•Capitulo 3

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Eu me sentia no melhor lugar do mundo ao lado dele, tudo com ele parecia ser especial e surreal, eu me sentia tão feliz ao ponto de querer gritar para o mundo ouvir, queria
correr sem rumo e sentir o vento enchendo meus pulmões de ar, eu só queria estar com ele o tempo todo porque era com ele que eu me sentia viva, ele me fez a pessoa mais
feliz do mundo e me fez sentir tonta de paixão por ele quando disse que queria ficar comigo de verdade, que era comigo que ele se sentia sendo ele mesmo, ele me prometeu não me abandonar e que iria fazer de tudo pra gente dar certo porque estar ao meu lado era oque ele mais queria no mundo....

Mas todo esse sentimento e promessa foi arrancado de mim e jogado no lixo como se não tivesse nenhuma importância quando o vi beijando aquela loira no mesmo dia.

- Você tem toda razão, eu não posso deixar aquele escroto acabar com toda minha felicidade desse jeito, ele não merece uma gota de minha lágrimas.... eu vou nessa festa. - digo, fazendo esforço para parecer animada.

- Essa é a Bárbara que eu conheço! Vou te passar o endereço, te amo puta você sabe disso, estou te esperando. - diz rindo, se sentindo vencedora e desliga.
Não acredito que aceitei mesmo ir pra essa festa! Tomara que não aconteça nenhuma merda.

Coloco o celular em cima da escrivaninha ao lado da cama e encaro o teto ainda deitada.
Eu não estou nem um pouco com vontade de sair daqui mas a Carol tem razão, não posso continuar me escondendo do mundo pra sempre. Já fazem 16 dias do acontecido e desde aquele dia não saio de casa pra nada, nos primeiros dias eu só sabia chorar e encher a cara de bebida e doces e ficar lamentando por deixar me apaixonar por ele, senti uma dor enorme no peito como se tivessem arrancado de mim tudo aquilo que era mais importante na minha vida, a dor era tão grande que pensei que não fosse suportar, tudo em mim doía, cada parte do meu corpo era como se eu
tivesse sido um saco de pancadas de alguém, queria vomitar e colocar todos os meus orgãos pra fora, até pedi aos céus que me levassem, não aguentava mais sentir tanta dor. Eu sabia como ele era e ainda sim me joguei de cabeça nesse lance achando que ele era diferente,
achando que finalmente encontrei o amor da minha vida, como eu pude ser tão trouxa???
Eu sempre falei mal dos homens e disse que nunca confiaria em um, que todos os homens são iguais e só querem te comer e jogar fora e era exatamente a mesma coisa que eu fazia com eles, não sei oque deu em mim pra esquecer de tudo isso e me entregar cegamente de corpo e alma pra ele.

Agora eu não tenho nem mais lágrimas pra chorar, tudo que eu sinto agora é apenas um vazio no peito, toda dor se tranformou em ódio e tudo que eu penso é sumir e não ver a cara dele nunca mais, eu só queria que nunca
tivesse conhecido ele naquela porra de pista de skate.

Levanto da cama sentindo uma tontura imensa e minhas vistas se escurecem, sento na cama de novo esfregando meus olhos me sentindo fraca, acho que é porque não como e nem bebo direito a dias, bom... beber eu bebi até demais, mas não foi nenhum líquido saudável.

Não sinto apetite de nada, toda vez que colocava alguma comida na boca meu estômago se embrulhava e tinha que ir correndo na pia cuspir, a única coisa que eu conseguia comer eram doces, eu me enchia de doces e álcool e depois ia correndo vomitar no vaso.

Espero a tontura passar e me levanto de novo calçando minhas pantufas, vou direto para o banheiro e me encaro no espelho. Estou com a pele pálida como se não tivesse sangue no
meu corpo, embaixo dos olhos olheiras devido às noites sem dormir, o cabelo oleoso porque também não lavo a dias, realmente a Carol tinha razão, nem eu estou conseguindo me reconhecer.

Tiro minha blusa ficando só de calcinha e jogo minhas pantufas no canto do banheiro, pego a escova e começo a pentear meus cabelos, se eu o lavar assim nem Jesus conseguiria desembaraçar. Depois de pentear vou direto para dentro do box, ligo o chuveiro e enfio minha cabeça debaixo, dou um pulinho de
susto porque a água não está tão quente igual eu esperava, começo a me banhar pensando: e se ele estiver nessa festa?..... não! as chances são mínimas né, a Carol me confirmou que ele não iria, mas mesmo assim começo a sentir um frio na barriga pensando na possibilidade de o encontrar lá.

Depois de tomar banho e passar creme na pele vou direto para o quarto, abro meu closet e dou uma checada nas roupas, não tenho tempo de ficar escolhendo porque já são quase meia noite e a Carol vai me matar se eu
demorar mais de meia hora, então pego um vestido preto justo que estava nos primeiros cabides e jogo na cama.

Me apresso para secar meus cabelos e fazer uma maquiagem, não exagerei porque sou bonita naturalmente, então só passo um pouco de base para esconder as olheiras e faço delineado, passo apenas máscara porque meus cílios são grandes naturalmente e um gloss que deixa a boca avermelhada, coloco meu vestido e me encaro no espelho, quem me olhar assim nem imagina como eu estava parecendo um lixo alguns minutos atrás, até que consegui esconder muito bem como eu realmente estou destruída, me olhando no espelho vejo uma mulher extremamente sexy e atraente, com uma
postura firme mesmo eu não estando nem um pouco firme por dentro, eu estou muito bonita!

Sorrio orgulhosa de mim, hoje só quero fingir que ele não existe e tentar reviver a verdadeira Bárbara, aquela que sempre está radiante e confiante, a Bárbara que não precisa de macho pra ser feliz.

Suspiro mais uma vez tentando ignorar minhas intuições de que algo vai merda, entro no carro colocando no GPS o endereço que a Carol me passou, coloco uma música e dou partida para meu destino.

Suspiro mais uma vez tentando ignorar minhas intuições de que algo vai merda, entro no carro colocando no GPS o endereço que a Carol me passou, coloco uma música e dou partida para meu destino

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