Uma Comandante E Uma Princesa

Lascado

POV de Murphy

O chão estava úmido contra sua bochecha enquanto ele estava deitado no meio de uma das estradas Grounder, coberto de terra e o sangue de algum animal que Emori tinha pegado fresco esta manhã. Ele suspirou, então se interrompeu quando ouviu o som de cascos de cavalo batendo no chão. Ele tirou o sorriso dele agora antes de soltar suas feições para fazer parecer que ele estava morto.

As batidas no chão pararam e ele ouviu alguém descer do cavalo. Houve um som metálico antes que ele se sentisse sendo puxado pelos cabelos. Abrindo os olhos, ele tentou agarrar a pessoa acima dele, deixando escapar um grunhido de frustração e dor do aperto em seu cabelo. Mas, ele congelou no lugar quando uma faca foi segurada diante de sua garganta.

O homem acima dele tinha uma longa barba que descia até o pescoço, com tranças passando por algumas. Seu rosto estava impassível quando ele olhou para Murphy. Ele notou a pintura de guerra branca e lembrou que apenas a Nação do Gelo usava essa cor. Merda.

Eles falaram algo em Grounder para ele, o que ele rapidamente respondeu: "Desculpe, cara, eu não sei o que você está dizendo."

"Eu disse," o homem Grounder começou, "Nós estávamos procurando por você."

"Aqui estou." Murphy acenou com as mãos sarcasticamente.

O Grounder lhe deu um tapa no rosto, fazendo-o cair para o lado. "Não fique esperto comigo, garoto."

Ele riu, "E daí se você vai me matar mesmo assim?"

"Você está certo. Eu vou te matar-"

"Espere", disse um dos outros homens. Ele estava vasculhando os pertences de Murphy e estava segurando algo. "O símbolo sagrado."

Os olhos do homem se arregalaram e ele se virou para Murphy, que estava se levantando e cuspindo sangue na terra ao lado dele. Ele agarrou o ombro de Murphy e colocou a faca em sua garganta novamente de forma ameaçadora: "Onde você conseguiu isso?"

"Bem, eu acho que se você me matar você nunca vai descobrir." Murphy disse, olhando para a faca com um sorriso.

O homem cantarolou em concordância, recuando. Por um breve momento, Murphy pensou que eles iriam negociar e soltá-lo, mas o homem se virou e deu um soco na lateral da cabeça dele, fazendo-o voar para o chão. O impacto o fez desmaiar.

Quando acordou, a primeira coisa que notou foi a mudança de cenário.

Ele não estava mais em uma floresta, e não havia cavalos ou canalhas da Nação do Gelo. Sua cabeça, no entanto, doía por ter sido nocauteada. Ele afastou a dor quando percebeu que estava acorrentado à parede e começou a pedir ajuda e a tentar arrancá-los imediatamente. Então ficou claro que ele poderia não querer descobrir quem o estava mantendo aqui, e para quê, então ele calou a boca e observou tudo ao seu redor.

Não era uma cela comum de prisão (e Murphy deve saber, ele passou muito tempo sendo preso). Havia uma cama confortável com diferentes cobertores de peles de animais, embora estivesse longe de seu alcance; uma bela janela sem grades ou qualquer coisa assim; havia uma banheira cavada no chão que parecia recém-cheia de água morna... Então, clicou em sua mente que claramente nada daquilo era para ele.