"Inteligente e divertido." - Sunday Mirror
"Um romance leve e engraçado." - Daily Mail
"A estreante Kinsella tem ótimo humor." - Kirkus Reviews
Rebecca Bloom é uma garota londrina com um péssimo hábito. É uma consumidora compulsiva.
Apesar de ser uma jornalista especializada em mercado financeiro, não consegue controlar as próprias finanças. Endividada até a alma, vive fugindo do seu gerente de banco e procurando fórmulas mirabolantes para pagar afatura do cartão de crédito.
E ainda encontra tempo para se apaixonar.
Um romance de estréia muito divertido que faz um retrato de quase todas as mulheres que conhecemos.
Por que escrevi Os delírios de consumo de Becky Bloom? Por que eu sentei e escrevi um livro sobre compras? Porque logo que a personagem, uma extraordinária consumidora compulsiva, surgiu em minha cabeça, gostei tanto dela que precisei escrever. Tinha de criar situações para ela, dividi-la com as outras pessoas.
Rebecca sou eu. São minhas irmãs. São todas as minhas amigas que já saíram para comprar um chocolate e voltaram para casa com um par de botas. Rebecca é todas as mulheres (e homens) que já se viram parados diante de uma vitrine e souberam, com certeza absoluta, que precisavam comprar aquele casaco e... ai, meu Deus, calças que combinassem com ele! Becky é todas as pessoas cujos corações começam a palpitar mais forte à simples visão de um anúncio de 50% de desconto. (Como ela diz, as compras deveriam contar como atividade cardiovascular.) Ela é todos os que recebem a fatura do cartão de crédito e imediatamente imaginam haver algum erro. Eles não podem ter gastado tanto.
Há alguns detalhes em relação a Becky que a fazem diferente do consumidor médio. O primeiro é que ela está absurdamente endividada. Tem uma relação de amor e ódio com o gerente do banco e passa a vida evitando encontrar-se com ele, inventando desculpas cada vez mais esfarrapadas. (Uma das minhas partes favoritas foi escrever as cartas de Becky para os bancos e lojas, com táticas criativas e transparentes para evitar os encontros.) O segundo é que, apesar da bagunça que faz com seu próprio dinheiro, ela ganha a vida como uma jornalista especializada em mercado financeiro. Ou, como ela mesma diz, é "paga para dizer às outras pessoas o que fazer com o dinheiro delas".
Eu também trabalhei como jornalista especializada em mercado financeiro. Sei que dar conselhos de investimentos para as pessoas não quer dizer que você vá ouvir esses conselhos. Na verdade, quando estava escrevendo o livro, telefonei para diversas financeiras, lojas e bancos para fazer pesquisa. Ao explicar que estava escrevendo um romance sobre uma garota que simplesmente não consegue parar de gastar, recebia uma ou outra dessas respostas: "Ela parece exatamente comigo!" ou "Ela parece exatamente com minha namorada".
Rebecca não é apenas um bibelô materialista. É sensível, carinhosa e extremamente otimista. Sabe que tem um problema e se esforça muito para tentar melhorar, mesmo que os resultados não sejam os planejados. Primeiro tenta reduzir seus gastos a zero. Quando, estranhamente, esse método não funciona, ela tenta ganhar mais dinheiro. Enquanto isso, ela está se envolvendo em confusões diversas para evitar o banco, impressionar o sensual Luke Brandon e, ao mesmo tempo, manter o próprio emprego.
Em seus delírios de consumo, todos os seus problemas se resolvem de imediato ao ganhar na loteria, ou quando um completo estranho paga sua conta do VISA por engano. Na verdade, ela tem que enfrentar seus problemas sozinha, e encontrar as próprias soluções. O que faz de maneira única.
Escrever este livro foi muito divertido do início ao fim. Não posso imaginar gostar mais de um outro personagem do que da boba, equivocada e bondosa Becky. A maneira com que ela sinceramente acredita estar economizando dinheiro ao comprar um cachecol caríssimo em uma liquidação, sua crença secreta de que se fechar os olhos os problemas vão desaparecer e, sobretudo, seu otimismo de que tudo vai acabar bem.