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- Boa tarde Jiminsshi! - Boa tarde Jungkooksshi! - disse o motorista se curvando assim que entramos no automóvel que nos aguardava na saída do aeroporto. Após passar por todos os flashes, câmeras, repórteres e até alguns fãs, finalmente iríamos chegar em casa. Meu namorado já se ajeitava no banco do carro para deitar e dormir ao meu lado.
Às vezes nem podia acreditar que fizemos isso dar certo. Oito anos trabalhando juntos, mas só faziam quatro que conseguíamos estabelecer que queríamos e iríamos ficar juntos. Não é fácil morar, trabalhar junto e ainda ter sentimentos amorosos por uma pessoa que convivo 24h por dia.
Os últimos 2 anos foram difíceis e por isso, decidimos que era melhor morarmos em locais diferentes e isso fez grande diferença para nossa relação como colegas de trabalho e parceiros amorosos.
Nunca pensei que pudesse sentir saudade dele. Ele sempre esteve ali. Sempre vinha à noite para o meu quarto, sempre estava lá roubando minha comida, sempre preenchia o meu tempo com risadas, brincadeiras ou me ajudando a superar alguma crise existencial.
Agora que tanto eu quanto ele tínhamos nosso próprio canto, nossa própria casa que ajudamos um ao outro a decorar. Não que ele tenha seguido qualquer das minhas sugestões..
A saudade, às vezes, batia e era tão gostoso abrir a porta do meu próprio apartamento e encontrá-lo lá segurando um balde de frango frito ou uma porção do lámen que eu gosto. O meu coração, que a muito tempo amava esse garoto, passou a bater forte quando a porta do meu apartamento estava abrindo para ele entrar.
Meu amor era carinhoso, bondoso, inteligente e muito fofo. Não sei como eu não passava 24h do meu dia com os dentes cravados na bochecha dele. De vez em quando, no momento em que eu achava que ninguém estava vendo, eu ficava o observando.
O garoto parecia sempre estar no mundo da lua: fazia sons e movimentos engraçados o tempo todo, nunca parava quieto e sempre uma parte do seu corpo se movia, não importava o quão parado nosso trabalho exigia que estivéssemos.
Mas, para muito além das câmeras que nos vigiavam a todo o momento, ele era gentil com todos a sua volta, atencioso com nossa equipe, paciente e sempre pensava nos outros. Ainda que tenha começado muito jovem a trabalhar, sempre manteve seus pés no chão e não foram raras as vezes em que era ele quem me dava conselhos sobre como pegar mais leve com a vida e não me cobrar tanto.
Seu olhar me encantava, me fazia sentir perdido, voando pelo espaço. Exalava uma inocência e uma pureza. Ainda que ele possuísse muitos defeitos que me deixavam louco, não tinha uma parte dele que eu não amasse.
O fato dele dormir um sono tão profundo e pesado e sempre rouca como um motor de chevette na estrada, mas me fazia tão bem saber que era ao meu lado que ele roucava, era ao meu peito que ele adormecia, era ao meu lado que seus olhos extravasaram as dores e angústias que viviamos .
