Olá, pessoal, sejam bem-vindes à minha nova oneshot, ela é bem curtinha e objetiva, com uma linguagem um pouco mais formal e meio dramática. Escrevi ela às pressas e, curiosamente, foi inspirada num brega recifense kkkkkkk, a história não tem qualquer relação com a música, mas espero que gostem mesmo assim :). Aah e perdoem a capa, fiz essa fic realmente de última hora.
Avisos
•• A história a seguir possui linguagem de baixo calão, insinuação a sexo, sexo explícito e traição, portanto, se trata de um conteúdo +18!
•• Por possuir como tema principal a traição, devo informar a todes que não estou incentivando e muito menos romantizando esta prática.
É isso, pessoal, tenham uma boa leitura!!
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“Lembro-me da primeira vez que nos encontramos, você bebia no bar de um amigo meu de muitos anos e derramava lágrimas cristalinas solitárias, que desciam pelo teu rosto solene de forma amargurada. Fungava baixinho, enquanto as mãos tremiam ao levar o copo de whisky barato aos lábios de veludo. Mal sabia eu que estávamos no mesmo lugar por motivos semelhantes.
A vida nunca foi generosa, tampouco carinhosa, comigo, havia acabado de descobrir que a minha noiva me traía há pelo menos um mês, além de que eu estava farto dos casos mal-resolvidos que me passavam no meu escritório de advocacia, era um mais decadente que o outro. Eu estava à beira de enlouquecer completamente e, ir a esse mesmo bar para tentar esquecer os meus problemas, fora a minha última e única alternativa.
Porém, ao ver-te colocando todas as tuas mágoas para fora, me compadeci, pois me encantei pela forma com a qual olhava para o copo de vidro em sua mão, apesar do olhar choroso e piedoso, de olhos vermelhos e inchados, havia algo em você que me despertou uma curiosidade instantânea. De início, hesitei em falar contigo, fingi arrumar o terno após pedir uma taça de vinho tinto da safra mais cara que o bar possuía, não entendia o porquê de tentar me exibir para você se nem o conhecia, eu tinha um péssimo hábito de flerte, disso não há como duvidar.
Me aproximei de você com cautela, notando que seus olhos continuavam parados, encarando a bebida no copo.
“Com licença. Tem alguém sentado aqui?” Perguntei da forma mais calma que eu consegui. Você apenas acenou um “não” com a cabeça e continuou absorto em pensamentos.
Quando uma lágrima escorreu mais grossa, meu coração pulou inquieto, pois você escondia os olhos bonitos por trás da franja, e, quando você a pôs atrás da orelha delicadamente e secou a gota com a ponta dos dedos, notei o quanto era ainda mais lindo de perto, o rosto permanecia vermelho e inchado de tanto chorar, mas cada traço masculino e ao mesmo tempo tão inocente, me levou a uma intensa reflexão sobre os meus próximos passos. Gostar de homens era uma verdade que eu escondia com o noivado, apesar de gostar muito da mulher que eu iria me casar, eu não a amava e, pelo visto, ela também não.
Você me disse para não sentir pena da sua situação, apenas disse-me com a voz embargada que eu “deveria sentir pena da porra da cama que sua esposa estava dando para a porra de um prostituto”.
Traição. Era uma palavra feia, com um significado ainda mais tenebroso, conversamos um bom tempo sobre nossas infelicidades enquanto o bar ia se esvaziando cada vez mais, você bebia seu sexto copo de whisky e eu finalizava minha quarta taça de vinho tinto. Aos poucos estávamos enlouquecendo juntos. Não sou capaz de me lembrar em qual momento da noite paramos em um beco da rua, mas me recordo perfeitamente de seus belos lábios rubros quase colados aos meus, nossas respirações se fundindo com uma leve camada de fumaça, afinal fazia frio. Seus olhos misteriosos e negros encontraram-se com os meus como duas esferas de fogo, atingindo-me direto nas profundezas de meu ser, seduzindo-me.
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mais que amantes. [jjk + kth]
FanfictionEm 1950, Jeongguk e Taehyung têm seus caminhos cruzados em um bar, pois foram traídos por suas companheiras e, juntos, descobrem que o pecado que as assolou é muito mais prazeroso do que eles imaginavam. Contudo, uma única fotografia pode ser capaz...