Par perfeito ( Romance gay )

Capítulo quatro

Estava nos corredores do Stúdio 21 indo para a aula de teatro. Estava quinze minutos adiantado, mas não tinha nada para fazer, então eu vim mais cedo.

Estava procurando Pedro. Ele sempre é pontual, mas ele ainda não tinha chegado.

Levei um susto quando Rafael apareceu atrás de mim.

--- Boo! --- ele disse.

--- Oi! --- disse eu sorrindo.

--- Contei para os meus pais sobre você e eles querem te conhecer! --- ele disse.

Olhei para ele espantado.

--- O que você disse a eles? --- eu perguntei.

--- Que estava afim de você e eles me mandaram ser romântico... --- ele disse. Meu deus, ele falou que estava afim de mim... e pra mim --- Eu ia te dar flores só que eu não sabia se você era alérgico ou não!

Eu ri. E ele também, eu ri tanto que minha barriga começou a doer.

--- Você ia me dar flores? --- eu perguntei.

--- Sim!

--- Pode dar... eu não sou alérgico!

Ele sorriu. Meu deus, eu amo aquele sorriso. É tipo, carinhoso e sedutor ao mesmo tempo. Rafael era muito sexy.

--- Você vai mesmo para á festa depois de amanhã? --- ele perguntou.

--- Sim! --- disse.

--- Ok, te pego ás oito!

--- Rafael, eu também estou muito afim de você, mas eu quero te pedir para irmos devagar! --- eu disse.

--- Sem problemas, lentamente é mais legal! --- ele disse. --- E como vamos começar lentamente...

Ele pegou minha mão. A mão dele estava quente, enquanto a minha estava fria e tremendo. Ele apertou minha mão e começamos á andar em direção ao auditório azul --- onde faríamos teatro.

***

--- Como os finais felizes perdem para a dramatúrgia --- disse Johanna --- Eu quero que formem trios e apresentem alguma tragédia, daqui á quinze dias.

Começaram a formar as equipes e Benjamin, Rafael e eu ficamos sobrando o que me deixou bem feliz.

Pedro chegou atrasado e depois de um enorme sermão, Johanna o colocou em uma equipe.

Como sobrou tempo, Johanna mandou nós começarmos a procurar alguma trágedia literária para apresentarmos.

Procuramos muito e nada, até que achamos. Apolo e Jacinto. Li e mostrei ao Rafael e ao Benjamin. Apolo e Jacinto seriam Rafael e eu e Benjamin seria o narrador da peça.

--- Resumirei o texto e mandarei para vocês dois! --- disse Rafael.

--- Ok! --- disse eu e Benamin ao mesmo tempo.

O sinal tocou e Rafael e eu fomos para a aula de canto. Pedro também estava lá e não parava de olhar para Rafael e eu de mãos dadas.

A aula de canto foi bem legal. O Marcus pediu para que cantássemos a música que mais gostávamos.

Rafael cantou Animals de Marron 5 e eu cantei As long you as love me de Justin Bieber.

Enquanto eu cantava, Rafael me olhava. Assim que eu terminei, ele sorriu e levantou o polegar para mim como que dizendo: Ótimo!

--- Muito bem, todos vocês tem belas vozes --- disse Marcus --- Agora, Lucas você tem uma voz que encanta qualquer um!

--- Obrigada! --- eu disse.

Quando a aula acabou, Rafael e eu fomos para a entrada do Stúdio. Ficamos esperando meu pai aparecer para me buscar.

--- Lucas, tenho que fazer uma pergunta a Johanna! --- disse Rafael. Fez um sinal com as mãos dizendo já volto e entrou novamente no Stúdio.

Fiquei parado no mesmo lugar esperando ele. Pedro saiu do Stúdio e assim que me viu, veio até mim.

--- Lucas, preciso falar com você!--- ele disse. --- Se lembra daquele garoto que eu disse que estava afim?

--- Lembro, mas você não disse quem era! --- disse.

--- É você!

Antes que pudesse dizer alguma coisa, ele se aproximou e me beijou. Era um beijo apressado. Eu não correspondi ao beijo dele, então ele logo se afastou.

--- Lucas, --- disse Rafael --- Você pede para irmos devagar, mas quando eu dou ás costas, você beija outro garoto na frente de todo mundo!

Olhei para o Pedro esperando que ele falasse que tinha sido ele que me beijou, mas ele ficou calado, o que me deixou com muita raiva.

--- Foi ele... ele que me beijou! --- eu disse.

--- Sinceramente... não sei mais o que pensar! --- disse Rafael e começou a andar na direção do seu carro. Corri atrás dele, chamando ele pelo nome, quando ele se virou e olhou para mim, eu vi que ele estava chorando o que me deixou com muita pena e com muita raiva do Pedro.

Quando eu ia dizer alguma coisa, meu pai me chamou e eu tive que ir para casa.