A Viagem

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Autora notes:
não esqueçam de votar e comentar,
bjss vcs são lindes e especiais<3

Pov: Narrador

Sabe aquele sentimento de querer uma pessoa, saber que ela também te quer, porém, a tal pessoa te abre uma porta, te dá uma brecha, só para depois fechar na sua cara tipo "há otário".

Então por querer estar perto você, você quebre seu orgulho, seu ego, nega a si mesmo por uma pessoa que nem sabe o que quer, ou ao menos sabe se comunicar.

Bom se entendem essa sensação lamento, se não, provavelmente vão entender ao longo da história.

Pov: Priscila

Meus braços ainda estavam ao redor da morena quando ela estava prestes a me dar um esporro, mas não tava nem aí, pelo menos eu "ganhei" um selinho né?

Então Malu fala bufando com cara de tédio- Da pra vocês pararem com o teatrinho? Sério se fosse para fazer algo do tipo pelo menos teriam que fazer certo né? E o pior nem me contaram, vocês sabem como eu amo essa histórias melodramáticas só pra poder criticar- Ela termina de falar batendo o pé, enquanto retirava os olhos.

Eu não tive reação, mas quando olhei para Carolyna vi uma garota azul, verde, vermelha, daqui a pouco ia virar a bandeira LGBTQIA+, acho que se eu não tivesse a abraçando ela já tinha caído dura no meio do aeroporto.

Abro a boca para questionar, ou, pelo menos tentar enrolar a Malu, mas não consigo dizer nada, a Carol tava tendo um piripaque, se fosse em outras circunstâncias, eu estaria rindo horrores.

Como ficou perceptível que nem eu nem minha cúmplice conseguiríamos dizer nada , a Malu só revira os olhos novamente e diz -Olha vocês me devem grandes explicações, mas eu não tô nem aí para elas agora, vocês vão para a Bahia, e vão perceber que se amam e TARAM, bam falling in love, eu posso ser grossa mas adoro um romance gente- Ela dá um longo suspiro após falar tanto assim e continua

-Bem eu só vim aqui para entregar o biquíni que você esqueceu dona Priscila, e perguntar se eu tenho anta estampado na minha testa- ela chega um pouco mais perto de nós, deixa a sacola plástica da shein com a roupa de banho dentro em cima da minha mala, e, fala como o segredo que é

- E onde já se viu casalzinho falso? Por favor tão achando a Chango com cara de Rezende? Enfim beijos, e esperam que até eu chegar lá vocês já tenham crescido e parado com essas brigas bobas, menos a Carol tadinha cresce nunca. Tchau tchau- ela diz se afastando, então quando já está quase na porta do aeroporto ela se vira e faz um coração com as mãos e grita- MEU CASAL!

Olho para a garota em meus braços, que agora já não tem cor nenhuma, não tem uma gota de sangue no rosto da menina, ela tá me olhando com uma cara de atordoada, enquanto eu estou apavorada, então sussurramos ao mesmo tempo- Puta merda-

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Embarcamos no avião sem trocar uma palavra se quer, nem nós olhamos direito. Estávamos perplexas, era muita coisa para processar. Já não basta o clima todo estranho entre eu e a garota do meu lado que está admirando a janela, eu sei que em parte eu que deixei as coisas ficarem estranhas, eu as tornei assim, mas Carol também tem sua parcela de culpa, ela também quis, eu não ferrei o nosso acordo sozinha.

Eu sei que provavelmente ela também sente isso, como se não conseguíssemos ficar longe uma da outra, é como se existisse um imã que nós puxasse, a diferença entre mim e ela é que enquanto ela tenta negar esse desejo, e essa coisa estranha que não deixa a gente se afastar, eu simplesmente faço o que eu quero e eu quero ela, tipo pra caralho.

Porém eu não sou de me humilhar, ela também me quer tanto quanto eu quero ela, e ela sabe disso, portando parei de insistir, uma hora essa fase de negação dela acaba, e eu vou estar mais que preparada para atazanar ela...

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Chegamos na casa, vulgo mansão né, entramos e vimos os dois quartos que iríamos ficar, um ficaria eu e ela, no outro Malu e Allan. Cada quarto tem um banheiro e uma varanda magnífica.

Começamos a desfazer as malas, ainda não tínhamos nos falado, cada qual arrumou suas coisas em silêncio. Depois fomos fazer stories, como se estivesse tudo bem tudo sobre controle, fizemos tuor pela casa e voltamos ao nosso quarto.

Ela entra primeiro e se joga de bruços na cama, com os olhos fechados esfregando as têmporas, enquanto resmungava um monte de reclamações.

Quando passo pela porta a tranco e me sento numa cadeira na varanda enquanto tomo uma taça de vinho que peguei da cesta de boas-vindas que estava no quarto.

Eu tenho uma solução para a nossa situação de estresse? Sim, já que na verdade o estresse é só dela, exatamente por isso não estou surtando.

Poderia acabar com o pavor da garota agora? Talvez, mas ela vem me evitando a semanas, como se não me desejasse, como se eu fosse uma qualquer com quem ela transa uma vez e não quer ver nem mais nunca na vida. Tudo bem que eu já fiz isso com várias pessoas, mas quando sou eu nessa posição é ruim demias. Reparei quando ela passou uns dias lá em casa ela até colocou as unhas de novo da pra acreditar?!

Enquanto estava perdida em meus pensamentos, percebi que Carol foi ao banheiro, provavelmente colocar uma roupa mais praiana, já que vinhemos com roupas bem confortáveis para o voo, a essa altura o vinho na minha taça já tinha acabado, então foi encher mais, então a morena saiu do banheiro com uma saia longa branca, com um decote que vai até quase sua cintura no lado da perna esquerda, e um top da mesma cor. Pelos deuses por que tem que ser tão gostosa? Foca Priscila Caliari, seguindo essa tentativa de focar eu falo quebrando todo esse silêncio constrangedor

-Você sabe que é sua culpa né?- Ela me olha indignada, incrédula e até um pouco surpresa, mas é verdade se não fosse por ela a Malu não teria descoberto.

-Como é que é?- ela diz já se exaltando, adoro vê-la irritada é tão... sexy. Encho minha taça e me sento nas mesma cadeira que estava, na maior tranquilidade do mundo, eu a observo vir até a porta de vidro da varanda e se escorar no batente com um olhar de quem quer explicações.

-É simples amor, se você não fosse tão desnaturada, e soubesse disfarçar melhor ela não teria nem suspeitado- explico e termino minha segunda taça desse vinho excepcional. Ela não diz nada, só fica reflexiva, ela mesma sabe que provavelmente é culpa dela, já que eu sou uma sem vergonha de natureza.

Me levanto com a taça vazia na mão direita, porém quando estou prestes a cruzar a porta puxo a morena pela cintura com minha outra mão, colando nossos corpoa, e sussuro no seu ouvido

-Não precisa ficar tão tímida linda, você conhece meu corpo por completo, assim como eu conheço o seu. E estamos na Bahia "Mi Amor", tudo pode acontecer- passo por ela, deixando-a respirando fundo na varanda, e deixo a taça na mesinha de centro, junto com a cesta de boas-vindas. Pego minha roupa de praia, e vou para o banheiro me trocar.

Que minha pequena vingança começe, boa sorte Anna Carolyna Borges!

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Um curtinho de novo só para não deixar vocês sem nada, vou tentar aderir essa dinâmica de postar mais curto só que mais rápido, ou vocês preferem como antes, capítulos maiores mas mais demorados?

Até Onde Você Iria?Onde histórias criam vida. Descubra agora