7:19 da manhã dia 28 de agosto.
A porta do meu quarto se abre,
Minha mãe entra,
Se senta na beira da cama,
Acaricia minha cabeça,
Me dá bom dia,
E com o "Bom dia" a notícia que eu mais temia receber:
Seu avô faleceu.
Eu sabia que essa notícia um dia viria,
Mas quem está preparado para ela?
Eu vira e ouvira um silêncio mortal desde que acordei.
Prantos em todos os cantos da casa.
Pela primeira vez vi meu pai chorar.
Pela primeira vez ele demonstrou alguma fraqueza.
Pela primeira vez me condenei por não ter aproveitado mais o passado.
Receber isso é como lançar um tiro ao escuro, mas dessa vez a bala acertou diretamente no vazio do meu coração.
Luiza Rezende
28/08/2022
VOCÊ ESTÁ LENDO
poemas
PoetryMeus gritos sobre sentimentos incompreensíveis. Os cortes mais profundos da minha pele. Não é sobre pessoas, é sobre mim, sobre como eu sobrevivo no meu caos.
