𝙋𝙍𝙊𝘽𝙇𝙀𝙈 | 𝑟𝑒𝑒𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜

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Foram algumas horas até a minha mãe finalmente parar o carro, não prestei atenção no caminho, então quando decidi olhar a janela ao meu lado percebi que não estávamos paradas na frente de nossa casa. Olhei para a moça ao meu lado em que eu considerava ser a minha mãe, e sua falta de expressão deu para entender tudo, e então, sem me explicar nada, ela simplesmente destranca o carro e me manda descer.

Uma grande onda de chateação, medo e ansiedade tomou conta do meu peito, minha respiração ficou ofegante e minha visão ficou turva. Olhei mais uma vez para minha mãe em busca de alguma esperança dela não me largar aqui, porem não tinha nada em sua expressão, tentando recuperar o folego e me acalmar, desci do carro e fui ate o porta malas, abrindo devagar tentando digerir o que a minha mãe estava fazendo, me deixando para trás mais uma vez, sem um pingo de remorso a mostra. Ao abrir o porta malas pego minhas duas malas e minha mochila e assim que o fechei, ela deu a partida me deixando mais uma vez para trás, sozinha.

Não precisei pensar muito, já sabia quem era o dono dessa casa. Então caminhando de forma lenta fui ate a porta principal, juntei toda a coragem que me restava e toquei a campainha da enorme casa a minha frente. Demorou uns minutos ate que alguém começa a destrancar a porta, assim que finalmente abriram, fiquei surpresa ao ver quem me atendeu. Eu não o conhecia, ele é alto, tem os olhos azuis e o cabelo na cor preta, pelo visto ele também não me conhecia ao ver seu rosto confuso.

Preenchi meu peito com o ar que me faltava, corrigi minha postura e me virei para o garoto a minha frente.

- É, então, você por acaso conhece algum Bryce Hall? - perguntei, para o garoto parado, praticamente paralisado em minha frente -

Senti a sua confusão pelo seu olhar, quando seus olhos correram de mim para dentro da casa, mais uma vez olhou para a mim e então fechou a porta, toda aquela ansiedade e  falta de ar que me dominava se transformou em raiva, eu não sei se foi uma forma de me expulsar ou uma puta falta de educação.

- Que merda é essa, o que você tá fazendo aqui?

Ok, não demorou muito para eu perceber que foi falta de educação, já que assim que a porta se abriu novamente vejo meu bom e velho irmão, grande e único Bryce Hall. Mais uma vez aquela onda de ansiedade me atacou novamente.

- Fazendo as contas aqui, seu ultimo ano não acabou, você não tinha que estar na porra do internato? O que diabos esta fazendo na porta da minha casa? – Bryce respondeu de forma ríspida, o que não me surpreende muito

- Bryce, claramente não foi uma escolha minha, me convidaram a sair do internato por certas questões, então para a sua imensa felicidade, a sua querida irmãzinha esta de volta – sorri de forma simples –

- E porque você não foi pra casa caralho? – sentir a raiva na voz de Bryce–

- Você acha que eu realmente queria estar aqui na porra da porta da sua casa? – aumentei o tom de voz – Mamãe não falou nada o caminho inteiro – respirei fundo – ela apenas, simplesmente me deixou aqui, não tenho para onde ir, da para me ajudar só dessa única vez porra?

Bryce demora um pouco, da para ver a confusão em sua mente, mas então, nesse silencio constrangedor e para a minha felicidade, Bryce abriu a porta me dando espaço para entrar. Não demonstro essa felicidade, deixo Bryce achar que eu já sabia que ele me deixaria ficar e então ao terminar de colocar minhas malas para dentro, respiro fundo e ao mesmo tempo em que Bryce se vira para fechar a porta eu me viro para o outro lado para falar com o garoto que havia me atendido.

