eu sou uma romântica pura.
o melhor e maior e mais contraditório tipo de romântica.
a romântica que acredita num amor que nem viveu. que sobrevive de ilusões e desilusões e, mesmo com a dura realidade, não perde a esperança de viver um amor de tirar o fôlego.
quero também declarar que sou apaixonada em poesia, mesmo lendo-as poucas vezes, acredito da forma mais fiel possível que os versos e estrofes são o melhor jeito de transmitir mensagens.
mesmo que (oh, minha eterna hipocrisia) eu não seja lá muito fã de escrever poesia, porque julgo-me não tão boa assim em formar versos como melodias ou estrofes marcantes.
ou seja, cá estão dois fatos sobre mim: um; amo o amor mesmo sem vivê-lo. dois; amo poesia mesmo sem escrevê-la.
e, para completar uma santa trindade, tem mais um fatídico fato sobre mim. um fato contraditório e real, real demais, que me assombra e me abraça; amo você mesmo sem conhecê-lo.
ah, meu grande e único e verdadeiro e ilusório amor, eu amo você. amo você e penso em você. penso em você enquanto penso no amor. e penso em você enquanto leio as mais doces e amargas melodias.
ah, meu amor, amor desconhecido, amor meu esse que cresce e cresce e se esquenta e se espande.
eu ainda não te conheci, mas eu sinto.
sinto da forma mais profunda e verdadeira. e te espero. espero porque sei que um dia você virá. uma, duas, três vezes seguidas ou pausadas. sei que um dia virá. um dia virá e mudará tudo. um dia virá e eu te receberei quantas vezes você se manifestar para mim.
porque, ah, amor da minha vida, desconhecido conhecido que espero, eu sou sua sem nem mesmo saber quem você é.
como eu disse, sou uma romântica pura. o melhor e mais contraditório tipo de romântica.
que acredita num amor que não viveu.
que sobrevive de ilusões e desilusões.
que espera um amor que não conhece.
e que lê todas as poesias de amor no mundo pensando em você.
