Hope

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5 de abril de 2017, Londres, Inglaterra. - 1:28 AM.

— Eu estou tão nervoso e ansioso ao mesmo tempo! — Joseph diz empolgado enquanto dirigia. 

— Ah é? — levo meu braço até sua nuca e faço carinho em seus cabelos. — Por quê?

— Ela está chegando. A qualquer momento pode vir! — exclama animado. — É surreal, passou tão rápido.

— É verdade. Mas sabe, eu estou louca pra ela chegar logo. — solto um suspiro cansado. — Minhas costas doem, meus pés estão inchados... e eu estou uma verdadeira bola!

Ele ri e direciona seu olhar para minha barriga de, recém completados, nove meses. Sorri para ela e volta seu olhar para a estrada. Desço o olhar para a minha barriga e a acaricio. 

— A bola mais linda que eu já conheci. — puxo levemente os cabelos de sua nuca o fazendo resmungar, sorrio. — Babe?

— Sim? — desvio meu olhar para ele.

—A gente não escolheu um nome para ela.

— Tem algum em mente?

— Talvez. — ele morde o lábio inferior. — E você, tem?

— Não consigo pensar em algum nome bom. — suspiro. — Me diz o seu.

— Joseph. — o olho com tédio e ele gargalha. Amo esse som. — Eu pensei em Hope.

Hope... — sussurro e gosto de como soa.  

Ele para no sinal e segura meu pescoço me puxando para um beijo calmo.

— Eu te amo. — ele sussurra com a testa encostada na minha.

— Eu te amo. — devolvo e ele desce a mão até nossa filha, a sinto mexer. — Acho que ela está dizendo que te ama.

— Com certeza. — ele sorri e arranca com o carro. 

Fecho os olhos e tombo a cabeça para trás, aproveitando o embalo do carro para tentar tirar um cochilo antes de chegar em casa. 

— Mas que porra?... — o carro freia bruscamente e eu abro os olhos assustada. Estávamos parados no meio de uma rua que, geralmente é bastante movimentada, mas que estava totalmente deserta aquela hora.

— Joe? — ele não me olha, mas sinto sua mão procurar a minha, a agarro. — O que está acontecendo?

Ele não responde. Ouço batidas no vidro do lado do meu marido. Estremeço imediatamente.

— Joseph... — sussurro seu nome, sentindo calafrios tomarem conta do meu corpo.

— Eu vou tirar a gente daqui. 

Concordo assustada com a cabeça e escuto a porta do meu lado ser aberta e, antes que eu consiga olhar, sou puxada bruscamente para fora do carro. Grito.

— Nora! — Joseph grita e é puxado e jogado no chão. 

O homem que me segurava aponta a arma para a minha cabeça e aperta meu braço, me colocando em sua frente. Lágrimas de medo já escorriam pelo meu rosto.

— Solta ela. 

Joseph levanta rapidamente e parte para cima do outro homem. O homem bate com a arma em sua cabeça e ele cai, ficando inconsciente por alguns segundos. Grito seu nome e vejo o cara se aproximar de mim. Coloco a mão sobre minha barriga, a protegendo.

— Não a machuquem, por favor, ela está grávida. — Joe consegue levantar. — Peguem o carro, peguem tudo o que quiserem, só não a machuquem.

Seus olhos transmitiam pavor, assim como os meus. Os homens se entreolham e logo meu braço é solto e meu corpo é impulsionado para Joseph, que me agarra antes que eu caia. 

HOPE - JOSEPH QUINNOnde histórias criam vida. Descubra agora