Era mais um belo dia, céu azul e o sol brilhante. O vento suave passava por entre as folhas das árvores trazendo seu cheiro característico e agradável.
Era assim que eu aproveitava o meu intervalo após o primeiro turno ter sido bem atarefado. Eu saboreava do meu lanche, um sanduíche de atum acompanhado com um suco de laranja.
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Pela praça eu observava as crianças brincando. Eu as adorava! Eu as considero uma das dádivas da vida. Elas são puras e verdadeiras. Admiro suas vidas sem preocupação alguma, tudo o que elas querem é brincar e brincar. Será que elas sabem o quanto são felizes? Talvez só irão saber quando já estiverem adultas...
Terminado o lanche, pego meu livro para ler mais uma ou duas páginas antes de voltar ao trabalho. Passado algum tempo, não ouço mais as risadas das crianças. Ergo minha cabeça, não as vejo mais.
"Ué?! Para onde elas foram?!"
Olho a minha volta, mas não há uma criança. Simplesmente desapareceram como num passo de mágica. Pela praça só perambula alguns jovens e adultos, mas as crianças, nem sombra.
Olhei meu relógio de pulso, já estava na hora de voltar pro batente. Peguei minhas coisas e me levantei seguindo meu rumo. Ainda na praça, perto dos brinquedos, algo no chão me chamou atenção. Me aproximei e vi que era uma boneca de pano, alguém a perdeu.
Me abaixei pra pegar aquela linda bonequinha de pano de vestidinho amarelo e, com cuidado, tirei a terra de seu tecido. Era uma linda bonequinha. Notei o quanto ela foi bem trabalhada, cada ponto foi costurado com muita perfeição e muito amor. A criança que a perdeu deve estar muito triste. Provavelmente deve ter sido a sua mãe ou sua avó que a costurou e lhe presenteou.
Mas tem sempre crianças brincando por aqui, provavelmente a menina virá a sua procura amanhã. Irei trazê-la comigo e devolver a dona.
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Dias se passaram e eu não encontrei a dona da bonequinha de vestido amarelo. Todos os dias eu trouxe a boneca comigo, fui até as crianças, mas nenhumas delas era a sua dona. Foi bem estranho...
No retorno pra casa, eu carregava minha pasta numa mão e na outra, carregava a bonequinha. Caminhando pela rua, avistei uma menininha sentada no penúltimo degrau da escada, parecia ter uns 4 ou 5 anos. A menininha era tão linda quanto aquela bonequinha, parecia a versão dela humana. Mas o que mais me chamou minha atenção foram seus belos pares de olhos. Tinham um belo brilho, um brilho intenso e cheios de vida.
Resolvi me aproximar dela.
- Olá? - falei suavemente
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