único.

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Will odiava várias palavras, as achava exageradas ou denegridas, mas havia uma em especial que lhe esquentava a pele, irritado como se fosse uma palavra que machucasse a si, e sinceramente, era assim que se sentia.

A palavra era: Casual.

"Somos apenas um caso de uma noite, você sabe disso, certo?"

"Só algo casual, mesmo que estejamos fazendo com mais frequência."

"Sem compromisso, mas posso lhe pagar um jantar quando terminarmos?"

A casualidade de Michael Wheeler machucava ainda mais, mas seus toques quentes, beijos molhados e palavras carinhosas ou sujas de vez em quando faziam a pele de Will esquentar de outra forma. A forma apaixonada.

Apenas ter seus beijos entre lençóis valia a pena, porque pelo menos tinha seus beijos.

Segurar suas mãos quando estavam sozinhos ou em meio à desconhecidos também tinha seu valor.

E Will aceitaria de bom grado toda migalha que Mike lhe oferecesse.

O Byers gemeu arrastado enquanto sentia Mike adentrando seu corpo, como já havia acontecido tantas vezes antes. O maior procurou as mãos de Will, e surpreendendo a ambos, entrelaçou seus dedos lentamente, dançando com o toque de suas peles. Will abriu os olhos, surpreso, sentindo um calor em seu estômago.

O quarto estava iluminado apenas por algumas velas aromatizadas que já estavam derretendo, e sua coloração alaranjada brincava com a pele esbranquiçada de Mike, lhe iluminando como o próprio fogo. Mas seu olhar era o fogo de verdade.

Seus olhos castanhos escuros brilhavam no escuro, observando atentamente ao homem abaixo de si, com uma feição até então desconhecida por Will, mas antes que pudesse analisar com mais precisão, Mike acertou seu ponto sensível, e o Byers foi forçado a fechar os olhos, soltando mais um gemido alto, sabendo que Mike estava sorrindo.

Will apertou ainda mais seus dedos juntos, se permitindo apreciar o primeiro toque não sexual que tiveram entre os lençóis sedosos, e lhe fazendo derreter ainda mais, Mike apertou de volta, com suas estocadas se tornando mais rápidas enquanto ele arfava entre frases soltas, todas contendo o nome de Will.

O menor abriu os olhos novamente, sempre apaixonado pelas feições de prazer que Mike lhe dava com tanta devoção. O Wheeler se abaixou lentamente, juntando seus lábios em um beijo lento e atrapalhado, mas extremamente convidativo. Will separou seus lábios ao sentir ser preenchido, sorrindo para o maior, que lhe sorriu de volta, voltando para seus lábios molhados, seus peitos arfando em sincronia.

Mike saiu de dentro do menor lentamente, sabendo o quão sensível ele ficava após suas sessões, enquanto deixava selinhos em seu rosto e o Byers ria pequeno. O maior sorriu de volta, se deitando ao lado dele, ambos ainda respirando pesadamente, completamente cansados. O Wheeler abaixou o olhar, notando algumas gotas no estômago de Will, e antes que ele pudesse se afastar, passou o indicador pelo líquido e colocou em sua língua. Will riu enquanto o maior sorria.

"Nojento."

"Nós já literalmente nos chupamos, Will."

"Mesmo assim." Ronronou, abraçando o maior, deitando sua cabeça no peito dele enquanto Mike passava a mão pelos seus fios castanhos, meio molhados de suor, mas já estavam acostumados com a situação, era…casual.

Mas seus batimentos cardíacos acelerados não eram casuais, Mike não era bobo, sabia o que eles significavam.

Sendo sincero, sempre viveu com medo de seus tais batimentos cardíacos acelerados por Will, e tentou escondê-los com todas as suas forças, mas era extremamente difícil para-los quando Will sorria para si com seus olhos brilhando, ou lhe chupava como ninguém um dia havia feito, conhecendo todas as suas reações, ou quando lhe contava animado sobre sua última aula de artes, ou quando ele apenas estava ali, existindo na órbita de Mike, sua presença tão nítida como se estivesse tatuada na pele do Wheeler, e talvez estivesse, como conectados por um fio vermelho.

k. (byler) Onde histórias criam vida. Descubra agora