Geto andava sem rumo pela quadra de basquete, imerso em pensamentos que não o deixavam em paz desde cedo. Ele encarava o nada com uma expressão suavizada em tristeza — Algo bem raro de se acontecer. — Os outros garotos do time ao redor perceberam depressa sua indiferença, mas não se atreveram a pergunta-lhe seus motivos de inquietação, por saberem que o amigo é reservado quanto aos seus problemas.
Mas isso durou até Gojo cansar de perder para o outro time por conta da distância do melhor amigo.
— Qual foi, Geto? Tamo perdemo feio! Volta pra realidade, cara. — Satoru o disse, enquanto parava na frente de Suguru, que encarou seus olhos pela primeira vez no dia. — O que 'tá acontecendo? Você nunca levou tanta surra no jogo como hoje!
O outro suspira, passando as mãos pelos fios de cabelo que caiam sobre seus olhos cansados e perdidos.
— Foi mal, cara. Acho que eu gosto da Maxine — Ele tomou a bola de Gojo, que parou, ficando estático. — 'Tá, vamo lá. - Geto correu pela quadra com a bola quicando sobre sua palma e o chão e indo até a cesta, esperando alguém tentar tomá-la de suas mãos, mas ninguém ao menos se moveu.
O moreno olhou ao redor; até os que estavam na arquibancada o olharam com caras estranhas de surpresa, alguns rindo como se fosse a melhor das piadas um dia já contadas na história da arte da comédia.
— Cara... Isso sim é surpresa. — Sukuna se pronunciou pela primeira vez. Ele estava com uma expressão surpresa e um sorriso ladino nos lábios, como quem não acreditasse no que ouviu. — Ela faz tão bem assim?
Geto, com uma carranca para Sukuna, revirou os olhos e vociferou: — Vai se fuder, tatuado de merda. O que tem de tão errado assim gostar da Maxine?
— Nada, nada mesmo, a Max é incrível, mas o problema, é você acabar de sair da casa dela, conhecer o primeiro namorado dela e se fazer de bom amigo quando na real você começou a gostar dela só por causa da chance de perder suas maravilhosas saídas com tortas de limão com a Maxine. — O platinado usou um tom irônico enquanto tentava entender a situação, junto com Geto, que era um dos mais confusos ali.
— Não comecei a gostar dela só por causa daquele cara ou por isso.
— Não? E com quem você estava ontem à noite, quando não atendeu a ligação da Max? — Satoru o pergunta, cruzando os braços.
— Dá um tempo! Essas mulheres não significam nada pra mim, você sabe disso.
— Eu sei, mas ir pra cama com outra, enquanto ama uma mulher em específico, é muito peculiar... — Satoru agarra um raciocínio e Geto o larga, não aceitando o rumo que está levando.
— Na real, eu acho que sempre gostei, só percebi isso agora, quando ela já não é minha. — Suspirou, vendo a cara de deboche de Satoru. — Ok, ela nunca foi minha, e parece que nunca vai ser também, satisfeito?!
Ele sentou nos bancos de madeira da arquibancada, pegando sua garrafa de água e derramando as gotas em seu rosto meio suado. Estava frustado, confuso, bravo...
— Estraga o namoro, simples. — Yuuji entregou a solução, tomando novamente a bola de Geto e fazendo uma cesta de costas. — Ela gosta mesmo dele?
— Você é idiota? Ela vai me odiar pro resto da vida, e sei lá! Ela pareceu derretida, com apelidinhos e tudo mais. Nunca vi Maxine assim na vida.
Geto nunca pensou que queria tanto ser outro homem, só para ser chamado de apelidos incrivelmente melosos por Maxine, mas claro, ele não admitiria isso nunca.
— Deve estar confusa, você só precisa aumentar mais ainda a confusão dela e acabar com o namoro da sua paixonite, sabe? Um empurrãozinho para a entrada da sua felicidade.
— Idiota, mas e a felicidade da Maxine? — Nanami interveio, sendo a voz da razão. — Não seja egoísta, Geto. Mas tenho certeza que você sabe o que é o certo a se fazer.
Suguru deu de ombros, pegando uma toalha de sua bolsa e enxugando seu rosto molhado pelas gotículas de água gelada. Clareando mais os pensamentos, ele se levantou e ficou próximo ao banheiro, com o intuito de sair daquela conversa e ficar no chuveiro pelas próximas duas horas.
— É, acho que só 'tô com medo de perder minha melhor amiga, a nossa relação é perfeita, aquele cara não pode estragar isso. — Mentiras, mentiras e mentiras. — Não a amo.
E, mais uma vez no dia, Geto não acreditava que receberia conselhos de seus amigos, e principalmente agora, com um tapa desferido por de trás de sua cabeça, por alguém mais novo que ele lhe daria um choque de realidade.
— Relação perfeita? Você acha que a Maxine gosta de ouvir você falar de cada garota que transou? Acha mesmo que ela curte te ter depois de várias terem? Acorda. — Megumi esfregou na cara do moreno, que sinceramente, só queria ir embora daquela conversa sobre sentimentos e decisões difíceis.
Todos — exceto por Suguru — começaram a debater sobre o que Geto deveria fazer, alguns opinavam por estragar o namoro de Maxine, outros por sugerirem o moreno esquecê-la e beber em um bar com modelos seminuas, outros só gritavam sem sentido nenhum.
De fato, ele não deveria ter aberto a boca, mas o que está feito, feito está. Ele não sabia como esquecê-la, não estava afim de beber ou muito menos de outras mulheres que não são Maxine, ele já sabia o que devia ser feito, apesar de errado.
— Tá bom, eu vou acabar com esse namoro. — Declarou, intrêmulo, sem pensar nas consequências que poderiam muito bem causaria o seu própiosofrimento.
Geto nunca aceita perder algo, e claro que não vai aceitar perder a única mulherque realmente quer ver dia após dia, noite após noite, com ou sem maquiagem, com ou sem roupa, ao seu lado, todos os dias dali pra frente.
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⠀ /ᐠ . ˕ .マ⠀ ❕⠀ : olaa, esse foi o prólogo e olha, eu estou em uma relação de amor e ódio com ele (o ódio está ganhando) eu realmente não estou contente com a minha escrita, mas a única forma de eu a melhorar, é prosseguir treinando, mas espero que esteja no mínimo aceitável.
+ todo o prólogo foi inspirado no filme O melhor Amigo da Noiva - um dos meus filmes favoritos.
