Mamãe estava certa, não deveria ter saido de casa... Que raiva desse menino.
Infelizmente sai com um menino da minha sala, eu nem deveria ter aceitado, ele só ficou falando como ele era bom no "Free Fire", eu nem começo esse jogo!
Não faz nada que presta, nem para pagar a conta do sorvete ele não o fez! O mínimo ele não fez, que ódio, só saio comigo por conta do meu dinheiro. Patético.
Deveria ter escutado mamãe e não ter saído com ele, ter ficado em casa. Mas não, a burra aqui foi! E agora só bate o arrependimento. Eu tenho condições para pagar o sorvete, mas seria bom da parte dele, mas dá para ver que ele não é cavalheiro.
— Qual foi o resultado Katherine? — Escutou alguém falar logo que entro silenciosamente pela porta da frente, a qual da a visão da sala e um pouco da cozinha, que estavam ambas, com as luzes ligadas.
É o meu pai? Com quem ele está conversando? Me aproximou mais da cozinha sabendo que a voz de meu pai veio de lá. Logo consigo ter a visão de meu pai e minha mãe na ilha da cozinha, um na frente do outro tendo a ilha entre eles.
— Deu positivo amor, eu te falei. A hades é sim sua filha! — Fala minha mãe me deixando confusa.
Porque eles estão falando sobre isso? Meu pai já sabia disso... Ah deixa para lá, vou pro meu quarto antes que a mamãe me veja aqui e brigue comigo sobre não estar na cama. Mal sabe ela que eu acabei de chegar em casa.
Subo as escadas dando de cara com um corredor onde as luzes estão apagadas e caminho até uma porta branca, a porta do meu quarto, entro no mesmo e deito na minha cama, sem mesmo trocar de roupa ou tomar banho, estou cansada demais para isso, mesmo que o "encontro" na sorveteria tenha cido rápido, foi cansativo conversar com aquele menino. Não sei se consigo aguentar ver a cara daquele menino amanhã na escola. Imbecil.
Se ele vier falar comigo... Juro que eu mato ele! Escuto um barulho, um barulho de porta se abrindo, olho em direção a mesma e vejo minha mãe sorrindo para mim adentrando no meu quarto.
— Oi meu bem, só queria te dar boa noite e perguntar se você não está com fome, não quer jantar? — Pergunta minha mãe.
— Não estou com fome mamãe, obrigada! — falo sorrindo para a mesma._
Afinal, acabei de comer, penso.
— Então está bem, dorme bem meu amor, amanhã você tem escola e tem que acordar cedo para não se atrasar. — Diz ela me dando um beijo casto na testa.
— Boa noite mamãe. — falo fechando meus olhos e demorando pouco tempo para dormi, visto que estava cansada e teria que acordar cedo para a escola amanhã.
Escuto o barulho da porta sendo fechada e suponho que mamãe já tenha ido se aprontar para dormir.
(...)
Acordo com o som do despertador em baixo de meu travesseiro, sentindo meu rosto molhado, passo a mão sobre meu rosto para me livrar logo desse choro, choro que estava caindo durante aquele sonho. O sonho que eu queria que tivesse sido realizado. Penso enquanto desligo o despertado, olhando para o que reconheço ser o meu novo quarto. O quarto com qual ainda não está muito decorado.
Paredes em tons de cinza as quais não queria mudar, com uma penteadeira ao lado do armário com portas de corer. Minha cama é fixada ao chão, tendo um "buraco" para colocar meu coxão, tendo um painel de madeira clara até o teto de gesso, com uma espécie de abajur montado no painel para minhas leituras. O qual eu gostei muito. Com um espelho de corpo no lado da cama, perto da porta que é da mesma cor que as paredes.
Faço uma nota mental de falar com mamãe sobre ir comprar coisa novas para o meu novo quarto. Deixar ele mais a minha cara.
Deito-me a minha cama novamente, olhando para o teto, vendo que ainda está cedo demais, mesmo o que o despertador tenha tocado a pouco tempo. Deveria estar com o marcador errado.
