Capítulo 02

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Mais um dia e aqui estou eu escrevendo
novamente. Eu não tenho nada de melhor
para fazer, só fico presa em casa por causa do
meu tesão incontrolável.

Droga, não é só porque tenho esse problema
que eu tenho que ficar como a Rapunzel,
presa sem poder sair.

Eu não vou abaixar as roupas no meio da rua,
empinar minha bunda e dizer: ME FODAM!

Eu só tenho pensamentos obsessivos com
sexo e desejo de transar 24 horas por dia, não
significa que vou me prostituir ou sair dando
para qualquer um.

É o que Isaac - que super me entende - tenta convencer a Charlie.

Mas minha irmã é teimosa, tudo que ela diz é:
A Sam não saí de casa até que eu pense em
alguma forma de contornar essa situação.

E ela sempre fala isso, parece um robô. Eu já
estou a três meses sem sair. Esqueci
completamente como é o mundo real do lado
de fora, eu nem sequer aguento mais olhar
para as paredes, já sei até o comprimento e
largura de cada móvel desta casa.

Charlie decidiu me trancar em casa porque
simplesmente fui pega no flagra dentro do
armazém de um Supermercado com um
amigo de infância.

E eu estava com Charlie neste dia, ela estava
no setor das comidas fitness - cheias de
frescura - que ela curte comer. E enquanto eu
andava pelo mercado, dei de cara com Mike,
um amigo de infância, joguei meu charme
para ele e quando vi, estávamos dentro de
uma área restrita só para funcionários do mercado. Eu estava de shorts abaixados até o
joelho enquanto Mike me fodia com a mão
em minha boca para abafar meu gemido.

Como se fosse adiantar alguma coisa...

Uma mulher nos pegou no flagra e nos
repreendeu. Fui obrigada a mostrar quem era
responsável por mim - mesmo eu tendo 19
anos, já sendo de maior - e a levei até Charlie
que até então estava alheia a situação.

A mulher não deu chilique, disse que dessa
vez deixaria passar, mas que se ocorrer
novamente ela me denunciaria para a polícia.

Charlie ficou tão puta naquele dia, eu até
cheguei a pensar que ela me daria um soco. A
coitada não podia nem me xingar, quem dirá
me bater, ela sabia que a culpa não era
minha, eu tinha um problema incontrolável.

Então desde aquele dia ela me proibiu de sair.
E aqui estou, na merda, entediada e excitada.

Definitivamente.

Se você pudesse ler a minha mente, você
estaria tendo um orgasmo.

Estou no meu quarto. Ouço a porta da sala se
abrir e deduzo ser Charlie chegando.

Antes de sair, ela disse que havia achado algo
que pudesse me ajudar e que iria conferir.
Não sei o que era, e nem sei se me importo.

Ela chega na porta do meu quarto e fica ali
me encarando prestes a dizer algo.

Charlie não entra muito no meu quarto, ela
acha que só por eu ser uma "insaciável", que eu
transo com a maioria das coisas no meu
quarto. O que não é bem coisa de sua
imaginação...... Um frasco de desodorante aqui, outro ali... Enfim...Charlie fica constrangida.

- Eu achei uma coisa... Achei um psicólogo
para você! Já marquei uma consulta para
amanhã de manhã - ela diz animada, era como se um peso tivesse saído de seus ombros.

Talvez eu realmente fosse um peso.

- Certo, mas Char...

- Não se preocupe, o doutor não é nem de
perto atraente para você - ela fala brincando
com os dedos na frente do quadril.

NymphonaniacOnde histórias criam vida. Descubra agora