- E que falta de educação maninho, não me apresenta para seu amigo não? – falei olhando fixamente para o garoto, a espera de uma resposta do mesmo -

- Ah, eu sou o Josh – ele respondeu rapidamente confuso me estendendo a mão para cumprimento –

- Prazer Josh, sou a Elisa, irmã mais nova do Bryce – não apertei sua mão, apenas me virei para as minhas malas e me referi a ele - Você pode me ajudar com as malas?

Vi de canto de olho ele recolhendo a mão estendida a passando no cabelo ainda perdido, depois ele olha para Bryce em busca de aprovação, depois se voltou a mim fazendo um sinal de sim com a cabeça. Então o deixei levar uma das malas, enquanto eu levava a outra mala e a minha mochila nas costas, Josh me guiou até o quarto livre da casa e após colocar a mala ao lado da cama, ele continuou parado na porta, talvez em busca de uma recompensa? Eu realmente não sei o que ele queria. Então agradeci-o de forma que ele se toque que estava na sua hora de sair do meu novo quarto, logo ele retribui e se vira para as escadas.

Fechei a porta e me sentei na ponta da cama, mais uma vez a onda de ansiedade começou a tomar conta do meu peito, eu não conseguia entender porque minha mãe faz tanta questão de não ficar comigo, sempre dando um jeito de me deixar para trás. Não demorou a ansiedade sumir, pois alguém estava gritando meu nome e o susto dominou meu corpo, mas logo passou, já que a voz era conhecida e bastante reconfortante.

- ELISA HALL????? CADÊ A ELISA?? COMO ASSIM ELA VOLTOU??

Griffin, meu segundo irmão mais velho, claro, de consideração, mas cuidava de mim como se fosse de sangue. Levantei da cama e abri a porta para confirmar a suas perguntas, então o gritei de volta.

- É CLARO GRIFFIN JOHNSON SOU EU LITTLE HALL

Não demorou muito, logo Griffin apareceu na porta do quarto que até então é meu. Consigo sentir sua felicidade no abraço apertado que ele me deu, o abraço foi tão apertado que eu estava psicologicamente sem ar.

- Chega, você sabe que não gosto de abraços – lembrei Griffin enquanto lutava contra o seu abraço –

- Eu sei disso Elisa, você só gosta de si mesma – ele me solta e senta na minha cama – Agora solta, o que aconteceu com o internato?

- Fui pega matando aula

Mentira.

- O que?? Você foi expulsa porque matou aula? O que aconteceu com a little hall que sabia fazer tudo direitinho sem ser pega? – Griffin perguntou surpreso

Que desculpa idiota, eu devia ter pensado em algo melhor, mas ok, pelo menos o Griffin acreditou.

- Sim, você sabe ne, eu ficava naquela prisão 24/7 eu nunca voltava pra casa, nem nos fins de semana, era complicado, então eu já tinha feito isso diversas vezes, já tinha sido a terceira vez que me pegaram

Não menti ao dizer que era a terceira vez que me pegaram, mas não foi por esse motivo que me mandaram embora.

- Meu deus little hall, não é possível que você não consegue pular um murinho sem ser pega, que má sorte sua anta – ele me da um tapa de leve na cabeça como certa punição – A conversa esta um máximo, mas preciso trabalhar

Griffin precisou fazer seu trabalho como tiktoker. Eu o amo demais, com tudo que eu fiz, me sinto mal em mentir para ele novamente, eu havia prometido que isso não se repetiria, mas prefiro resguardar ele de uma futura decepção que uma hora ou outra pode aparecer.

Deito na cama novamente após trancar a porta e puxo o celular para perto de mim, uma sensação de aperto no coração apareceu sentindo que não devia estar mentido novamente, mas às vezes a verdade é preciso ser evitado, nem todo mundo precisa saber de tudo. Desde que isso fique guardado comigo e apenas para mim, nada ira acontecer.

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estou trazendo Problem com uma nova cara para vocês, uma escrita mais evoluida e com mais detalhes, espero que vocês gostem bastante, por favor deixem um feedback para eu saber se estão gostando ou não!! Amo vocês!!