Onde Chandler decide dar o primeiro passo em sua relação ao fim de um importante jogo para si, assim, podendo se desculpar da melhor forma após uma briga boba.
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Eali estava. Estava mais um dia na arquibancada de uma quadra em Paris, apenas para vê-lo jogar. A última competição do ano, aquela que abriria portas para não só ele, mas todos os outros jogadores dali.
Chandler mantinha o controle, bola em mãos, cesta a sua frente. Estava diante a sua chance de iniciar a partida com a vantagem para seu time e um passo em sua relação. Dedicaria a ela.
O moletom chamativo não deixava que o castanho a perdesse de vista. A final, que outra garota estava vestindo um enorme moletom escrito "Damian the best robin"? Ele não pode negar, quis rir quando a viu pela primeira vez assim, lembrando de suas discussões bobas a fim de saber qual era o melhor daqueles escolhidos por Wayne.
— O Damian só é o que é porque é filho do Batman, se liga. – debatia Hallow, defendendo fielmente o único que verdadeiramente gostava dentre todos.
Sorria ao relembrar do momento, viajando em seus próprios devaneios.
Cesta! Chandler não pensava mais, apenas agia. Seu corpo estava acostumado, não necessitava de muitas estratégias e mente cheia, apenas de seu corpo em velocidade e seu incrível talento em dribles, como chama a garota. Ela não entendia sobre basquete ou qualquer outro esporte que não fosse fórmula1, outra paixão que dividia com o outro, de qualquer forma, tentava entrar mais a fundo na grande paixão de Hallow e apoia-lo como uma boa amiga faria.
Todos vibraram, todavia fora ela a primeira a levantar e puxar uma multidão de gritos para aquele que acaba de abrir o placar do time. Todos os garotos foram para cima dele, enquanto ele fazia questão de gritar seu amor a todos presentes.
— eu te amo! – seus olhos encheram de lágrimas. Era como se conseguisse ver através dali todos seus momentos juntos, dês de o primeiro esbarro até as noites do pijama.
A brasileira não podia deixar a mentira conduzir sua fala e dizer para todos que não sabia o que estava acontecendo, já que um dia antes haviam se beijado após Chandler reclamar de 'seu garoto prodígio. Isso consumia sua mente, não sabia como agir, e até mesmo teve um comportamento indiferente pela manhã. O que acabou não durando mais que minutos, pois o garoto veio com uma carência insuportável para perto de si.
— eu também te amo. – sibilou.
O gesto discreto se tornou público quando viu no grande telão, seu rosto enquanto assoprava palavras. Ela queimou de vergonha, não sabia o que fazer, apenas sentar e esperar o fim da partida.
Chandler teve o melhor desempenho possível, e ninguém poderia dizer o contrário, já que o garoto impressionou a todos, e levou elogios a 'torto e a direita de olheiros.
Ele foi até ela. Era o momento.
— Gatinha... – chamou em um suspiro.
— Gatinho. – respondeu acanhada.
— Você sabe exatamente o que eu vou falar, certo? – acenou positivamente, contendo um sorriso bobo em seus lábios. — Ótimo, prefiro poupar meu fôlego. – ele desmanchou-se. O que Chandler estava falando com aquilo? Sua declaração não valia a pena?
— Por que? – indagou com o semblante tristonho.
Ele riu enquanto levava sua palma áspera e gélida até seu rosto.
— Não banque a inocente nesses momentos.
Novamente confusão. Doque ele estava falando?
— Chandler oque... – suas dúvidas foram respondidas.
O menino trouxe o rosto da de olhos escuros até próximo ao dele. Sua respiração pesada atingia o rosto da menina, essa que se mantinha confusa e até mesmo com medo. Fora aí que a distância se encerrou. Hallow colou os lábios sabor morango de sua amiga contra os lábios um tanto quanto ressecados dele em um beijo lento e necessitado, a fim de recuperarem anos perdidos em uma simples amizade, quando no fim, o amor de ambos precisava de mais.
