Capítulo 1: Um caso sem solução

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Era uma noite escura. A Lua estava bem opaca no dia nublado, na cidade de Londres. Any estava a ir ao escritório, cansada depois de um longo dia, mas havia algo mais importante que o seu bem estar no momento: resolver o mistério de Holly Graham. Any estava presa nesse caso fazia quase 6 meses e continuava a acertar em cheio a parede. Mas, para quem não conhece a Any, esse foi o único caso que ela não conseguiu resolver AINDA. Ela nunca desiste, principalmente se é para o bem de uma família sem esperanças.

A família Graham já estava de luto: não estavam nem um pouco otimistas de que Any resolveria o caso, mas ela não iria desistir tão cedo. Afinal, o caso mais longo que ela teve que resolver foi o do Assassino em resmas, que durou cerca de 2 anos. Meio ano não é nada comparado a isso.

Holly desapareceu na noite do dia 24 de outubro de 2022, seu aniversário de 15 anos, depois que saiu com seus amigos para um arcade. Porém, era cerca de 23h45 que ela sumiu de vez: os pais e os amigos procuraram em tudo quanto é canto do arcade, e da cidade, e do estado com a ajuda da polícia e do antigo detetive no caso: Michael. Nada. Nadica de nada. Foi aí que Any entrou no caso da menina desaparecida, já que era a detetive mais experiente da Inglaterra (30 anos de trabalho, e era detetive desde os 17). Sua mente brilhante seria a única esperança pra pobre família.

Só tinha um problema: Holly desapareceu de uma forma inusitada. Nada foi visto em câmeras ou por nenhuma testemunha (mesmo que o arcade estivesse cheio de guardas e de pessoas). Ela só sumiu: uma hora estava lá e no momento seguinte já não estava. Foi aí que Any pensou que poderia ser algo sobrenatural, mas deixou de lado essa ideia, já que não fazia o menor sentido, até então...

Estava no seu escritório analisando pela vigésima vez o vídeo captado pela câmera de segurança no spam de 5 minutos antes e depois do desaparecimento da jovem. É possível ver ela entrando no meio da multidão e depois sumindo, como se tivesse teletransportado. Isso não fazia o menor sentido, então Any olhou novamente, mas agora em câmera lenta. Notou algo que não tinha notado antes: um ser obscuro, parecia uma névoa negra, envolveu a jovem muito rapidamente, como se fosse uma pessoa a abraçando, mas tão rápido que quase não era possível notar.

Any ligou para o seu chefe imediatamente. Ele chegou ao lugar, e viu o vulto. Era possível perceber que aquilo obviamente não era uma pessoa, mas sim uma entidade medonha e muito mais assustadora, com seus supostos olhos violeta cintilantes. Any e seu chefe não sabiam nada sobre o sobrenatural, mas queriam descobrir: isso poderia ser a chave para encontrar a jovem.

Enquanto isso, Alex estava em sua cama, lendo um livro sobre fantasmas e entidades malignas, assunto que amava. Seu tipo preferido eram aqueles baseados em fatos reais, e se admirava com o tanto de casos na Grã-Bretanha, nos países baixos e na Irlanda. Mas o que mais lhe impressionou de verdade foi o de um ser de olhos violeta cintilantes, com uma "pele" de cor preta e textura de névoa. Era uma imagem tão medonha que deixou Alex arrepiado, e o fez fechar o livro e dormir.

Enquanto estava em sua cama, ouviu o armário abrindo e, de lá, saiu o mesmo ser voando lentamente em direção a ele, e Alex não conseguia se mexer. Parecia tão real e tão vívido, como uma paralisia do sono, e o jovem começou a gritar por ajuda, mas seus gritos estava silenciosos. Quando sentiu os olhos violeta da criatura a menos de 3 centímetros de distância de seu rosto, acordou, todo suado e arrepiado. Aliviou-se quando notou que era só um sonho, e nem se importou.

Ligou a televisão. Gelou quando viu o mesmo ser aparecendo nos jornais como pista do desaparecimento de Holly, buscando alguém que soubesse sobre o sobrenatural e pudesse ajudar. Alex foi instantaneamente ao escritório de Any, pois era basicamente especialista quando falando sobre entidades e fantasmas.

Any adormeceu no escritório mesmo, mais ou menos no mesmo horário que Alex. Passou a noite toda fazendo o artigo que postou na televisão, e logo despencou em sua mesa. Por estranho que pareça, ela teve o mesmo sonho que Alex e acordou assustada. Ouviu batidas na porta, e foi atender. Era Alex.
"Pois não?" -Any disse
"Olá, senhora detetive. Posso entrar? Eu sou Steve Pachelbel e vim aqui por causa do jornal." -respondeu o jovem
"Sim, sim, por favor, entre!" -exclamou.

O caso de Holly GrahamOnde histórias criam vida. Descubra agora