you and me for all eternity?...

Hana Lasth

Kaiashi andava cuidadosamente atrás de um lobo. Bom ele não devia estar fazendo isso, mas o lobinho q ele ia atrás sem permissão havia roubado seu livro de feitiços.

Bom o lobo ia em uma direção que o levava para fora do clã.

Ou seja ele ia arrumar uma bela encrenca, mas valia arriscar.

Dps de correr por quilômetros atrás do pequeno lobo, o mesmo para perto de uma  mulher  tão linda quanto uma noite estrelada, a noite, os cabelos dela eram tão escuros quanto.

Por um momento Kaiashi esqueceu-se do seu livro, totalmente encantado com a beleza daquela mulher.

Mas logo o mesmo despertou de seus devaneios sobre a bela dama a sua frente.

O mesmo  foi até ela se apresentou e pegou o livro. Mas percebeu a situação da mulher a sua frente.

A mesma estava com suas vestes sujas, joelhos, braços e rosto ralados e com uma sequência de hematomas que aparentavam ir do pescoço até o quadril ou mais.

O mesmo foi ajuda-la, mas se esqueceu de que ele não poderia tocar em uma mulher fora de seu clã já que haviam feitiços para descobrirem tal ato e o matariam independente do que o mesmo fizesse.

O mesmo fez curativos na mulher que ele descobriu se chamar Hana Lasth, com parte de suas vestes e de ervas que ele encontrou.

Hana não tinha pra onde ir e agora ele tbm não já que o mesmo saiu do clã. O jeito mais fácil deles sobreviverem seria indo embora os dois juntos e isso fizeram.

No Sul da Noruega ali estavam, não havia nada além de um campo aberto, árvores e montanhas ao seu redor ou pelo menos era isso que dava para eles verem.

Logo eles construíram uma casa, ou melhor Hana construiu usando magia negra canalizando um de seus amuletos, já que se fosse Kaiashi a fazer a casa ela desapareceria assim que ele morresse por ser magia natural ou eles teriam que selar o feitiço.

Um ano se passou desde então.

Eles descobriram uma matilha de lobos que havia ali e depois surgiram mais lobos e eles viraram vizinhos.

Mas nunca houve brigas ou confusões já que o líder e os lobos eram calmos e usavam magia para controlar as transformações.

Bom, os dois começaram a se relacionar a uns sete meses.

Kaiashi se apaixonou pela bela dama, se apaixonou por cada sorriso seu, por cada gesto ou palavra, por seu olhar tão intenso quanto o mar, por suas curvas tão perfeitas como o céu, por seus cachos tão maravilhosos quanto a Lua, ele se apaixonou por cada pedacinho daquela mulher e não só pelo seu exterior.

Ele a amou, amou mais que a si mesmo, a amou e a priorizou como se só ela importasse e no fim só ela importava.

Bom, ele não cansava de enaltecer aquela mulher, não poupava palavras para elogia-la. Era o que muitos dizem ser "o par perfeito". E não dizia nada além da verdade.

Agora a bela dama, Hana Lasth, nesse mundo ela só amava duas pessoas e ele não era uma delas.

Ela amava sua querida irmã caçula e é claro amava a si mesma.

Hana só estava com Kaiashi pq viu nele sua salvação, viu nele uma oportunidade de continuar viva.

Enquanto Kaiashi estava com ela pq a amava, ele abandonou seu clã, sua família, seus amigos, sua vida por ela.

A mesma apenas não queria morrer e Kaiashi podia "ajuda-la" com isso, então ela seguiu com ele, mas percebeu que o mesmo se apaixonou e que se não fosse por isso talvez ele nem ser quê ajudaria.

Muitos diriam que ela o enganou ou manipulou ele, mas como ela pensava, ela apenas o ajudou a se livrar de um clã imundo, a achar um amor, a ficar mais forte e a ter uma família, já que ela estava grávida de seu primeiro filho.

Hana era uma mulher forte, mas ela estava quebrada por dentro, seus pais a destruíram quando tentaram moldar nela a filha perfeita, o futuro do clã, e no fim não era isso que ela queria.

Aos seis anos ela não queria aprender etiqueta, ela só queria correr no gramado com os amigos.

Aos oito ela não queria aprender a dançar, ela queria brincar assim como as outras crianças.

Aos dez ela não queria aprender a como se portar em eventos, ela só queria brincar de boneca com as meninas ou de super herói com os meninos.

Aos doze ela tava no automático, ela não ligava mais se tinha que fazer aulas de etiqueta, dança, boas maneiras, outros idiomas e ainda as matérias da escola. Ela não queria mais brincar, tudo tinha perdido a graça, seus amigos não eram mais seus amigos e ela nem tinha tempo para amizades.

Aos catorze ela ainda tava no automático, mas com muita pressão de seus pais, "tá atrasada de novo!" "faça essa merda corretamente!!!" "Eu sei que você pode ser melhor!!" "Pare de frescura!!" "Se você fosse igual a ela não teríamos que passar por isso" "seja igual a sua irmã uma aluna exemplar" "na sua idade eu era muito mais avançada" "ela é mais nova e ainda sim melhor que você" "seja melhor!! Eu não tolerarei erros!!" "Engole a porra do choro e levanta a cabeça sua fracassada de merda!!" Tbm as catorze ela foi assediada pela primeira vez, ninguém acreditou nela e falaram que foi sua culpa por atiçar o velho que a agarrou em sua casa enquanto praticava exercícios de dança que sua mãe havia mandado.

Sua mente parecia que ia explodir, quando não estava completamente cheia, estava tão vazia ao ponto de se ouvir um eco.

Seus sentimentos pareciam que foram desligados, ela não sentia mais nada além de um vazio.

Achava que não amava ninguém além de sua irmã que nunca a machucou de alguma forma.

Aos dezesseis ela estava bêbada jogada em um beco com adolescentes ainda mais chamados que ela.

Aos dezoito Hana não sabia mais com quantos caras havia se deitado em dois anos, só sabia que eram muitos, tipo muitos mais de cem pq quase toda noite ela saia e ou ela voltava com um cara diferente, ou chapada ou não voltava.

A e aos dezoito ela tbm teve sua quarta overdose. A primeira foi aos dezesseis, a segunda e terceira aos dezessete e a quarta aos dezoito.

Aos vinte ela foi obrigada a procurar um noivo depois de enrolar por dois anos e percebeu depois de quatro anos que era uma alcoólatra viciada e tentou parar.

Aos vinte e dois Hana estava a um ano limpa e teve três recaídas e uma tentativa de suicídio.

Aos vinte e três ela estava noiva. Estava limpa a dois anos.

O mais difícil pra ela foi viver tudo isso por 7 anos escondido de seus pais e ter que fingir ser uma garota perfeita como se não tivesse passado a noite toda tranzando com algum cara aleatório como se fosse uma puta ou chapada como se não houvesse amanhã, mas sempre havia e ela tinha que atuar bem, pq ninguém sabia que durante sete anos a primogênita do Sr e Sra Lasth se tornou uma viciada em álcool e drogas, uma vadia e tinha três tentativas de suicídio, uma aos vinte e dois, outra aos vinte e mais uma aos dezesseis todas envolvendo bebidas alcoólicas, drogas ilícitas e qualquer tipo se lâminas.

E no fim estava tudo bem. Era o que ela sempre dizia, era o que todos achavam