Single Chapter

247 21 1
                                    

Pov Adora

Era um final de tarde de domingo e o céu parecia uma pintura com várias misturas de cores vibrantes, como vermelho, laranja, amarelo e roxo. O clima daquele dia estava uma delícia, tão agradável que era possível até tirar um cochilo no meio do gramado do parque, falo especificamente isso porque é exatamente o que Catra está fazendo nesse momento.

Hoje preparamos um dia só nosso, e resolvemos passar a tarde no parque. Chegamos lá por volta de umas 14:00 horas, aproveitamos o sol, conversamos, comemos, rimos feito duas idiotas, Catra até foi brincar com algumas crianças que tinham ali, foi hilário e ao mesmo tempo uma cena muito adorável de se ver. Quando finalmente cansou ela deitou em cima de mim dizendo que ia descansar e acabou dormindo. E ficamos assim: enquanto eu lia um livro, ela dormia serenamente no meu colo, com a cabeça apoiada em minha barriga e um de seus braços em volta das minhas pernas, como se estivesse as abraçando. Estávamos com um cobertor no gramado embaixo e uma cesta do nosso lado, que antes estava cheia de lanches.

Ela com certeza irá se desculpar por ter dormido, porém eu não me importava, sabia o quanto ela estava cansada e, aliás, eu amava admira-la, do mesmo jeito que ela gostava de fazer tal ato comigo. Era uma sensação maravilhosa vê-la tão em paz.

Havia algumas crianças ainda brincando e os gritos que elas davam acabaram acordando Catra, percebi pois sentir ela se mexendo e resmungando baixinho, eu tirei os olhos do meu livro e a olhei. Ela olhou em volta, confusa, e quando lembrou de onde estava ficou mais calma, soltando um suspiro. Eu continuei a encarando, esperando ela olhar de volta e quando isso aconteceu, não pude evitar de sorrir com a cena: seu cabelo curto levemente bagunçado, seu rosto marcado pelo tecido da minha blusa e levemente inchado pelos sono, seus olhos quase fechados por causa da claridade e um bico imenso nos lábios. Senti meu coração errar uma batida. Eu me perdia tanto nela, na sua beleza, nos seus olhos, era como se tudo em minha volta parasse e só tivesse eu e ela. Ela sorriu de volta, se ergueu um pouco e me deu um selinho, depois beijou demoradamente minha bochecha, me tirando do leve transe que eu entrei e que nem tinha percebido.

- Desculpa por ter dormido linda. - Falou ela, encostando sua cabeça em meu peito, ainda olhando nos meus olhos. Eu sabia que ela ia se desculpar.

- Tudo bem amor. - Sorri pra ela - Entendo como está cansada, e tenho vantagem, posso te admirar dormindo.

Ela riu

- Sua gay - Ela disse e foi a minha vez de rir. Ela olhou ao redor e eu fiz o mesmo, o parque estava quase vazio, havia apenas alguns casais e algumas famílias com uma a duas crianças, que com certeza ainda estavam lá por causa da insistência das crianças. - Quer ir para casa? Ou quer ficar mais um pouco? Todos estão praticamente indo embora mesmo.

- Vamos, já está ficando tarde.

Arrumamos as coisas que havíamos levado e caminhamos de volta para seu apartamento. Insistir em levar a cesta, já que quando viemos ela que a levou, mas Catra a tomou da minha mão e teimou que ia levar. O caminho do parque até o seu apartamento foi composto de brincadeiras nossas, risadas e algumas vezes, um silêncio bom e confortável. Seu apartamento não era tão longe do parque, demorava no máximo 15 a 20 minutos de caminhada.

Assim que chegamos em frente ao prédio, o segurança nos deu boa noite e o respondemos, e assim entramos no prédio e depois no elevador. Quando chegamos no andar do seu apartamento, do nada ela corre balançando as mãos fazendo sons estranhos com a boca, eu ri e fui na sua onda, correndo e gritando de volta, parecíamos literalmente duas crianças. Assim que abrimos a porta fomos recebidas por Melog, o gatinho que havíamos adotado a poucos meses, vimos ele numa caixa perto do prédio de Catra e não pensamos duas vezes em ficar com ele. Assim que entramos ele miou e começou a esfregar a cabeça em nossas pernas. Catra colocou a cesta em cima da mesinha de centro e ficou brincando com o gatinho de quase 6 meses, enquanto eu fui fechar a porta.

Sunset || Catradora Onde histórias criam vida. Descubra agora