Caminho Alternativo

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E se...?

Lá estava o quarteto, investigando o grande mistério por trás dessa mansão.

-Eu acho que você deveria ser um cavalheiro e ir no lugar da sua irmã mais velha a coisa mais importante da sua vida- Dizia a Florence mais velha dando cotoveladas no braço de seu irmão.

-Tá bom Amelie, eu vou - dizia Olivier enquanto suspirava relutante.

Estava nítido ele não estava com um pingo de vontade de ir, Bárbara e Milo podiam ver escrito na testa do Florence: “Eu preciso mesmo ir?” Eles poderiam jurar que se ficassem por mais de vinte minutos em uma sala com o garoto eles certamente ficariam com sono e dormir por menos de uma hora não seria suficiente.

-Tem algum lampião sobrando aí?- pergunta já obtendo a resposta.

- Toma, leva esse e vai logo - sua irmã já dizia sem paciência pela demora do mais novo.

Olivier pega o lampião e vai em direção as escadas assim que pisou nos últimos degraus era impossível não perceber uma presença? Não fazia sentido ele estava sozinho naquele corredor de certa forma ele gostava de momentos sozinho com sua própria companhia mas, era diferente ele não estava “sozinho” mas ao mesmo tempo não estava acompanhado. - Caralho tem um freezer aqui?- dizia Olivier quase mentalmente chegando no final daquele corredor.

Um frio no qual o jovem já tinha se acostumado porém...
Ele não estava sozinho, não ali, não de frente pra onde ele se encontrava parado.

Um quadro,um chamado.

Olivier se sentia, chamado...? Não, atraído, isso! Atraído o jovem parado de frente para aquela obra de arte, feita pelo pintor no qual seu pai admirava mais do que sua própria família. Quando ele tinha perdido o controle da situação? Olivier não estava simplesmente parado, ele estava paralisado de frente para o quadro, a única coisa que sentia era DESESPERO, a adrenalina corria em suas veias, não era o tipo de adrenalina no qual estava acostumado a sentir quando ia ao parque com sua irmã ou ia apresentar um trabalho para a sala, era o tipo de adrenalina horrível possivelmente a pior sensação de sua vida, ele estava em choque sem reação, sem emoção, o desespero que se encontrava em seu rosto parecia que ele tinha acabado de tirar a vida de alguém importante, alguém que ele amava.
Olivier, Olivier Florence se encontrava paralisado sem controle de sua respiração era como em suas crises na verdade era pior muito pior, nesses momentos Amelie estava lá, mas agora ele estava sozinho...ou não
O Florence, sem encontrava em pânico, não aparentava ter nada se o olhassem de costas diriam que estava tudo bem, mas seu rosto seu interior dizia ao contrário. Sua companhia, na qual já sabia que estava sendo observado mas não sabia o porquê, por quem, e por onde, o jovem sente uma mão em seu ombro, sua única reação é virar por impulso quando seus olhos avistam.
Uma figura vestida de noiva derretendo, na verdade tudo ao redor estava derretendo. O garoto sente, ele consegue sentir sua sanidade escorrendo entre os dedos que agora estavam depositados em seu pescoço, o mesmo cheio de arranhões devido ao pânico do garoto.

-POR QUE VOCÊ FEZ ISSO COMIGO?- A figura a frente do Jovem Florence faz sua voz presente
- E- eu fiz o que?- Olivier consegue formular a frase com a voz trêmula.
- SE VOCÊ REALMENTE ME AMA POR QUE VOCE QUER DESTRUIR A MINHA VIDA!
- O- o que é você e O QUE VOCÊ QUER DE MIM - Olivier para a surpresa dele mesmo grita
-ME CHAMA PELO MEU NOME!
- N-Noralma?- ele fala com dúvidas fazendo mais uma pergunta para si mesmo do que “obedecendo” a ordem do que aquela coisa em sua frente seja
-VOCÊ, VOCÊ ESTRAGOU TUDO SE ALGUÉM DESCOBRISSE ISSO- para o pavor do Florence mais novo mais e mais frases saiam daquela coisa que estava em sua frente.
- E- eu nem sei o que eu tô fazendo a-aqui - antes mesmo de terminar a frase o jovem sente caindo lentamente enquanto tudo derrete ao seu redor.
- Nos tínhamos algo tão puro você entendeu tudo errado -a figura fala aparentemente com a voz menos escandalosa para os ouvidos de Olivier.
-ME DEIXA EM PAZ, VAI EMBORA!! - os gritos de Olivier ecoam por toda a biblioteca- eu só quero ficar sozinho - ele fala chorando em desespero com a respiração desregulada sentado no chão com os braços em volta dos joelhos.

