capítulo 2

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*Angel pov*

Abri meus olhos devagar me incomodando um pouco com a claridade, onde eu estava? Olhei para o lado e vi Henri segurando a minha mão enquanto estava com a cabeça encostada na cama, acho que ele estava dormindo

De repente eu me lembrei que tinha que voltar pra casa, eu não sei quanto tempo eu estava desacordada e meus tios provavelmente iram me castigar ou me bater por algo que meu primo inventou

Comecei a chorar baixinho eu estava tremendo, eu não queria voltar pra lá eu ainda tinha umas cicatrizes que não se curaram desde a última surra

Vocês devem estar se perguntando pq eu não revido, simples eu não tenho força o suficiente pra me defender já que não me alimento direito e nem tenho um lugar pra morar sem ser lá

Que droga pq a minha vida é assim eu só queria que meus pais estivessem vivos

*Henrique pov*

Eu tinha adormecido enquanto esperava Angel acordar ela estava desacordada desde que saímos da escola e isso era por volta do meio dia agora já são 23:00 da noite

Acordei com a minha pequena chorando encolhida, mais ainda sim a mesma segurava a minha mão com a pouca força que tinha oq não era muita

Henri: ei oq aconteceu querida??

Ela me olhou um pouco assustada

Angel: eu preciso ir pra casa logo se não...

Ela não conseguiu terminar e começou a chorar mais ainda

Henri: eu não posso permitir que você volte para aquela casa de novo Angel, não depois de saber oq você passa por lá

Angel: pq você tá me ajudando afinal de contas?? Eu não tenho nada pra te dar em troca disso

Henri: Angel você não tá me entendendo, eu estou fazendo isso pq eu quero, eu sei o quanto você sofre naquela casa, sei oq aconteceu com seus pais e posso lhe afirmar que aquilo não foi um acidente

Ela me olhou rapidamente

Angel: como assim não foi um acidente?? Me confirmaram que foi um

Henri: Angel quem lhe disse que no dia da morte dos seus pais ouve um acidente

Ela pareceu raciocinar

Angel: meus tios- disse em um sussurro

Henri: confia mesmo na palavra deles??

Angel: a minha própria família, eles me fizeram sofrer por uma coisa que não era verdade, a minha própria família

Ela começou a se lamentar

Henri: angel??

Ela me olhou mais nada respondeu

Henri: eu sei das coisas que aconteceram com você mais ainda não sei de tudo, eu preciso que você me fale pra eu poder te ajudar

Eu sei que ela tava com medo e me doía ver ela assim eu a protegeria de tudo e todos e caso fosse necessário até dela mesma

Henri: Tá bem vamos fazer assim, eu lhe prometo que não vou mais deixar eles se aproximarem de você e muito menos te machucar de novo mais eu preciso que você me conte tudo está bem??

Angel: promete de dedinho??

Sorri com a infantilidade dela

Henri: claro que sim, eu prometo de dedinho

Cruzamos nossos dedos em um juramento e em seguida dei um beijo em sua mão prometendo a mim mesmo que honraria a minha promessa

Angel: tá bem- ela respirou fundo- quando eu tinha 10 anos me informaram que meus pais tinha sofrido um acidente grave e que eu teria que ir morar com meus tios, só que eu não gostava deles mais eu não tinha escolha eu não queria ir pra um orfanato- as lágrimas começaram a escorrer de seus olhos- quando eu chegue lá eu tive que ficar um tempo em adaptação então todo dia ia uma mulher lá em casa pra ver se eu estava bem, enquanto ela ia pra lá eles sempre me tratavam bem mais aí o período de adaptação tinha acabado e eu queria ficar com eles- ela tava começando a soluçar e eu segurei sua mão com mais força- quando ela foi embora eles começaram a me tratar muito mal, eu achei que tinha feito algo errado então eu comecei a me desculpar com eles aí tudo começou... Eles começaram a me tratar como uma empregada e se as coisas não tivessem feitas corretamente eles me levam pro quartinho

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