⠀⠀𝖼𝗂𝗇𝖼𝗈.

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⠀⠀Nojento

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Nojento.

Era tudo o que se passava na cabeça de Hyunjin enquanto observava a bolsinha largada sobre o colchão de sua cama, bem à sua frente.

Sentado, ainda enxugando os fios
acinzentados, e úmidos por conta do recente banho, com o auxilio da toalha branca e fofa que mantinha ao redor do pescoço, acabava enfim por suspirar, pelo que parecia ser a quarta vez desde que sairia do banheiro.

O cheiro adocicado que estava impregnado nela, parecia estar tão entranhado na sua pele quanto no objeto agora vazio, o fazendo se
sentir febril e meio entorpecido.

E era isso que era nojento. Não o aroma em si, que por sinal bem viciante, mas sim como seu corpo reagia a ele; as reações que o levaram
a precisar de um banho gelado diga-se de passagem.

Ele próprio era.

Já fazia pouco mais de uma semana que não via o ômega atrevido de forma alguma.

A princípio, Hyunjin tinha certeza de que ele apareceria no dia seguinte, pronto para comprar briga, ou no outro, ou no que veio após esse. E quando isso não aconteceu, o de
cabelos loiros se perguntou se enfim todas as suas preces haviam sido atendidas.

Mas como se quebrasse todas as suas expectativas, Jeongin de alguma forma havia se metido ali. Na sua casa, seu santuário, em forma de um aroma pecaminoso que mesmo agora um tanto mais fraco, ainda parecia
tomar conta de tudo, inclusive do próprio Hyunjin, invadindo seus pensamentos com aquela cena de um quase beijo e outras imagens nada castas por sinal.

Logo o Hwang, que tanto fazia questão de sempre deixar claro que repudiava alfas que agiam como animais e usavam a desculpa do instinto, estava justamente fazendo aquilo, cedendo a um lado mais primitivo seu.

Talvez o Yang tivesse razão, talvez no fim, Hyunjin fosse da mesma laia de todos os alfas dos quais mais criticava, já que nem conseguia aquietar seu pau. Alfas que nem o homem que
havia engravidado sua mãe.

Ou talvez estivesse enlouquecendo lembrando 24h de um garoto que sequer deveria estar recordando da sua existência.

Talvez ambas as alternativas.

E aquilo o tirava do sério e o frustrava de uma maneira fora do comum.

O Hwang acabou soltando um baixo grunhido, jogando de vez o corpo contra o colchão macio, olhando o teto por um momento enquanto refletia sobre o que estava fazendo com a sua
vida e quando foi que parecia ter perdido o controle das coisas daquela forma, e só de fato despertou quando ouviu a campainha tocar.

O cenho automaticamente se franzindo, afinal não esperava ninguém, logo estaria se colocando de pé, estendendo a toalha no encosto da cadeira frente a sua escrivaninha.

- Minho talvez? - Indagou em voz alta consigo mesmo, um tanto aéreo, dando um pulinho quando a campainha tocou mais algumas vezes. - Já estou indo!

A voz naturalmente grave soou pelo interior do apartamento pequeno e não demorou muito até que tivesse atravessado a sala e estivesse
destrancando a porta, agora mantendo um certo palpite de quem poderia ser, só pelo modo impaciente com que tocou a campainha repetidas vezes. Tanto que nem se incomodou
de vestir uma camisa, já que no momento usava apenas uma calça folgada de moletom vermelha.

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⏰ Última atualização: Aug 19, 2022 ⏰

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