Capítulo 117 - Presente do Lorde

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" Explique-se " disse sibilando em língua de cobra, o rosto marcado em fúria.

" Lembre-se que não lhe devo satisfações, Tom Riddle. Se eu lhe contei foi para lhe ensinar algo " disse Heather firmemente, com o olhos brilhando assustadoramente.

Tom não aguentando a pressão da magia opressora, abaixou a cabeça e relaxou " Por favor, me conte "

Heather abriu um pequeno sorriso, progresso " Muito melhor. A familia Peverell, teve duas meninas somente uma filha sobreviveu. Com a época, e as doenças. Não foi difícil a morte levar, cada filho e neto de Ignotos. A filha de Cadmus era um aborto, a linhagem iria morrer com ela. Então, ela se casou com alguém da familia Gaunt. Sua familia, Tom "

" O que ? " perguntou chocado.

" Sim, ela casou com um Gaunt. Entretanto, ela manteve o segredo de ser um aborto, já que naquela época jovens que não apresentavam sinal de magia eram mortas ou esquecidas deixadas em Orfanatos para a própria sorte. E filha legitima de Ignotus casou-se com alguém da familia Potter. E o resto é história " narrou ergueu-se a taça no alto tomando um gole dando um sorriso malicioso.

Os olhos de Tom ficaram frenéticos, tentando juntar as peças. E quando o fez, encarou o rosto sorridente da pessoa na sua frente com uma mistura de emoções. Raiva, magoa, traição.

" Chocado ? " exclamou divertida " Demorou suficiente para entender, Thomas "

" Não. Me. Ache. Assim " rosnou furiosamente para ela.

Heather riu até quase ficar sem folego " Oh, Tom. Você tem que ver sua cara, é deliciosa " sussurrou com o sorriso malicioso brilhando em seu rosto.

" Por que a Morte não me escolheu para ser o Mestre da Morte ? Se eu sou descendente do Peverell "

" Aha " bufou divertidamente " Boa pergunta, é simples. Apesar de sermos parentes distantes, você é descente da filha de Cadmus que sempre pensou que era filha Ignotos também após a morte precoce de seu pai. Pobre, a sua linhagem começou a ser amaldiçoada porque o pai cometeu um ato hediondo que a Morte condenou antes da morte dele "

" E que ato foi esse ? "

" Ele deitou-se com sua noiva morta, ela estava morta e a pedra a ressuscitou, mas sua alma ainda permanecia no mundo dos mortos. No limbo, nunca jamais sairia de lá. A morte não deixaria, afinal ela é a Morte. Então, quando ela teve um filho isso marcou a criança, como a criança amaldiçoada. O pai em momento de loucura, suicidou-se juntando-se ao lado da falecida. E a criança passou para Ignotos, que a criou. Até que anos depois, a nossa linhagem dividiu-se em dois. E criança amaldiçoada viveu entre os seus, os Gaunts. Por isso, a loucura, a sede de sangue. Há eras, os descendentes da sua familia foram marcados para nunca ter o direito mesmo de possuir a relíquia e jamais ser o Mestre da Morte. E quando você me atacou a onze anos atrás, eu ganhei o direito. Por direito de conquista, peguei a pedra. E juntei com a varinha ano passado quando desarmei Dumbledore e obtive a capa do meu pai no natal. E ta-dá Mestre da Morte, ao seu serviço " disse em falsa exasperação, dando uma mini reverencia sentada na cadeira de mogno.

O olho de Tom se contraiu, em frustração. " Isso ... isso tudo aconteceu porque minha linhagem é amaldiçoada ? E quando te ataquei, lhe dei o poder que iria me destruir ?! "

" Isso mesmo. Não é ótimo, você mesmo se destruiu vindo atrás de mim e fornecendo o poder das Relíquias " exclamou sorrindo perversamente.

" Não ... i-isso é impossível " murmurou alarmado, freneticamente.

" Acredite no que quiser, eu detenho o poder das relíquias da Morte. Agora, pense antes de vir atacar uma criança de um ano e seus pais, seu bastardo paranoico " disse limpando o canto da boca encerrando sua refeição. Levantando-se para a saída.

" Espera " gritou Tom, interrompendo-a de dar mais um passo.

" Sim ?! " virou-se arqueando a sobrancelha em desinteresse.

" Qual era a surpresa que iria me dar ?! Disse que se jantasse com você, iria me entregar um presente " exclamou rigidamente controlando sua raiva.

" Ah, sim. Quase me esqueci " disse abrindo um largo sorriso " Monstro, por favor traga nosso convidado " ordenou ao elfo que estava magicamente invisível, e que reapareceu em um som de crack junto com uma pessoa ao lado. Revelando Barty Jr.

" O que ? Esse elfo está vivo ?! " gritou insultado, imaginando que foi assim que ela soube do seu segredo.

Heather bufou, caminhando até o homem adormecido sendo levitado por magia " Claro que está, monstro é meu elfo mais confiável " disse, retirando o sono encantado com um toque de seus dedos.

" O-o q-que ... o q-que v-você f-fez c-comigo ? C-cade m-meu m-mestre ?! " ofegou Barty saindo do seu despertar.

" Te curei, te trouxe até aqui e seu mestre está ali. Divirta-se " declarou com divertimento na voz, virando-se para ir embora, voltando atrás para olhar no rosto chocado e presunçoso de Tom Riddle.

" Mais uma coisa, nem pense em fazer magia ou fazer algo contra mim. Não funcionará, o contrato serve das duas partes. Mesmo que mande seu cãozinho me morder sob suas ordens, não funcionará. Sabe como é, preservação e tudo mais. Boa sorte " admitiu deixando o sorriso de Tom cair, enquanto Barty rastejava para seu mestre com lagrimas nos olhos.

Heather caminhou com sorriso de vitória no rosto, quando virava as costas e fechava a porta do salão arás de si. Evitando que vomitasse pelo reencontro entre mestre e lacaio. Em seu quarto, avistou uma coruja. Reconhecendo a águia de Perenelle.

A carta queimou em sua mão. Ela sabia antes mesmo de abrir, sobre o que era. E por isso, doía muito. Ela não estava pronta para ouvir, ler ou lamentar aquilo que já sabe, nunca foi para ser. E ter Perenelle pensando que em como ela estava, somente cimentava o quão miserável parecia por ainda amar alguém que nunca iria lhe amar. Virou-se para o pássaro, dando uma guloseima no pote de Edwiges que permaneceu com seu tio Regulus.

" Pode ir Sinos, eu não tenho carta para você. Mande lembranças para sua dona, que ela possa me perdoar. Mas, eu estou em um momento difícil e quero passá-lo sozinha. Vá " disse ao pássaro que observou e grunhiu dando-lhe uma bicada amigável no dedo antes de abrir as assas e partir.

Suspirou-se, impedindo que as lagrimas caiam. Se ela chorasse de novo, temia nunca mais parar. Virou-se para cama retirando seu vestido, calçando a camisola e dormindo pacificamente. Sabendo que a Morte aguardava do seu lado e em seus sonhos, permitindo que a paz reinasse ao fechar os olhos.

A Harry Diferente Onde histórias criam vida. Descubra agora