Capítulo 14

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O Bilhete, escrito a mão, em letras de forma, foi entregue por um humano comum nos portões. Algumas horas antes, Jungkook recebeu um telefonema de Jihyun, desesperado, ele contou sobre o sequestro que aconteceu durante a noite. Quando dormiam, alguém invadiu a propriedade e levou Bryan, não deixando nada para trás.

Jihyun percebeu seu sumiço pela manhã, quando foi acordar o garoto para o café, por não encontrá-lo, ligou para seu celular recém ganhado. Depois de cinco ligações perdidas, Bryan atendeu; em primeiro instante, Jihyun ficou aliviado de ouvir a voz grossa de um garoto na puberdade, mas seu alívio caiu drasticamente quando percebeu que o garoto estava assustado e com aparente dor.

Jihyun não precisa de ninguém para o dizer aquilo que estava óbvio, seu sobrinho foi sequestrado em sua casa. O sequestrador não pediu nada, mesmo tendo Jihyun insistindo que daria tudo que pedisse. Antes de chamar a polícia, Jihyun tentou ligar para seu irmão, em vão, Jimin não atendia, provavelmente estava trabalhando. Quando conseguiu falar com Jungkook, seu coração desmoronou, e só ali ele se permitiu entrar em desespero.

Jihyun sabia que o sequestro não estava ligado ao dinheiro, se fosse o caso, o sequestrador não teria negado a negociação com ele. Um dos grandes nomes da lista de milionários da Ásia. Se tratando de quem Bryan era filho, o rapto estava ligado aos esquemas de Jimin. Se estivesse certo, a polícia não deveria ser envolvida em nenhuma hipótese.

Jungkook também estava certo de que Bryan não foi levado por dinheiro, nenhuma pessoa teria coragem de mexer com a família Park apenas por dinheiro, seria tolice. Os humanos sempre foram gananciosos, mas também medrosos. O que estava deixando sua razão ainda no controle era seu conhecimento de que, se Bryan estava vivo, significava que eles queriam algo dele, ou de Jimin. O bilhete endereçado a Jimin confirmou suas suspeitas.

"O que me pertence pelo que te pertence"

Jimin segurava o bilhete, olhando para o nada. Seu cérebro trabalhando com a força de um trovão.

— Consegue pensar no que eles querem?

Tae perguntou, aflito por Jimin ainda não ter demonstrado nenhuma reação. Pelo pouco que o conhecia, ele já deveria estar com o telefone em mãos, ligando para qualquer pessoa de caráter duvidoso para resolver o problema.

— Talvez os diamantes? — Namjoon indicou.

— O bilhete está banhado em perfume, eles sabiam que poderíamos nos envolver e usaríamos o cheiro como pista. — Whisper tentou.

— Por que estamos esperando aqui? Vamos mandar uma equipe para a casa do irmão do Jimin. Lá deve estar os rastros. Hei, humano, para de pensar em nada, seu filho foi sequestrado.

— Fury, não é hora de implicar com ele.

— Não estou implicando, Namjoon. Olha para ele, este não é o momento, eles podem matar o garoto.

— Não vão mata-lo, Fury. Eles querem algo de Jimin.

Jungkook disse, pegando o bilhete de volta. Ele cheirou, mas não conseguia pensar em nada. Só tinha cheiro de flor e comida, nojento.

— Papel de embalagem de perfumes. Está escrito com carvão orgânico de churrasco. Ele pegou no lixo.

Quando Jungkook terminou sua análise, Jimin levantou a cabeça, dando um pequeno sorriso.

— Ele é como você.

Jimin disse, pegando o telefone. Ele discou um número não identificado, que foi atendido no primeiro toque.

— Não era para eu desaparecer?

Namjoon se levantou da cadeira, segurando o enfeite com tanta força que se espatifou em suas mãos.

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⏰ Última atualização: Aug 02, 2022 ⏰

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