqui para eu combinar com você os horários das aulas.

- Está bem Sra Antunes. - ela sorri para mim é retribuo, saio em direção a cabana 45, procurando a cabana, passei ao lado de um lago onde tinha alguns patos, como estava muito cansado, sentei em um banco que tinha em frente ao lago e comecei a pensar em coisas que estavam acontecendo na minha vida, fiquei deixando as ideias fluírem, quando eu percebi que alguém sentou ao meu lado, foi quando essa pessoa começou a falar comigo em tom amigável.
Primeira vez no acampamento? - perguntou uma voz grossa e suave.

- Sim, e a minha primeira vez aqui - viro a minha cabeça para conversar com a pessoa, e fico em choque, era o gato do Mitchell.

- Vai se acostumar por aqui, pode ser assustador, mas você se acostuma.

- Eu só vim pra cá para distrair a cabeça, foi um ano difícil para mim. - falo com um tom de tristeza.

- Problemas com o namoro? - ele pergunta pensativo e curioso.

- Sim, ele foi um babaca comigo, me traiu várias vezes.
Talvez é porque ele não te merece, então você é gay? - ele pergunta calmamente .

- Sim, eu sou gay, e é parece que ele e o babaca. - não um problema para mim falar da minha sexualidade com as outras pessoas.

- Deve ser porque ele não te ama o suficiente para isso, e você até que é bonito. - percebo que ele abriu um sorriso agradável.

- Bom, foi muito bom te conhecer Mitchell.

- Sabe o meu nome? - ele perguntou surpreso.

- Claro que eu sei, seu pai e o homem mais rico da cidade, a propósito, meu nome é Benjamin, mas pode me chamar de Ben - Abro um sorriso é o mesmo retribui.

- Prazer em conhecê-lo Ben - ele aperta a minha mão, é foi como uma conexão entrasse em nosso corpo, os nossos olhares não era de amizade, é sim de algo a mais que isso, tiro minha mão rapidamente - Algum problema? - ele perguntou preocupado.

- Não é que eu tenho que achar a cabana que eu vou ficar - falo andando puxando minha mala, com minha mochila mal colocada na minha costa.

- Você quer ajuda? - ele gritou de longe.

- Não precisa, obrigado - respondi no mesmo tom

Andando e andando, parecia que nunca chegava na cabana, andei mais um pouco, é finalmente vi a cabana 45, entrei na cabana é percebi que uma cama já estava com a mala, não me importei com isso então coloquei minha mala em uma cama que estava desocupada no canto, como eu não tinha nada que fazer, eu peguei meu livro para continuar lendo e o meu celular para colocar uma música, estava concentrado na música e no livro que não reparei que o meu colega de quarto tinha chegado, como a música estava alta, e como eu estava quase acabando o livro, decidi parar de ler, foi quando desliguei o celular é guardei o livro, ouvi a voz do meu colega de quarto, era grossa mais sutil, virei para onde o som da voz vinha e fiquei em choque, estava dividindo o quarto com o Mitchell, estava tão em choque que eu deixei sem querer algumas coisas que estavam na cômoda cair, trazendo a atenção dele a mim.