Capítulo 23 - Sou bem territorialista.

425 40 2
                                    

2 semanas depois.

Karla se encontrava agora no Louvre, as obras de artes eram simplesmente divinas, mas o medo de serem roubados novamente, fez com que a latina estivesse ali. Alguém muito ousado invadiu e conseguiu roubar uma das obras do Louvre. O que parece loucura, mas dado ao valor de cada peça ali dentro, Karla tinha certeza que o ladrão venderia.

– Consegue me escutar?

– Perfeitamente...

– Alguns rostos conhecidos que estavam no dia do roubo estão ai. A mulher na frente do quadro da Monalisa, ela que ficou mais tempo olhando o quadro que foi roubado...

Disse Chris que havia viajado junto com a latina e estava na vã não muito longe dali. Karla tinha um mini fone no ouvido e falava discretamente baixo.
Apesar da missão, aquele também era o treinamento de Chris, e ele estava se saindo um gênio no computador.

Camila se aproximou da mulher e fingiu está observando a peça a sua frente.

– Incrível né, aposto que a textura do quadro é mais maravilhosa que a peça em si.

– Desculpa, não entendo muito de arte, mas posso dizer que sim.

– E o que trás uma leiga em artes ao Louvre?

– Curtidas no insta e um belo adesivo no passaporte. Que tipo de turista eu seria se deixasse o Louvre fora do meu roteiro?

– Faz sentido, me chamo Keana Marie, e o prazer pode ser todo seu.

Karla não pôde deixar de sorrir com a audácia de seu alvo e apertou a mão da mesma.

– Helena Carter, prazer.

– Gostei do nome, soa como algo quente, você é quente?

– É uma pergunta interessante, mas teria que me surpreender para ter a resposta.

– Ótimo, jante comigo essa noite. Posso ser surpreendente de diversas maneiras.

– Vocês franceses são ousados, mas sim, eu janto.

– Ousados não, só não perdemos tempo. A vida é curta demais para isso. Vejo você as 20 horas, me espere na frente do Louvre.

Dito isto a mulher saiu deixando Karla boquiaberta com a atitute e fala dela. Chris dizia algo como ela ter pego um táxi, e só então Karla notou que ainda estava parada olhando para o nada.

(...)

Dado a hora, Karla já se encontrava na frente do Louvre, como não sabia qual seria o restaurante, resolveu caprichar.

Não demorou muito para que a mulher chegasse e desse um sorriso encantador, em outros tempos, Karla teria se derretido, coisa que não valia naquele momento e não por aquela mulher.

– Tão bela quanto a noite estrelada...

– Obrigada, você também não está nada mal.

– Nada mal é um bom elogio. Vamos?

Ambas riram e Karla entrou no carro, Chris vinha logo atrás discretamente sem ser percebido.

(...)

Ao chegarem no lugar, Karla descobriu não ser realmente um restaurante e sim uma casa onde existiam leilões de coisas roubadas.

– Foi mais fácil do que eu pensei...

Chris falou em sua escuta e Karla apenas sorriu, não podia responde-lo pois a mulher estava ao seu lado. Logo sentaram-se e então Karla percebeu que ela era o alvo certo, só precisava reunir provas, e não só ela como tinha vários criminosos, um deles chamou a atenção de Karla. Já havia visto o homem e era procurado por várias coisas ruins, mas nunca ficava preso por falta de provas.

– Se me permite, preciso ir ao banheiro.

Falou baixo no ouvido da mulher dando uma mordida em seu lóbulo antes de levantar. Ao chegar no banheiro se trancou em uma das cabines e pegou seu celular enviando uma mensagem para Lauren.

Acho que vou precisar de você. Peça a Chris para providenciar passagem e documentos falsos... e sinto sua falta....

Enviou sentindo realmente falta de sua namorada que ainda não era namorada e voltou para o lado da mulher que acompanhava no leilão.

(...)

Duas semanas que Camila tinha viajado e Lauren já estava pirando com as crianças, se perguntava como Camila aguentava.

– Henry, vem comer, por favor, sua mãe vai me dar uma surra se você não comer direito.

Lauren pediu enquanto desligava o vídeo game, Henry a olhou com raiva e saiu pisando fundo, Clara que estava na cozinha recebeu o pequeno com um sorriso, mas se surpreendeu ao ver que ele estava com a expressão de raiva.

Lauren no quarto ainda levou a mão ao rosto e teve uma enorme vontade de chorar, Henry andava mais distante dela, Thomas estava mais apegado a Taylor e o novo namorado da irmã.

Lauren saiu do quarto indo até o de Taylor, quando entrou viu que ela estava dormindo com o pequeno, chamou a irmã e pegou Thomas no colo, que apenas escondeu o rosto no pescoço da mãe.

– Comer.

Lauren disse simples, desceu com o filho e foi para a sala, sentou praticamente deitada e colocou o pequeno deitado em sua barriga.

– Que saudade da sua mãe, meu amor.

Lauren sentiu o celular vibrar em seu bolso e o pegou.

– É, você não morre mais, acabei de falar em você.

Pegou o celular e respondeu.

Ta bom, preciso me preocupar? Ah, tenho que lhe avisar que Henry está dando trabalho para comer e Thomas está mais apegado a Tay, eu estou abandonada, nem você está aqui pra me dar carinho.

Karla sentiu seu celular vibrar mas ignorou olhando para as peças leiloadas, o quadro roubado estava no meio, o que fez Karla franzir o cenho e se aproximar do vidro expositor.

– Uau, uma cópia bem feita. Quem o pintou deve ganhar muito dinheiro.

– Foi Gerard que o pintou, e digamos que talvez não seja cópia.

Keana falou baixo e olhou em direção ao homem elevantando o copo em comprimento. Mais ao lado, Karla pôde ver Tom acompanhado de uma mulher que até então era desconhecida pela mesma.

– Conhece o bonitão?

Perguntou Keana ao olhar na mesma direção que Karla e ver Tom. Mesmo que nunca tivesse o visto ali, tinha certeza de duas coisas. A primeira: ele era bastante atraente. E a segunda: podia ser policial.

– Eu preciso avisar Gerard sobre a presença do homem, ele pode ser policial já que nunca veio aqui.

Karla segurou seu braço antes que a mesma fosse e negou com a cabeça.

– Ele não é policial.

– E como pode ter tanta certeza?

– É meu quase ex marido...

Disse vendo a garota ficar surpresa e dá um sorriso galante para ela, Karla podia afirmar que tinha até um brilho nos olhos da mulher.

– Isso é bom, mas prefiro que ele saiba que sou bem territorialista.

Dito isto, a mulher passou os braços ao redor da cintura de Karla e a puxou para si falando coisas imorais em seu ouvido. Karla sorriu quando Chris falou que se Lauren tivesse perto aquela mulher seria morta só pelas coisas que disse.

– Vejo que é apressada demais, mas vamos fazer do meu jeito. O modo americano de ser, me deixe em meu hotel e depois vá para o seu. Mas espero um café da manhã no dia seguinte.

Disse vendo a mulher aceitar o desafio e falar que Karla não aguentaria tanto.

(...)

Após ter sido deixada em seu hotel e ter sido bombardeada pelas brincadeiras de Christopher, Karla dormiu. O mesmo havia dito que Lauren chegaria no dia seguinte e que logo teriam mais equipamentos para começarem a investigar a fundo.

Caso secreto arquivado - Camren G!POnde histórias criam vida. Descubra agora