Intensos

Extra I: Yeol quem manda

Chanyeol estava sentado em sua cadeira em um bar aleatório com os colegas de trabalho. Não sabia exatamente onde ficava esse bar, porque quando saíram do bar anterior entrou direto no táxi que os amigos entraram.
  Estavam no meio de uma discussão acalorada sobre quantas bundas o ser humano tem quando ouviu o celular tocar. Já estava meio alegre e leve por causa do álcool que corria em seu sangue, mas não estava bêbado. Estava feliz. Para ficar bêbado faltava muito, no mínimo mais umas quatro garrafas de soju. Pegou o celular do bolso que vibrava incansavelmente e viu o nome "amor" piscar na tela com uma foto de Jongin ao fundo. Não pensou duas vezes antes de se retirar da mesa e ir atender a ligação na varanda do local, sem se importar em dizer aos demais para onde iria. Se aconchegou no pequeno sofá para fumantes que havia ali, e só então que prestou atenção na voz ofegante do amado.

– Yeol… - Jongin Murmurou ofegante - ele tá aqui. 

Chanyeol não era nenhum idiota, sabia exatamente quem estava lá e o que aqueles dois iriam fazer. Sentiu um calafrio cruzar seu corpo ao mesmo tempo que o sangue corria quente em suas veias. Porra, Jongin iria foder com Baekhyun e não estava lá para ver. Mas pelo menos poderia ouvir. Apenas com o pensamento de que seu namorado estaria nos braços de outro sendo fodido até perder as forças fez seu coração acelerar. Era um cuckold desgraçado. Ele e Jongin.

No começo de sua vida sexual nada foi fácil. Primeiro que aceitar sua bissexualidade foi difícil. Difícil pra caralho. Achava que estava ficando louco mas a única coisa que o enlouquecia mesmo era paus e bucetas. Com dezenove anos aceitou que não tinha para onde correr, era bissexual e ponto. Outra coisa que o causou grandes problemas eram suas preferências durante o sexo. Adorava um papai e mamãe mas também gostava de uma coisa mais selvagem, com direito a humilhação e uma terceira pessoa. Quando conversou com sua primeira namorada, Junmyeon, ela entendeu muito bem o que ele queria dizer com humilhação. Ela aceitou ser degradada pelo Park com palavras e conseguiram manter uma relação por dois anos. Mas quando Chanyeol externou sua vontade de ver outra pessoa fodendo ela, a mulher surtou. Gritou com ele de todos os jeitos, o xingou tanto que conseguiu criar um trauma no Park. Ele lembra exatamente das palavras dela:

"Você é doente, porra? Como assim quer ver outro me comer? Tá usando drogas seu bastardo? Já sei, deve estar me traindo não é? Deve estar comendo outras e agora quer meio que deixar as coisas quites. Mas eu não aceito Chanyeol, isso não.  No final você é doente tarado que não consegue manter o pau dentro das calças e só quer foser tudo e todos".

A palavra doente assombrou Chanyeol por longos anos até ele encontrar Kim Jongin. Quando se conheceram não sentiram nada um pelo outro, mas com o decorrer dos dias foram nutrindo um desejo ardente e um sentimento aconchegante e quentinho. Estavam apaixonados um pelo outro na mesma medida que tinham um enorme tesão. Mas antes de dar qualquer passo que envolvesse beijos, contato físico ou declarações de sentimentos, eles saíram para beber. Nesse bar colocaram tudo para fora, suas preferências sexuais, suas experiências, o que queriam fazer e o que estavam pensando no momento. Tudo foi falado e mais na frente foi reafirmado. Baekhyun era a primeira pessoa que se envolvia sexualmente com eles por mais de uma vez. E nenhum achava aquela situação ruim. Baekhyun era um amigo do casal e sabiam exatamente que seria uma ótima escolha pelo Byun já estar familiarizado e ter noção do que era limite ou não. Baekhyun sabia que Chanyeol amava Jongin e vice e versa. Ele entendia o sentimento pois amava Do Kyungsoo da mesma forma, mas na atualidade ambos não poderiam ficar juntos. Por isso aceitou fazer parte da aventura sexual do casal. Em nenhum momento achou aquilo errado, estranho ou nojento. Eram maiores de idade, adultos e vacinados. Estavam apenas saciando o desejo carnal e não tinha  nada de errado nisso. Inclusive ficou muito grato por terem o chamado.