Único

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Oie Babys, depois de postar o outro oneshot, fiquei com vontade de escrever mais um. Então cá estamos.

Boa leitura, bjs da Dani ❤

Sala do Steve 22:47h

Sentado no sofá com os joelhos junto ao peito e a cabeça apoiada sobre os mesmos. Os olhos ardiam pelas lágrimas que segurava a todo custo, mesmo já estando sozinho.

Queria chorar, gritar e sumir para bem longe dos pais tiranos que tinha. A ardência dos olhos aliviou quando lágrimas grossas escaparam - mesmo com todo o esforço para que não caíssem - diferente de seu rosto, que mesmo depois de 20 minutos do acontecido, os dedos de sua mãe marcados em sua pele ainda queimavam. As marcas em seu pulso - que já se encontrava arroxeada - também doía, devido a força que seu pai apertou quando o puxou para que não desse as costas a eles enquanto discutiam.

Cansado. Steve estava cansado. O tempo todo sozinho naquela casa, pais que viajavam praticamente o ano todo, um emprego que só começou a trabalhar por não querer ficar sozinho em casa sem fazer nada o dia todo, também porque quando era mais novo, seus pais ainda faziam questão de mandar quantias altas de dinheiro para suprir a ausência na vida do garoto, mas quando Steve fez seus 18 anos, foi como se seus pais esquecessem que mesmo maior de idade ele ainda é filho deles.

Steve gastava todo o dinheiro com bebidas, drogas, festas e cigarros, como todo adolescente perturbado faria. Mas agora nada disso importava, as drogas e o álcool não supriam mais sua carência, agora fazia uso de remédios fortes para que conseguisse ter uma noite descente de sono.

Sozinho de novo, como todos os outros dias de sua vida. Mais uma discussão com os pais para sua lista. Que merda de vida.

Chorava agora sem barreiras, cansado de segurar o choro por tanto tempo, se perguntava a todo momento o que havia feito de errado para merecer o que passava. Não era culpa dele.

Desde seus onze anos que não sabia o que era ter família de verdade. Pais que apareciam, mandavam e desmandavam, criticavam tudo que o garoto fazia, discutiam com ele por coisas mínimas e iam embora novamente. O que o pobre garoto havia feito para merecer passar por isso?

Voltando a realidade, ss levantou indo em direção ao telefone pendurado na parede. Queria que alguém passasse a noite com ele, estava cansado de estar sozinho naquela casa enorme fria e escura.

Ligou para a única pessoa que veio em sua mente. O telefone chamava, chamava e chamava.... mas nada de alguém atender. Ao último toque alguém atendeu.

- Alô, são quase 23:00h, quem liga a essa hora?.- A voz do outro lado do telefone reclama.

- Me desculpe Sr. Munson.- Steve fungou baixo, secando as lágrimas antes de continuar a falar.- Não queria ligar a essa hora, 'tá tarde.... mas... o Eddie 'tá aí?

- Perdão garoto, não percebi que era você.- O mais velho falou com pesar ao perceber a voz embargada do outro.- Eddie disse que chega em 15 minutos.- Disse voltando o telefone para a orelha após tê-lo distanciado para avisar ao sobrinho o ocorrido.

- Obrigado senhor Munson.- O garoto fungou novamente.

- Sozinho de novo menino Steve?.- O tio de Eddie sentia muito pelo descaso dos pais com o mais novo dos Harrington.

- Como sempre.- O pesar na voz era evidente, se esforçava para que a vontade de chorar não o impedisse de falar.- Obrigado, de verdade.

O mais velho apenas disse um "de nada" de forma baixa e carinhosa. Steve coloca o telefone de volta na base, voltando para o sofá esperando que o namorado chegasse.

Love me for ever - Steddie Onde histórias criam vida. Descubra agora