- Oi Zac - disse Laura envergonhada com as bochechas vermelhas
- Oi Bebela - respondeu também envergonhado.
De longe petruchio observava os dois.
- Hm... Num gosto nada desse tal de Isaac junto dela.
- Petruchio não vai implicar com o menino! Eles só tão brincando! - falou Catarina.
- Só brincando sei, ele tá é cum intenção nela, eu tenho certeza.
- E se tiver qual o problema? A Laura tá crescendo, ela não vai ser criança pra sempre, uma hora ela vai gostar de alguém, de algum rapaz, e você não pode impedir isso.
- Minha menininha não! Ela e só uma criança ainda.
- Ela já tem 13 anos, não e mais tão criança assim.
- Quero ver se fosse o seu filhinho querido.
- O Antônio ainda não se interessou por ninguém, e, ainda e inocente pra essas coisas.
Petruchio da sua clássica risada debochada e diz:
- Ele já tem 13 anos, não e mais criança assim.
- Ah! Vá procurar o que fazer, vá... Fazer queijos vá! - diz Catarina irritada.
- Do que vamos brincar? - perguntou Antônio.
- Esconde-esconde? - respondeu Isaac.
- Legal, quem conta? - diz Antônio.
- Eu posso contar - fala Isaac.
Ele vai até a uma árvore e começa a contar, enquanto os gêmeos correm para se esconder.
- Vem Isabel!
- Aonde vamos se esconder?
- Atrás da casa, ele não vai procurar lá.
Assim eles vão.
- Prontos ou não lá vou eu! - diz Isaac indo procura- los.
Enquanto procura, os gêmeos bolam um plano.
- Bela presta atenção, eu vou pela direita e você pela esquerda, assim circulamos a casa sem ele nos ver e aí batemos.
- Certo, entendido.
- Então vamos.
Eles colocam o plano em ação, mas, não dá certo e Antônio acaba sendo pego, porém, Laura consegue escapar e bater.
- Ótimo, agora eu vou contar - diz Antônio
E assim eles passaram a tarde inteira brincando, quando o sol começou a se pôr, Catarina os mandou entrar, Antônio entra obedecendo a mãe, mas Laura fica se para se despedir de Isaac.
- Eu gostei muito de brincar com vocês hoje.
- Eu também, foi legal.
Isaac se aproxima e Laura sente o coração acelerar
- Tchau Bebela! - ele beija sua bochecha.
Ambos olhares se encontram, eram intensos e fortes, assim como o momento, ele se afasta, depois de adimirá-la com suas bochechas ruborizadas, mas, quando já estava um pouco distante, a houve falar:
- Nossa que por do sol lindo!
- É, tá lindo mesmo.
Ele aproveita a oportunidade para lhe confessar algo.
- Laura, eu queria te dizer uma coisa - se aproxima novamente deixando seus rostos bem próximos e as testas quase coladas.
- O que Zac? - pergunta com a respiração mais pesada que o normal.
- Eu gosto de você - disse o menino meio tímido.
Ela o olha e diz:
- Eu também...
Eles sorriem, um pouco envergonhados e ficam se olhando, até Isaac se curvar um pouco e calmamente tocar os lábios de Laura concretizando um beijo, bem ali, debaixo daquela árvore solitária, no alto de um monte, um pouco distante da casa.
Ao fim do beijo, os olhares voltam a se encontrar e os sorrisos bobos ressurgem, mas, logo o encanto do momento e quebrado e Laura ouve a mãe a chamar.
- Lauraaa! Entre logo antes de anoitecer!
- E... Eu... Eu tenho que ir!
- T... Tchau... - disse o rapaz envergonhado por causa do beijo que tinha acabado de dar indo embora.
- Tchau! - disse também envergonhada e logo em seguida correndo pra dentro.
- Porque você demorou tanto lá fora? - perguntou Catarina.
- Tava me despedindo do Isaac - disse meio alegre e corada.
- Hm... Está certo, vá tomar seu banho vá.
- Sim senhora.
Por mais que tentasse disfarçar, Catarina percebeu que a filha estava nas nuvens e que alguma coisa tinha acontecido nesse tempo todo, depois do banho, ela foi até a filha.
- Laura, eu percebi que você tá meio aérea, o que aconteceu?
- Aérea, não, eu não tô aérea, não aconteceu nada.
- Filha eu te conheço, sei muito bem quando você está com um jeitinho estranho, eu sou sua mãe, pode confiar em mim.
- Mamãe... Eu beijei o Isaac!
Ela fica surpresa e ao mesmo tempo feliz.
- O que! - disse meio emocionada por ver que a filha tava crescendo e começando a gostar de alguém. - E como foi?
- Ah! Sei lá, foi estranho, pareciam que tinham lagartixas andando dentro da minha boca.
Ela ri com ternura e diz:
- Sabia que essa foi a mesma sensação que tive a primeira vez que beijei o seu pai?
- Sério?
- Sim, eu nunca tinha beijado ninguém e seu pai foi o primeiro, nossa eu fiquei furiosa, sai quebrando tudo, sobrou até para a pobre da mimosa - Catarina ri se lembrando de tudo.
- O que aconteceu com a mimosa?
- Eu fui tentar acertar o seu pai e quase acertei a mimosa, que acabou desmaiando.
- É bem a senhora mesmo - a menina riu.
- Mas, você gosta desse rapaz? Sente alguma coisa por ele?
- Bem... Eu sempre fico meio envergonhada, até um pouco vermelha quando chego perto dele, e também bastante nervosa.
- Então você gosta dele.
- Não, ele e só meu amigo, apesar... Que ele também disse que gosta de mim.
- Eu sei o que você tá sentindo, eu também já me senti assim, vou deixar você sozinha um pouco para pensar.
Ao sair do quarto, Catarina suspira.
- Estou perdendo os meus filhos.