Volto a pensar sobre o sonho que tive a pouco tempo. Fecho os olhos tentando evitar as poucas lágrimas que ainda me restam. Se é que ainda tem lágrimas.
Porque as coisas não aconteceram daquele jeito? Porque você teve que mentir por tanto tempo mamãe?
Não sei como a senhora conseguiu segurar essa mentira por tanto tempo... Poderia ficar com esse segredo até minha morte, a qual eu espero que não demore muito. Poderia ter guardado esse segredo, já que você é tão boa nisso.
E com esses pensamentos, eu acabo caindo no sono novamente, sentindo apenas uma lágrima solitária sendo derramada por meu olho esquerdo, que permanece fechado.
(...)
Entro pela porta principal da minha nova escola, dando de cara com um longo corredor, um corredor novo, uma vida nova. Vida que eu não queria continuar. Não nessa situação.
Olho ao redor tentando ver o máximo de detalhes da nova escola que eu consigo. As paredes, algumas de piso e outras com tinta, parede a qual me faz lembrar de hospitais. Armários para alunos na cor de um vermelho sangue tendo os abridores e cadeados na cor preta, um piso de uma cor a qual eu não sei identificar, com alguns detalhes mais escuros. Pouca iluminação mas o necessário, dando um ar de escola de filme americano adolescente.
Olho para frente vendo mais detalhes do longo corredor que estou. Vejo mais armários, e logo começo avistar novas salas. Tendo o nome de cada sala na porta, laboratório, sala de biologia, sala de matemática, e logo avisto a sala que estava procurando, secretaria.
Logo que abro a porta parece que acordo de um transe onde escuto todos os barulhos que os alunos que estão no corredor estão fazendo, me fazendo perceber que não tinha notado a presença de ninguém. Estar em uma escola nova talvez possa estar me assustando um pouco...
Volto minha atenção para a porta que agora está aberta vendo uma mesa com uma cadeira atrás, vejo uma mulher com cabelos loiros mechendo no computador, suponho que fazendo o trabalho dela.
Entro na sala atraindo a atenção da mesma sobre mim e consigo notar que os olhos dela são da cor castanha, um castanho escuro, o que me faz lembrar de café. Uma das minhas bebidas favoritas por sinal.
— Bom dia, como posso ajudar? — Fala a mulher que ainda não sei o nome sorrindo e olhando para mim.
— Bom dia, eu queria saber em qual sala eu vou estar, sou nova aqui e não conheço nada. — Falo me sentindo um pouco perdida recebendo um sorriso tranquilo da mulher em minha frente.
— Seja bem vinda a nossa escola, posso te dar seu horário, e pedir para que algum aluno da sua primeira aula possa te ajudar, no momento estou um pouco atarefada e não posso fazer isso, mas posso pedir para um aluno caso fosse te ajudar. Só preciso saber seu nome para procurar seu horário aqui. — Fala a mulher que ainda não se apresentou com o olhar voltado para a direção do computador novamente.
— Claro, me chamo Hades, Hades Miller. — Falo atraindo a atenção da mulher em minha frente novamente.
Acho que ela me conhece, não fico surpresa, isso acontece mais do que eu gostaria.
— Hm, claro, deixa eu ver aqui, só um minuto. — Fala ela fazendo alguma coisa no seu computador. — Aqui, a aluna que vai te apresentar a escola é a Chloe Valentine... — Ela fala me entregando um papel que eu imagino que seja meu o meu horário, o qual eu pego meio zonza.
A mulher continua falando mas não consigo prestar atenção em mais nada depois de escutar aquele nome. Nome o qual me perseguiu por muitos pesadelos.
Aquele nome me traz muitas lembranças...
Continua...
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Killer Queen
Teen FictionEla, uma garota que sofreu. Mas quem não? E ela nem se quer correu... Não acho que deveria. Mas infelizmente morreu. Pelo menos um pouco. Mas ninguém percebeu. E quem perceberia? Uma garota alegre e feliz? Mas o que seria... O que seria felicidade...