Dona de mim

Capitulo

Fiquei no hospital por dois dias,graças a Deus não aconteceu nada demais, não me quebraram nenhum osso apenas escoriações no rosto e hematomas pelo corpo. Dell ficou ao meu lado todo segundo, a cada segundo ele me pedia desculpa pois se sentia culpado por não ter chegado a tempo ele disse que por um minuto talvez nada disso tivesse acontecido.
     Saímos do Hospital domingo pela manhã,meus pais estavam muito preocupados, eu não queria que contassem a eles o que aconteceu mas seria impossível, chegar em casa como se nada tivesse acontecendo as marcas no meu rosto mostram tudo. Quando cheguei eles me abraçaram,minha mãe estava chorando como uma criança meu já não era muito de demonstrar o que sentia, seu olhar era imparcial sério, eles me encheram de perguntas e eu respondi todos e depois Carmo me levou até nosso quarto, ele tratou de fechar todas as cortinas pois sabia que eu gostava de quarto escuro, e ligou a tv, ele teve que sair pois com esse meu sequestro o que já estava atrasado acabou ficando ainda mais ele teria que trabalhar o domingo inteiro, ele saiu de casa dizendo que iria a uma reunião e depois voltaria para trabalhar do meu lado.
    Passei o resto da manhã deitada, lá fora o sol estava lindo mas eu não tinha forças para sair do quarto, meio dia trouxeram meu almoço, pode se passar anos mas acho que nunca vou me acostumar com pessoas me servindo e prestando serviços a cada momento.
      Se passou algumas semanas, eu já estava bem Carmo fez que eu fizesse repouso por quase o restante do mês, e eu não aguentava mais ficar em casa deitada ou tomando sol na beira da piscina, eu precisava trabalhar eu precisava ver a rua já sentia meu corpo bom não tinha o porquê ficar dentro de casa. Ele saiu para trabalhar  esperei por alguns minutos, levantei tomei um banho coloquei meu uniforme e desci, minha mãe se espantou quando me viu vestida diferente do que os pijamas que tenho  andando pela casa. Disse que estava cansada que já estava bem não tinha necessidade de ficar em casa, ela não disse nada, fui até Tonny que estava lá fora na entrada da casa com os outros seguranças, pedi que me levasse até a empresa e ele se negou disse que a ordem era que eu não saísse de casa, retruquei dizendo que eu poderia ir sozinha de fosse melhor, e rapidinho ele pegou o carro, eles estão traumatizado comigo andando sozinha, confesso que blefei eu não teria coragem de sair de casa sozinha ainda não me sinto segura.Entramos no carro e ele me levou direto a empresa. As pessoas me olhavam como se eu fosse algo que eles nunca tivessem visto na vida, e isso me deixava um pouco constrangida. Entrei no elevador e fui para o meu andar, meu chefe se assustou quando me viu ____ Você por aqui moça ? - Ele era um cara engraçado embora não assumisse para ninguém ele parecia gay, ele tinha o jeito afeminado ele era careca baixo corpo musculoso e era negro como eu ___ Cansada de ficar em casa, posso voltar ao trabalho ou você também vai me suspender ? - Ele riu, disse que por ele estava tudo bem se eu estivesse bem, mas que o problema era meu marido pois ele disse que eu não voltaria nem tão cedo. ____ Por Carmo eu ficava lá em casa numa vitrine como uma boneca que ninguém pode colocar as mãos, ou uma dondoca, que passa o dia no salão SPA e gastando o dinheiro dele no shopping ___ Exatamente - Eu pulei quando ouvi a voz dele atrás de mim___ a senhora Dell Rei, deveria estar em casa de repouso como o médico pediu, porém a senhora Dell Rei é uma teimosa, ela precisa entender que não pode se cansar e sim por mim ela estaria numa vitrine lá no meu quarto onde só eu poderia vê-la apenas eu. - rolei os olhos e sorri o sorriso mais sínico da face da terra. ___ Mais a senhora Dell Rei já está bem e cheia de serviço, o que pelo visto meu marido não tem pois está com tempo pra ficar zanzando por aí ___ Eu parei uma reunião internacional, quando Tonny me avisou que estava na empresa e me perguntou se precisava que ele ficasse aqui pois minha esposa estava no trabalho, achei engraçado ser avisado por meu funcionário por isso parei tudo e vim aqui ver com meus próprios olhos - Eu estava toda sem graça mas não ia pedir desculpas com voz de neném como faço quando estamos a sós, meu chefe estava ali em nossa frente assistindo toda aquela cena.Sorri bem sínico para ele ___ Eu sou grande o suficiente para decidir o que quero fazer amor, agora volta pra sua reunião, te espero na hora de ir embora - Virei as costas e sai andando deixando os dois lá parados como dois de paus sem entender nada, cheguei em minha mesa olhei para onde ele estava e lá estava ele com certeza passando várias recomendações para meu chefe me tratar com cuidado, como se eu fosse uma criança de dois anos, rolei os olhos e fiquei no meu trabalho.
    O dia passou rápido o serviço estava de acumulando, mesmo com outras pessoas fazendo minha parte eles não davam conta de tudo. Só me dei conta que era hora de ir embora quando meu marido veio me buscar, ele desceu um pouco antes disse que era pra não correr o risco de eu inventar moda de sair sozinha, falei que ele tinha que ficar tranquilo pois eu já tinha aprendido a lição, ele levou minha bolsa, disse que eu não podia carregar peso ( como de minha bolsa com carteira estivesse pesada ) Quando saímos na rua fomos atacados por vários jornalistas fazendo perguntas sobre meu sequestro, Dell me colocou de pressa dentro do carro e pediu para Tonny dar partida, já tinha passado algumas semanas pensei que já tinham esquecido isso. ___ Todos os dias quando saio do serviço, é a mesma coisa agora que você está de volta eles não vão sossegar enquanto não der uma palavra - olhei para ele, reprovando o que ele disse, eu não gosto de falar em público não vai ser agora que isso vai mudar. __ Dell e afinal de contas o que aconteceu com Dominique ? - Ele ficou sério, olhou para Tonny pelo o retrovisor ___ Demos um susto nela que ela não vai nos perturbar nunca mais. Fizemos o que ela fez com você, deixei presa por alguns dias, depois passeamos com ela  no porta malas, depois Tonny levou ela até um porto e se assegurou que ela fosse fazer um passeio para bem longe