Desde o princípio, em que tudo no mundo foi criado, todas as orbes, animais e plantas se comunicam. A estrela mais importante de toda a galáxia, o Sol, sempre teve um brilho fenomenal, mas, no primeiro eclipse, mais precisamente, no momento em que ele viu a Lua, seu brilho se tornou algo incondicional e fenomenal, se tornou algo que ninguém nunca poderia mudar, e, no momento em que a Lua encarou o Sol, ela se permitiu apenas absorver todos aqueles raios solares que pareciam consumi-la, que pareciam levá-la para outra dimensão que não a sua, levá-la para a direção do amor.
O amor das duas órbitas da galáxia se tornou algo tão profundo e inquebrável, que a única força que mantinham ambos vivos era a esperança de se verem novamente no próximo eclipse, a única época em que poderiam se encontrar.
Dentre todos os eclipses de toda a existência do mundo, da galáxia, e de tudo que se existe, nenhum foi tão intenso quanto aquele em que eles estavam vivendo, o amor existente entre eles estava ficando cada vez mais difícil de suprimir durante o tempo que não se viam, então, em um acordo mútuo, a Lua e o Sol se fundiram, e viraram apenas um durante o breve momento de eclipse que tinham. Eles faziam amor durante todo o tempo, sem deixar a falta de contato durante todo o restante do tempo abalarem uma gota sequer do sentimento que nutriam um pelo outro.
E foi assim que a história da pequena Luna começou, com a fusão de dois corpos, a fusão de duas almas, e a fusão de um único amor.
