Além da amizade - Mailila. 2ª temporada.

Capítulo 1

Marília narrando.

— Amor, agora eu me sinto preparada. - Ela diz segura me olhando.

— O que? - Falo rindo. — Você tá me dizendo que se sente preparada agora?

Balanço a cabeça em negativo rindo do que ela acabou de falar. Me aproximo dela que se encontra em pé encostada na bancada com uma enorme vasilha cheia de morangos nas mãos.

— O que é tão engraçado? - Ela me olha com sua sobrancelhas arqueadas.

Paro em sua frente e continuo rindo, ela pega um morango e leva até a minha boca. Eu dou uma mordida e em seguida dou um beijo nela.

— Bom saber que hoje você acordou de bom humor. - Falo entre o beijo.

— Só estou te dizendo que agora me sinto preparada. - Ela me olha como se aquilo fosse uma descoberta e tanto.

— Meu amor, você precisou de sete meses pra chegar a conclusão de que está preparada? - A olho com uma expressão confusa. — Achei que quando você aceitou ter um filho você já estava preparada.

— Ahhh Marília, ridícula. - Ela diz levemente irritada. — E-eu estava!

— Para de mentir pra mim. - Falo a olhando. — Eu não te fiz se sentir pressionada a isso né?

— Não! - Ela fala colocando a vasilha de morango em cima da bancada atrás dela e envolvendo seus braços em volta do meu pescoço. — Você me conhece o suficiente pra saber que eu não aceitaria algo só por está se sentindo pressionada.

A olho procurando algum requisito de mentira em sua fala mas me dou conta de que não existe. Ela realmente está sendo sincera. E eu a conheço tempo suficiente pra saber que ela não faria mesmo.

— Olha, para de ficar pensando bobeira agora. - Ela diz me olhando. — Não foi o que eu quis dizer, desde que nos casamos eu já sonhava em construir uma família com você. - Ela deposita um beijo em meus lábios. — O que eu quero dizer é que agora me sinto preparada pra ser mãe, você sabe de todas as inseguranças que tenho a respeito da maternidade, afinal, é nosso primeiro filho. Não acredito que seja anormal. - Ela faz uma pausa. — Só medo de não conseguir ser boa o suficiente pra ele. Nossa rotina é doida, a nossa profissão exige muito da gente e o pior de tudo... LONGE DE CASA! - Ela apoia sua testa em meu ombro e solta um longo suspiro.

— Você será uma excelente mãe, eu não tenho dúvidas disso. - Me afasto um pouco e levo minhas mãos até o seu rosto pra que ela olhe pra mim. — É tudo novo pra mim também, não se preocupe com isso. Eu sempre estarei aqui pra te ajudar em tudo. Vamos descobrir as coisas juntas e vai da certo. Sempre deu certo! Eu tenho certeza que o nosso bebezinho vai ter muito orgulho de você.

Dou um beijo em seus lábios e envolvo minhas mãos em sua cintura a puxando pra um abraço. Tudo bem que não temos mais tanto espaço assim já que sua barriga está maior do que imaginávamos que ficaria.

— Você sentiu? - Ela diz surpresa se afastando de mim.

— Senti. - Falo levando minha mão até a sua barriga.

— Esse deu pra sentir mesmo. Diferente dos outros que estavam mais leves.

— Parece que ele concorda sobre ter orgulho de você. - Falo e logo sinto outro chute em minha mão. — Viu? Ele concorda! - Dou risada e me abaixo pra beijar a sua barriga. — Carinha, você terá a melhor mãe do mundo.

Sinto a Maiara deslizar os seus dedos pelos meus cabelos fazendo um carinho. Olho pra cima e vejo que ela está chorando. Se antes ela já era super emotiva, agora com a gravidez triplicou tudo que ela sente.

Me levanto, parando em sua frente e seco algumas lágrimas que escorreram pelo seu rosto com minha mão.

— Eu te amo! - Falo próximo do seus lábios. — Vamos ser incríveis, eu tenho certeza.

— Eu te amo! Parece que tudo que estamos vivendo é realmente um sonho. - Ela gruda sua testa na minha e fecha seus olhos. — Obrigada por ser tão incrível comigo e por está vivendo um momento incrivelmente incrível ao meu lado.

— Você sabe que não viveria isso ao lado de outra pessoa que não fosse você, né?! - Coloco uma mexe de seu cabelo atrás de sua orelha e lhe dou um beijo. — Você é a mulher da minha e a mãe de todos os meus doze filhos. - Falo rindo.

— Acho incrível seu jeito de sempre achar uma forma de trazer humor pra um momento tão...

— Lindo! Lindo! - Maraisa fala me interrompendo e entrando na cozinha. — Um momento lindo! Você tá linda irmã, a lila tá linda sendo essa tremenda de uma mãe e esposa babona. - Ela se aproxima e da um beijo em mim e na Mai. — Vocês juntas fazem elevar o meu padrão de romance. Vendo vocês chega a conclusão que será quase impossível achar alguém tão incrível como vocês. - Ela diz rindo.

— Não brincou quando disse que a nossa fã número um é você. - Falo rindo.

— Se vocês duvidaram em algum momento, pode parar. - Ela diz depositando sua mão na barriga da Mai. — E você nenê da tia, como anda as coisas aí dentro?

— Maraisa, Cê sabe que ele não vai..

Quando estou prestes a finalizar a minha frase ele da um belo de um chute em sua mão. Se antes eu achei que ele simplesmente não iria respondê-la, ele provou o contrário deixando claro que ele já era educado o suficiente pra não deixar a sua tia no vácuo.

— O que você ia dizer, Marilia? - Ela diz convencida. — Ele me ama, jamais me deixaria no vácuo. Não é meu amor?

É mais uma vez lá estava ele chutando em sua mão. Por um momento achei que seria exclusividade minha e dele, mas pelo jeito ele também ama a tia dele. Faço uma pequena carreta e balanço a cabeça.

— Tá com ciúmes, amor? - Mai diz me olhando e sorrindo. — Relaxa, ninguém nunca vai tomar o seu lugar, fica tranquila.

— Uai, Marilia. Ele nem nasceu e você já tá assim? Imagina quando ele arrumar uma namorada. - Ela diz rindo.

— Aí aí.. um motivo pra gente comprar uma casa e se mudar. - Falo a olhando.

— Cê tá doida? - Ela diz me olhando assustada.

— A sua cara é impagável. - Falo gargalhando. — Medo de ficar sozinha, Maraisa?

— Ridícula! - Ela diz me dando um tapa no ombro. — Não, medo de ficar longe de vocês.

Awn! Como eu respondo a isso agora? Não tenho nem se quer insultos que consiga usar agora. Mas mal sabe ela, que quem não quer ficar longe dela somos nós. Já não é nem uma opção. Afinal, somos um trio de grandiosos e belos M's, não tem como separar ou deixar um M se quer faltando.