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Então eu acho que el- A atenção de Milo e de todos que se encontravam naquela mesa é voltada para os gritos abafados vindos do corredor de cima da biblioteca

-“Ocês” ouviram isso?-  Bárbara questiona se referindo ao recente grito
- É CLARO QUE A GENTE OUVIU BÁRBARA- fala Amelie já correndo em direção ao lugar aonde o grito ecoava
-Vamo lá Bárbara, pro Olivier gritar a coisa tá MUITO ruim!- Milo anuncia enquanto puxava a de cachos dourados.

- Olivier?- a Florence mais velha chama pelo irmão rezando para ouvir uma resposta.

-Ameli ele tá bem?- Bárbara pergunta preocupada.

Um barulho de choro é ouvido acompanhado de uma respiração totalmente desregulada, é ouvida de um corredor pela de mechas roxas.

-Oli!- Amelie finalmente acha seu irmão, em uma situação extremamente delicada

Amelie já tinha presenciado algumas crises do irmão e na maioria das vezes ajudava o mesmo a se recuperar, porém uma ou duas vezes ela tentou ajudar mas ele não a reconhecia parecia que nada adiantava ela tentou fazer ele olhar para seu olho, tentou pegar em suas mãos porém parecia que só piorava, a cada contato com algo que já não estivesse encostado no encapuzado era um susto que não ajudavam na verdade fazia o contrário, na segunda vez tentou as mesmas coisas e como solução: nada tinha funcionado. Mas era seu irmão ela não podia deixar ele assim até que ela descobriu o que realmente funcionava: Música, a música o acalmava porém não era qualquer música, era a música cantada por sua irmã a música de um filme da Disney que eles assistiram juntos no cinema quando criança, a música emblemática de Rapunzel.

Amelie só encontrar seu irmão naquele estado logo colocou em mente que nada iria funcionar com exceção de uma coisa: A música que eles cantavam juntos quando tinham pesadelos ou quando estavam com medo

- Hey, Oli eu tô aqui tá maninho- ela fala chegando perto e se sentando de frente ao irmão.
-Amelie como ele t- o mais novo é interrompido pelo próprio companhia de cabelos cacheados que começa a sussurrar.
-shii óia lá- ela fala enquanto aponta para os irmãos logo no final do corredor.
-Milo vai pega um pano pra “nóis” coloca naquele quadro lá- Bárbara fala baixo para o amigo que está ao seu lado. Assim que ela fala ele vai para pegar o lençou que antes estavam em cima da mesa e o coloca em cima do quadro sem atrapalhar os dois irmão que se encontravam ali

Brilha linda flor
Teu poder venceu
Trás de volta já
O que uma vez foi meu

Olivier escuta em meio a todo o caos uma voz, uma voz um tanto quanto familiar, as coisas começam a derreter um pouco menos. Olivier começa a encontrar a si mesmo sua mão já não derrete, seus pensamentos ainda estão confusos é claro demoraria horas, dias, meses para colocar seus pensamentos em ordem novamente, Olivier reconhece a voz, era de sua irmã, a voz de Amelie, a voz que já tirou ele de muitas crises, a voz que cantava aquela mesma música na qual ele nunca iria se esquecer, ele começa a por as coisas no lugar, sua respiração já não está mais como se estivesse matando alguém mesmo um pouco desregulada pelo trauma recente, mas fez uma promessa mental, ele prometeu a si mesmo que sempre cantaria essa música independente da situação.

Cura o que se feriu
Acha o que se perdeu
Trás de volta já
- O que uma vez foi meu...- Os Florences cantam juntos, Olivier ainda se recuperando do seu estado de pânico, ainda tremendo bastante, mais já calmo o suficiente para conseguir cantar mesmo com a voz trêmula.

- eles brigam mais se amam muito né?-pergunta Milo olhando a cena- Né Bárbara? - olha para trás e encontra sua amiga chorando e rindo.
- que lindo até me emocionei aqui- diz a jardineira secando as lágrimas.

-hoje sozinho você não dorme ein garoto- disse Amelie ao irmão os dois se encontravam em um abraço enquanto Ameli dava uns cascudinhos fraquinhos e carinhosos na cabeça de seu irmão.
-Valeu Meli- Olivier diz enquanto seca as lágrimas.

𝔽𝕚𝕞

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Primeira fic já com 1427 palavras (tirando essas notas finais
Não sei se vou escrever mais já que eu só escrevi quando tô com criatividade ou com uma idéia martelando na cabeça
Enfim é isso
Au revoir~
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ℂ𝕒𝕞𝕚𝕟𝕙𝕠 𝔸𝕝𝕥𝕖𝕣𝕟𝕒𝕥𝕚𝕧𝕠 -Olivier FlorenceOnde histórias criam vida. Descubra agora