A origem

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Universo 480 - 2054.

Um cara era estagiário em um hospital conhecido na cidade, de repente um de seus pacientes dado como falecido se levantava lentamente da maca que estava, o cara ainda estava de costas preparando uma seringa porém de vira quando o paciente ja esta sentado, ele se assusta e começa a correr.

- DROGA CORRE - ele dizia chamando as pessoas de outras sessões para saírem dali, correndo o mais rápido que pode ele sai do prédio e chega em seu carro logo dando a partida e começando uma ligação
- LYAL? LYAL? preciso de você em casa agora, AGORA. Ta acontecendo. - Com o celular na mão ele vai chegando em sua casa pelas ruas movimentadas com pessoas que nem pensam na catástrofe que está por vir.

[ No Hospital ]

Pessoas ainda estão paradas pois não prestaram atenção no garoto. A criatura com resto de humanidade perdido começa andando e depois corre pelos corredores atrás de.. vítimas, uma mulher o avista de longe e começa a correr porém tropeça em peças que pessoas ali deixaram cair, aquilo pula em cima dela sem nem pensar duas vezes, a destroçando como um pedaço de bife deixando um colega apenas assistindo horrorizado com uma cena que ele não pode ajudar. Assim ele começa a correr e a criatura olha correndo atrás, o garoto perde velocidade e a coisa consegue arranhar seu braço esquerdo fazendo-o sangrar mas não fazendo ele desistir de correr, no final de sua corrida ele chega à parte de fora do hospital com sua cabeça doendo como se milhares de larvas tivessem andando direto para seu cérebro, sua boca fica seca e sua barriga latejando e ele levanta perdendo sua sanidade e percebendo que aquilo não era mais um ser humano. E assim foi, mais dois, mais seis, um bairro, uma cidade...

[ Com os meninos ]

- Você é terrível Thomas, não sei como ainda estou do seu lado, você deveria estar morto, eu odeio você.
- Ameniza isso seu psicopata isso é uma realização do seu desejo, não enche meu saco, se odeia tanto meu lado pode ir a porta tá aberta. - Thomas dizia pegando suas chaves e arrumando sua mochila para ir ao mercado, saindo sem olhar nos olhos de Lyal ele vai ate seu carro e da a partida enquanto deixa sua mochila no banco de trás ouve a porta do banco de passageiro se abrindo, era Lyal se sentando e também não olhando para Thomas, assim eles saem e chegam em uma loja de artigos de acampamento pegando itens que eles sabiam que seriam necessários além de comidas estocadas em sua casa.
Eles chegam de volta em sua casa

- Vamos ter que ficar aqui por um bom tempo, até as coisas amenizarem e podermos sair na rua
- É, precisamos ser precavidos.

[ 3 dias se passam ]

Eles estão racionando comida mesmo tendo o "suficiente", neste meio tempo a cidade está um caos e os dois colocaram barricadas em sua porta.

[ 27 dias se passam. ]

A comida que os dois pensavam que seria suficiente por mais tempo está acabando e por causa de Lyal que comia sem pensar nos momentos que podia.
- Vamos ter que sair, aproveitar que agora está mais calma a situação. - Thomas dizia olhando pela janela
- Me desculpa
- Ta tudo bem, agora vamos sair e usar nosso conhecimento.
Eles arrumam suas coisas e saem de mansinho pela grande cidade, até um mercado afastado atrás de comida que aguente uma boa caminhada, adentrando o mercado eles ouvem um barulho de lata no fundo da loja, fazendo os dois andarem do jeito mais silencioso o possível. Andando mais e mais eles não avistam nada olhando por cima da prateleira porém quando olham pelo lado, eles avistam uma pequena labradora com aparentemente 2 semanas de vida comendo uma lata de atum que caiu no chão e se abriu, quando a mesma olha para os dois se assusta correndo para longe fazendo Thomas se abaixar e tentar pegar a mesma

