Two

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Quando coloco meus pés em Bradford, soltei um suspiro alto, eu não queria estar ali, mas tinha que dar apoio a minha tia e meu primo, apesar de que Liam não sofreria tanto. Fui para um hotel, The Westleigh Hotel era o nome, foi o primeiro que vi e lá que iria ficar. Peguei um quarto qualquer, eu não ia demorar na cidade. Recebi uma sms do Liam, me pedindo pra ir encontrar ele na casa da minha mãe. Fui pra lá depois de colocar uma roupa mais confortável, chegando lá estava ele, minha tia e uma pessoa que eu não conheço.

– Tess, meu amor – disse minha tia carinhosamente – sente-se, sim?

– O que houve? Quem é ele? – perguntei me sentando de frente pra todos eles.

– Esse é Gerard, advogado da sua mãe, meu amor – ela tentou sorrir, mas foi um fracasso.

– Então, Gerard, o que nossa querida Meredith aprontou? –sorri ironicamente.

– Dona Meredith, deixou um testamento, e seu nome está nele.

– O que ela deixou pra mim? – eu ri nervosamente – Carinho? Amor? Atenção? Amor de mãe? Companheirismo?

– Se acalme, senhorita Campbell, por favor – ele disse suavemente, como se meu pequeno surto fosse já esperado.

– Ok –disse respirando fundo –O que ela me deixou?

–Resumidamente, ela deixou essa casa, uma quantia em dinheiro, bastante alta por assim dizer, um pedido e uma carta.

– Venda a casa, doe o dinheiro, ignore o pedido e queime a carta!

–Meu amor, não faça isso, por favor... por mim! – disse a minha tia, com os olhos marejados.

– Um minuto, eu já venho.

Sai da casa com os nervos a flor da pele, a casa e o dinheiro pouco me importam, mas a carta e o pedido me deixaram com curiosidade. O que ela devia ter escrito pra mim? "Oi, me desculpa por decepcionar dia após dia, não tive a intenção, e é muito mais fácil falar isso depois que já morri do que ter te provado isso enquanto estava viva". É, realmente ela devia me deixar isso por escrito. Me joguei na grama e cobri minha cara com meu braço, eu queria colocar fogo em toda essa casa, nessa cidade, nesse mundo, nesse universo... De repente, sinto alguém tropeçar em mim, me levanto pronta pra matar o espírito de porco que fez isso. Olho pro lado e vejo um garoto de cabelos pretos, olhos castanhos, mas não comuns, um castanho diferente, e um topete, ele estava com uma jaqueta preta de couro, com calças pretas e um blusa branca por baixo da jaqueta, só faltou estar escrito "BADBOY" na testa dele.

– Não olha por onde anda não, palhaço? Sai tropeçando nas pessoas assim? Tá achando que é quem? – eu disse de uma vez, elevando meu tom de voz, ele me encarava com uma cara de paisagem, como se eu não estivesse falando com ele.

– Talvez se a bonequinha não tivesse deitada no meio da calçada, ninguém ia tropeçar em você! – ele disse rispidamente, passando as mãos no cabelo, tentando se controlar.

– Bonequinha é a... – respirei fundo, contei até 10 mentalmente – Vá se foder moço, tenha um bom dia!

Sai pisando fundo pra casa da minha mãe, definitivamente agora eu queria botar fogo na casa, na cidade, no mundo, no universo, e naquele garoto idiota!

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⏰ Última atualização: May 04, 2015 ⏰

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Taken || z.m.Onde histórias criam vida. Descubra agora