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Draco P'O'V

Sete dias que tudo acabou, sete dias em que eu realmente deveria me sentir livre de toda a merda de aposta que meu irmão fez junto aos amiguinhos dele, sete dias que deveria ser o velho Draco Malfoy e ir às festas ou ter saído com alguma garota.

Sete dias que eu não era mais o mesmo.

Eu deveria ir pra aula, mas não fui.

Era a terceira vez, só nessa semana. E hoje já era quarta-feira.

Também não quis ficar no trabalho com o papai em período algum, saber que podia possivelmente encarar Harry Potter naquela empresa a qualquer momento, me deixava nervoso.

Já devia ter se passado do meio-dia e a vontade de sair da cama, continuava zero.

O que porra tá acontecendo comigo?

Meu irmão não para em casa, toda noite tem saído pra jogar, jantar fora com os amigos dele e já até levou nossos pais junto.

Claro que eu não fui. Isso implicaria em novamente correr de ver o maldito Potter.

O Thomas também não tem me forçado a conversar sobre o ocorrido, uma das coisas que gosto nele. O respeito com minhas escolhas.

Mesmo eu não sabendo muito bem que escolha eu tenha feito.

Mas por que isso me incomoda?

Eu deveria estar pouco me fodendo pra tudo isso, não era?!

Não importa.

Comer era a melhor escolha agora.

Desci do jeito que acordei e antes mesmo de chegar ao último degrau, vi um "vulto" moreno levantar rápido do sofá e me olhar sem graça.

Ótimo.

Eu tinha que ficar somente de cueca hoje?

Justo HOJE?!

— P-potter? – disse nervoso — O que.. – procurei algo pra colocar no meu corpo de maneira estúpida já que eu continuava nas escadas. — Tá fazendo o que aqui?

— E-eu vim falar com o Thomas, ele disse que só ia na padaria e já voltava.. E-eu não sabia que você estava em casa. – ele respondeu sem graça, tentando não me encarar. E seria uma cena cômica, se não fosse trágica.

— E o que meu irmão faz em casa? – perguntei confuso e ele deu de ombros — Okay, então, você já conhece a casa, espera ele por aí que vou voltar pro quarto. – Eu disse rápido e virei pra subir os degraus.

— Malfoy, espera! – gritou — Eu... queria aproveitar mesmo falar com você, já que não tem aparecido em nenhum lugar... Vai ser rápido, eu juro... – Ele continuou — Não precisa ficar com vergonha, você tá em casa, pode usar a roupa que quiser. – engoli seco mas dei de ombros — Eu só queria te dizer que consegui achar a tal cartomante. – senti o suor escorrer pela minha nuca.

Aquilo não era bom.

— E daí? – fingi desdém e ele revirou os olhos.

— Como assim?! Achei que você quisesse se livrar dessa merda. – disse mostrando o dedo com o anel e mais uma vez, eu bufei.

— Quem disse que não?! Eu fui atrás dela logo assim que ouvi o Thomas dizer ao papai que vocês a acharam. – disse e ele arregalou os olhos, surpreso.

— Você foi?!

— Mais é claro! Acha mesmo que estou feliz com essa merda no dedo?! – Ele ficou em silêncio e por um momento eu suspirei arrependido do que tinha falado, eu não tinha agido daquele jeito, e principalmente não com a intenção de me livrar de tudo.

Mᥲrrᥡ Y᥆ᥙ ~Drᥲrrᥡ~Onde histórias criam vida. Descubra agora