- Thomas não, você não sabe se ele tá infectado - Lyal diz com medo no rosto e se afastando
- Se estivesse, avançaria em nós e não correria de medo - Agora Thomas está completamente são do que está fazendo, ele precisa daquele cachorro. Depois de Thomas chamar repetidamente o cachorro vem em direção a ele, e o pega no colo. - É uma fêmea! Vou chamar ela de... Nara.
Lyal revira os olhos e assim eles continuam sua busca no mercado e quando estavam no final ouvem novamente um barulho agora vindo da porta dos fundos, Nara começa a latir e a porta a se bater mais forte. Thomas olha para Lyal como uma forma de dizer "eu te avisei" e antes dele olhar de volta a porta é arrombada por uma das criaturas, Thomas deixa Nara no chão e parte pra cima com um taco acertando a cabeça da criatura e Lyal vai logo atrás finalizando ela. Eles arrumam as coisas e partem para longe dali, chegando perto de uma floresta, Thomas esbarra em algo de metal e vê uma grande porta aberta para um bunker, tendo a visão de dois corpos atirados no chão com marcas de balas em seus corpos e o resto do bunker vazio, sem estoque de comida; estava claro que ali não seria um lugar seguro mas os 3 resolvem ficar por um tempo. Os dois limpam o lugar e fecham a grande porta de metal.

[3 Meses Depois]

Viver nesse mundo por 3 Meses é difícil, durante esse tempo os 3 criaram uma ligação forte, era um pelo outro, Nara sabia comandos e a hora de entrar em seu lar, ela era perfeita. Os mais variados tipos de ajuda, Nara sempre estava ao lado dos dois os amando igualmente, Nara andava, achava que se perdia, mas nunca era deixada para trás; mesmo nas brigas frequentes de Thomas e Lyal ela estava ali deitada os observando e sempre alertava sobre criaturas ali por perto. Então não era tão difícil quanto a vida monótona que tinham antes disso. Thomas queria a fama mas tinha perdido as esperanças de conseguir a mesma.

- Thomas precisamos de mais comida.
- Ok, ja que está cego podemos ir agora, certo Nara?? - Nara se alegrava só de ouvir seu nome, logo os 3 saem dali com a surpresa de uma coisa bem perto da porta, Lyal estava na frente e acaba caindo fazendo Nara partir pra cima e morder a perna da coisa.
- NARA NÃO NÃO SAI DAI - antes da coisa pega-lá Thomas vai pra cima finalizando ela com o próprio taco de metal. Depois disso Lyal se levanta pegando seu facão e partindo pra cima de Nara.
- Lyal o que que é isso?? LYAL, LYAL PARA COM ISSO - Thomas entra na frente recebendo um grande corte em seu braço direito - VOCÊ TA FICANDO MALUCO? O QUE VOCÊ PENSA QUE TA FAZENDO?
- ELA VAI MORRER THOMAS ACORDA, AGORA SIM ELA TA INFECTADA
- E VOCÊ MATA ELA DE UMA HORA PARA A OUTRA? ESSES 4 MESES NÃO FORAM NADA? ELA VIRA APENAS UMA BOLA DE CARNE INFECTADA?
- E PRA VOCÊ ELA NÃO VIRA? quem foi que criou... ESSE VÍRUS PARA SOLTAR NO MUNDO MATANDO BILHÕES DE PESSOAS SÓ PRA UMA REALIZAÇÃO DE SONHO SÁDICA E RIDÍCULA? Acho que foi você não foi Thomas?
- Você teve a maior parte da ideia agora tá me chamando de ridículo? quem deveria estar morto era você.

Enquando os dois argumentavam incansavelmente Nara estava agoziando no chão, seus olhos ficavam vermelhos e lagrimavam, ela sabia que tinha algo de errado e não queria que terminasse assim. Thomas vira para trás e vê os últimos momentos de Nara, ou o que restou de Nara; ela se levanta avançando para cima dele, Thomas estava congelado e tudo que podia fazer era deixar um mar de lágrimas cair dos seus olhos, o mundo se passava em câmera lenta naquele momento... silencioso, devagar e esperando o pior acontecer de uma vez. Lyal vem por trás e finaliza de uma fez aquele ser raivoso que não era mais Nara, Thomas segue parado e sentindo mais a dor de Nara do que a de seu próprio braço e prometendo repetidamente para ele mesmo que não olharia no rosto de Lyal nunca mais, No fim do mesmo dia Lyal enterra os restos de Nara e Thomas passa horas decorando e observando o túmulo de sua filha.

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