Você sabe.

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- Eu não janto. - Respondi e subi as escadas, indo pro meu quarto.

É, morar aqui não deve ser tão ruim, né?

Subo até meu quarto, deito na minha cama, e olho minhas unhas, esperando elas secarem. Observo tudo, teto, paredes, guarda-roupas, porta. Me levanto, ando em voltas, pensando se aceitar fazer parte da maior e mais procurada organização criminosa foi certo. Eu guardo os mantos no guarda-roupas, junto com as sacolas de roupa que eu trouxe. Organizo tudo do meu jeito, e olho a estante, há alguns livros, provavelmente do último membro. Pego um livro só pra dar uma olhada, e me deito, analisando o livro

- Icha-Icha? Quem dá um nome assim pra um livro... - Abro o livro laranja e começo a ler, após alguns minutos acabo adormecendo.

Eu acordo, mas agora no chão de um quarto completamente branco, eu me levanto, e ando por todo lugar, procurando a saída.
Eu grito por ajuda, mas ninguém escuta, sinto minha respiração pesada, mais cansada, preocupada. Eu ando em círculos, ainda procurando algo ou algum sinal de vida, mas nada em minha volta. Completamente sozinha, tudo começa a escurecer e eu sinto como se meus pulmões queimassem, diminuíssem. Minha respiração fica ofegante, eu começo a tossir e sinto algo de aproximando, finalmente um sinal de vida aqui, na escuridão. Ela se aproxima, perto demais a ponto de eu sentir sua respiração, mas não de vê-la. E ela diz.

- Você sabe. Você sabe. Você sabe... - Várias e várias vezes. Como sussurro, e continua cada vez mais baixo. - Você sente isso, você sabe o que é. Você sabe. - A voz desaparece aos poucos na escuridão, e sua última frase é: - É ele.

Eu levanto, com falta de ar, meu pulmão 5 vezes menor. Suada, ainda pensando no que sonhei, tento me acalmar e vou pro banheiro, direto para uma ducha, pensando no que aquilo, queria dizer.
Do que se referia? E por que assim, do nada?
Termino minha ducha, e volto pro quarto, procuro alguma roupa descente e começo a me trocar. Depois, abro as cortinas... está sol lá fora.

Eu saio do quarto, cabeça baixa, olhar caído, pensamentos a mil por hora... Desço as escadas, andando devagar e ninguem na sala, vou pra cozinha. Entro pela porta, todos me olham atentos, e surpresos?
Paro ainda na porta, todo mundo ainda me encara, - por que o dia está tão estranho? - penso.

- Uau. - Disse Tobi, simplista.

- O quê? - Perguntei, sem animação.

- Ahn... Você é linda sem máscara. - Konan, após minutos de silêncio, se pronúncia, sorrindo.

Sem máscara? - droga, me esqueci. - penso consequentemente.

- Gatinha você, em, S/n... - Disse Hidan piscando, achei muito abusado.


- Merda... - Murmuro olhando pra baixo. - Obrigada. - Sinto minhas bochechas esquentaram. Todos, menos Tobi, fingem que nada aconteceu, e voltam a tomar café, conversando entre si.

Eu me sento no unico lugar disponível, ao lado de Tobi, que só estava parado, me encarando, parecia... hipnotizado?

- Ei, Tobi? - Estalo os dedos em sua frente, que parece acordar do transe. - Tudo bem aí?

- Hmm... Sim, S/n-chan! Você é muito bonita... - Disse Tobi, envergonhado, eu olho pelo único buraco de sua máscara, encarando seus olhos escuros e rio, sentindo, novamente, minhas bochechas esquentaram.

- Muito obrigada, Tobi. - Seu único olho a mostra fecha, mostrando que ele sorriu. - fofo... - Pensei. Por que será que alguém, aparentemente, tão inocente, estaria no meio de algo tão perigoso? Isso parece estranho pra mim.

Me perco em meus pensamentos, imaginando o que fez Tobi parar aqui. Todos aqui, estão nessa situação por algum motivo, provavelmente trágico. Acho que ninguém aqui é mal, so suas decisões que não os trouxeram pra um lugar muito bom...
Atrapalho meus pensamentos, começando a tomar café, e voltando a tentar encaixar algo naquele sonho... Que pra mim, foi totalmente sem nexo.

"Você sabe..."? "É ele"? Eu queria saber o que isso significava, e eu vou descobrir.

COLD - ᵒᵇⁱᵗᵒ ᵘᶜʰⁱʰᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora