Tem compaixão de mim
Cujo coração não aprendeu
A amar outro alguém
Além de ti
Cujo olhos não conheceram
Outro sorriso, se não o teu
Cujos ouvidos nunca escutaram
Outro som, senão o da tua gargalhada
Ou da tua voz sempre embaçada
Sê paciente
Não é tão fácil desatar-me de ti
E recolher meus pertences
Que por desleixo da paixão
Deixei aí, bem dentro de ti
Sei bem
Sei que me queres fora
Queres o armário vazio
Para acomodar novas roupas
Nova moça
Um novo cheiro
Um novo brinquedo
Só queria compaixão
Mas me vi jogada no chão
Quase pisada
Com roupa e coração
Amassados
Tem misericórdia de mim
Que não aprendi
Nem cogitei viver sem ti
Dá-me um tempo
E sossego para me acalmar
E finalmente voltar a raciocinar
Para entender
O que se faz,
Quando o amor acaba
E tudo vira lembrança.
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Todas as coisas que te escrevi, depois da tua partida.
RomanceTodas as coisas que escrevi, para não submergir. Tudo que sentia eu depositei ali, mesmo que não leias, pelo menos eu sobrevivi, a esse caos que foi ama-te. Nestas cartas eu escrevi tudo que eu nunca consegui dizer.
